𝗧𝗲𝗮𝗰𝗵𝗲𝗿'𝘀 𝗦𝘄𝗲𝗲𝘁𝗵𝗲𝗮𝗿𝘁 { hyunlix }

{06}

POV FELIX:

Eu saio e aproveito para respirar o ar fresco, mas está difícil conseguir andar em linha reta.

Eu me inclino contra a cerca e então ele aparece.

Professor Hwang , saindo das sombras como um ninja.

— Hey. — Hyunjin se aproximou de mim. — Estacionei meu carro no final do quarteirão. Vamos logo. Antes que alguém nos veja.

(...)

— Bom, obrigado pela carona.

— De nada. — Ele parou no sinal vermelho e me olhou. — Olha, isso não pode acontecer novamente. Posso perder meu emprego se formos vistos juntos assim. E eu sei que você está sendo apontado como orador da turma...

— Como é? Como você soube disso?

— Eu...

— Você leu a minha ficha? — Ele rapidamente voltou sua atenção no semáfaro.

— Bem, eu... Eu gosto de saber sobre tudo dos meus alunos.

— Eu não acredito nisso.

— Talvez eu não tenha olhado de todos ainda...
Isso não significa nada.

— Como você quiser.

— Este trabalho é importante para mim, Felix.
Eu não posso... arriscar. — Eu concordo sem dizer nada, mas isso faz minha cabeça girar, então eu fecho meus olhos por um momento. — Felix? Você está bem?

— Desculpa. Estou meio bêbado ainda. Eu vou ficar bem.

— Você normalmente caminha até sua casa nesse estado?

— Não. Na verdade, não. Por que você se importa?

— Você é meu aluno. Claro que me importo com isso.

— Você vai dar carona para todos os seus alunos, então? Porque acredite em mim, mais da metade dos seus alunos estavam bêbados naquela festa.

— Acho que devemos parar por aqui com essa conversa. Você não está no melhor momento para conversar. De agora em diante...
Conversaremos apenas na sala de aula. Tudo bem? — Ele diz isso de um jeito sério e calmo. Ao ouvir isso, eu volto a mim.

— Sim, mas... posso te fazer uma pergunta? E você promete responder honestamente?

—Tudo bem.

— Naquela noite, no bar... Você se sentiu atraído por mim? Eu senti que tinha algo rolando entre a gente. Uma química.

— Sendo bem honesto... Acho você incrivelmente atraente. Você é um dos homens mais bonitos que já vi. — Eu fico olhando para ele, sem saber o que dizer. Tento me aproximar, mas ele continua falando. — É melhor você entrar. — Eu olho pela janela do carro e vejo que já estava em casa.

— Você acha mesmo que a gente não deveria descobrir como seria?

— Como seria o quê?

— O beijo...

— Eu sou seu professor. E você bebeu muito.

— Fiquei sóbrio no segundo em que você disse que me queria. — Eu chego mais perto e vejo as pupilas dele dilatarem. Ele parece tenso... como se fosse difícil controlar a tentação.

Mas ele não faz eu me afastar dele.

— Felix... não deveríamos.

— Mas você também quer.

— Como posso argumentar contra isso? Você sabe que eu quero. Mas eu não posso.

— Por um minuto, imagine que estamos naquele bar... Apenas dois garotos sendo sinceros um com o outro. Então, seja sincero comigo, okay? —Sorrio e chego perto o suficiente para sentir a respiração dele em meus lábios.

Ele finalmente abre mão do controle.

Nossos lábios se tocam e, um segundo depois, eu coloco as mãos nos ombros dele enquanto ele segura minha cintura.

É um beijo lento, quase recatado e cauteloso.

Mal sinto os lábios dele se movendo suavemente contra os meus. Eu o seguro com mais força e ele parece ficar tenso sob o meu toque.. Completamente diferente do homem controlado que ele parecia ser na sala de aula
hoje de manhã.

Parece que encontrei alguma vulnerabilidade por trás da postura acadêmica perfeita...

E isso é segredo. Nosso segredo.

Eu deslizo minhas mãos por baixo da camisa dele e ele respira fundo antes de me puxar contra ele com mais força. Ele ergue meu queixo e tira uma mecha de cabelo do meu rosto gentilmente. A língua dele pressiona meus lábios e, ansiosamente, eu abro minha boca para ele.

Sinto borboletas no estômago e um arrepio atravessar o meu corpo... Um desejo intenso que muitas vezes sentia quando estava com Yeon, mas que de alguma forma, nunca confiei nela o suficiente para ir mais longe.

Mas o Hyunjin é diferente. Ele é uma pessoa com quem eu poderia ir até o fim... Mas é claro, ele nunca iria querer.

Eu subo no colo dele e suspiro contra seus lábios.

— Deveria haver algum tipo de lei contra a contratação de professores tão gatos.

— Isso seria discriminação. —Eu ri e ele beijou a ponta do meu nariz. — Eu sei que vou me arrepender disso amanhã. Mas... Me perdoe. Só mais um. — Ele me beija novamente e respira fundo como se quisesse saborear o meu gosto e o meu cheiro. — Precisamos parar. Ou não serei capaz de entrar naquele campus amanhã.

— Não diga isso. Está tudo bem. Posso fingir que isso nunca aconteceu!

— Obrigado. Garanto que vou fazer o mesmo. —Ele sorriu e eu retribui, mesmo sentindo uma pontada de tristeza.