Capítulo 7

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-Uma bússola? - JJ perguntou com tom de incredulidade frente ao que via - Ótimo! Quase fomos presos por causa de uma bússola. - passou a mão nos cabelos loiros bagunçando-os ainda mais.

-Não qualquer bússola - respondeu meu irmão ainda encarando o objeto - é a do papai. - falou e olhou para mim.

Me aproximei da mesa rapidamente e a vi. Lembro do papai olhando-a por horas na varanda de casa. Sempre deixava a mesma aberta em cima da mesa do escritório... O ESCRITÓRIO.

- Temos que ir até o escritório dele- falei para John B que pareceu concordar no mesmo instante. Corremos para dentro do cômodo que estava trancado a meses. Ouvi alguns murmúrios dos meninos a respeito do lugar, mas não dei importância, pois só conseguia pensar na agulha que o papai usava para abrir o compartimento secreto que existia na tal bússola e em onde poderia estar essa agulha.

Revirei gavetas e gavetas, até que, na última delas, avistei no cantinho o que eu tanto procurava. Peguei a bússola das mãos de John B e mexi no compartimento da mesma forma que vi meu pai fazendo meses atrás.

- O que está fazendo? - perguntou Pope. No mesmo instante, o compartimento foi aberto e uma mensagem foi revelada: Olívia Redfield.

- Quem é essa? - perguntou Kie

- Eu já vi esse nome em algum lugar - meu irmão disse, se levantando e revirando os armários do escritório. Até que tirou um quadro com nossa árvore genealógica. Estava lá. Nossa bisavó.

- A bússola era dela, então? - perguntou Pope.

- Não. A letra é do meu pai - eu falei ainda olhando o objeto.

- Como tem tanta certeza? - Kie perguntou.

- O R dele é feio - respondi

- Ei, o meu é igual - meu irmão disse franzindo a testa

-Então o seu também é feio. - falei revirando os olhos e procurando mais informações nos armários.

- Aqui. Achei os antigos donos da bússola - falei achando outro quadro com fotos e nomes.

- Por que ele colocaria o nome da bisa ali? - John pergunta para ninguém em especial.

- Talvez queira que entrem em contato com ela - disse Maybank depois muito tempo calado.

- Você tem um tabuleiro Ouija, Maybank? - perguntei encarando-o depois de horas. A situação do barco ainda tinha sido constrangedora demais para que tivéssemos contato direto.

- Ela foi enterrada na ilha - disse John B olhando para mim.

- Acha que ele nos mandaria para uma tumba? - perguntei com certo nojo.

- Acho que ninguém mais pensaria nisso - ele tinha um ponto.

- Então precisamos ir lá hoje a noite - falei sorrindo e abraçando meu irmão.

- Gente, tem uns caras aqui fora. Eles são estranhos. Meu Deus estão armados. - disse JJ.

- O que??? - perguntei e me juntei ao loiro na janela. Senti suas mãos me puxando para o chão e fazendo sinal de silêncio.

- John e Helena Routledge. Sei que estão em casa. Queremos a bússola. Entreguem-nos e ninguém sairá ferido - disse um dos homens na varanda de casa. Meu irmão apontou para a janela e entendi que era para sairmos por ela - Vão escolher a forma difícil, não é? - escutamos o barulho de tiro e a porta de entrada ser arrombada.

Nesse momento, corremos para trancar o escritório e colocamos um armário na frente da porta. Eu e Kiara tentávamos abrir a janela que estava agarrada graças tempo que permanecera fechada. A porta do escritório já estava quase sendo arrombada também quando conseguimos abrir a janela. Pope e Kie foram os primeiros a pular. Depois John B desceu. Porém, quando chegou na minha vez e na do JJ, os caras conseguiram entrar. Graças a poeira intensa que subiu com o arrombamento, eu o JJ conseguimos correr para trás de uma estante de livros que ficava desencostada da parede. Fomos até o final da mesma e nos encolhemos no cantinho.

Meu felizes para sempre - JJ MaybankOnde histórias criam vida. Descubra agora