Capítulo 5

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"Kara, acorde, querida. Abra seus olhos. Vamos, é hora de levantar agora. Você vai se atrasar para a escola se não abrir os olhos neste minuto. Kara. Kara. Abra seus olhos. Kara Danvers, responda à sua mãe. O café da manhã está na mesa. Venha agora." O ônibus escolar estava esperando do lado de fora, buzinando e piscando as luzes. Um fluxo de crianças entrava e saía pela porta aberta, correndo em volta do ônibus, rindo dela por não abrir os olhos. Um trailer de gado estava rolando em sua direção, os pneus balançando e batendo nas pedras da estrada. Sua mãe estava na varanda, acenando para o ônibus e as crianças enquanto elas continuavam a pular, rindo e brincando. "Kara. Abra os olhos agora, querida."

A voz da mãe de Kara flutuou dentro e fora de sua consciência. Kara quis responder. Ela queria abrir os olhos. Ela estava tentando, mas eles não abriam. Alguém os mantinha fechados. Ela também queria se mudar. Mas alguém estava segurando suas pernas para baixo. Ela tentou mover a mão, mas pesava uma tonelada. Nada responderia aos seus esforços.

"Kara, querida. Abra seus olhos." A voz de sua mãe flutuou em direção a Kara através de uma névoa, ficando mais alta e clara. "É a mãe, querida. Você está bem. Está tudo acabado agora. Você vai ficar bem, querida."

Kara podia sentir os lábios de sua mãe pressionando um beijo contra sua testa, o beijo que ela lembrava de sua infância quando ela voltou correndo para casa com um arranhão, lágrimas escorrendo pelo rosto. Ela lutou para abrir os olhos. Uma luz brilhante cegou sua visão e ela os fechou novamente.

"É isso. Abra os olhos, querida." Eliza acariciou o cabelo de Kara.

Kara piscou e se esforçou contra a luz forte para ver o rosto de sua mãe.

"Aí está você," sua mãe murmurou, acariciando a mão de Kara gentilmente.

Kara revirou os olhos para encontrar os de sua mãe. Ela estava inclinada sobre ela, sorrindo um sorriso cauteloso e preocupado. Kara ergueu a mão alguns centímetros, sentindo uma dor aguda em cada movimento. Ela tentou falar, mas nada saiu.

"Fácil agora. Apenas descanse" disse Eliza, tranquilizadora. "Estou aqui para você, querida." Ela deu um tapinha na cabeça de Kara e a beijou.

Quando Kara acordou novamente, ela podia ouvir vozes, vozes de mulheres falando sobre coisas que ela não entendia. Eram coisas técnicas e soavam como termos médicos.

"Olá, Sra. Danvers", disse uma voz amigável. Ela estava movendo o braço de Kara e envolvendo algo em torno dele. Houve uma sensação de aperto. Kara tentou puxar seu braço, mas a mulher o segurou com força. "Você está bem. Só estou medindo sua pressão sanguínea. Relaxe seu braço, querida."

Kara não entendeu o que estava acontecendo, mas fez o que lhe foi dito. Ela relaxou e fechou os olhos. Quando o fez, percebeu que suas pernas doíam e doíam muito. Eles se sentiram como se estivessem pegando fogo. Ela abriu os olhos novamente e tentou alcançá-los, mas não conseguia se mover. Ela queria gritar com a súbita explosão de dor, mas não conseguia falar ou se mover.

"Você está com dor?" a mulher perguntou, soltando o braço de Kara e colocando-o sob as cobertas. "Você precisa de algo para dor?"

Kara assentiu com a cabeça, seus olhos implorando para que a mulher aliviasse a dor. O rosto da mulher desapareceu. Kara queria chamá-la e dizer-lhe para voltar, mas ela não conseguiu fazer nenhum som. Ela fechou os olhos, a dor queimando sua alma. Ela tentou se afastar dele, mas seu corpo não respondia.

"Isso vai ajudar, querida", disse a voz da mulher, dando tapinhas em seu ombro. Em um minuto, Kara pôde sentir uma sensação de calor sobre ela e ela voltou a dormir.

KARLENA - Galloping Wildly In Your CareOnde histórias criam vida. Descubra agora