At every table, I'll save you a seat | Rosattaz

4 | Parte 2

Queria apenas dizer que: veio aí!
Antes tarde do que nunca, mas veio.

Aproveitem o último capítulo (será?) dessa fic. Curtam e comentem bastante, por favor!

Até mais!

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"Eu sei que errei", Carol disse baixinho.

"Você não", Rosamaria corrigiu baixinho, começando a passar a mão na perna de sua calça jeans novamente.

"Não. Eu sei que errei, sim. Mas eu não tive a intenção. Eu não deveria ter sugerido sexo casual. Eu não deveria ter colocado nossa amizade em perigo assim", murmurou a central.

"Eu fiz isso muito antes de você sugerir sexo", respondeu Rosamaria, com um hálito trêmulo deixando seus lábios enquanto pensava nas palavras de sua mãe. Pensou em viver sem medo. Ela pensou sobre isso e se perguntou se era possível começar a fazer isso esta noite.

"Eu disse que seria casual e descomplicado, mas acabei complicando tudo. Eu quebrei a regra mais importante. Sinto muito", sussurrou Carol.

"Para de pedir desculpas, Caroline", murmurou a oposta.

"Eu não percebi, mas quando eu olhei pra trás, por tudo que a gente já passou, tudo fez sentido. Se eu soubesse antes, teria feito tudo diferente", disparou Carol, tentando e não conseguindo encontrar as palavras que queria dizer.

Rosamaria sentiu o medo roubar a respiração de seus pulmões. Parecia que Gattaz sabia, como se a central tivesse tropeçado nos segredos que ela passou tanto tempo tentando guardar. Parecia que Carol sabia e isso a deixou com medo.

Mas sua mãe havia lhe dito para viver sem medo. E talvez isso não fosse viver na ausência do medo, mas apesar dele.

Então, em vez de fugir das implicações das palavras de Carol, dela saber, Rosa não correu.

"Eu deveria ter dito algo há muito tempo", sussurrou Rosamaria.

"Espera o quê?" Caroline perguntou, esfregando o rosto em confusão.

Rosamaria olhou para a mulher ao seu lado, seu próprio rosto mostrando confusão também.

"Você... Você sabe. Isso é o que você acabou de dizer. Você percebeu e sabe."

"Achei que você sabia. Quero dizer, meu rosto tem sido praticamente um livro aberto no último mês. Eu não quis te assustar", respondeu Caroline, inclinando levemente a cabeça para o lado.

Rosamaria ergueu a mão e respirou fundo. "Calma. Do que você está falando? Eu... Eu estava tentando me desculpar por colocar nossa amizade em risco há... sei lá quanto tempo. Mas do que você está falando?"

"Eu estava falando sobre perceber que tenho sentimentos que não cabem em um relacionamento sem compromissos. O que aconteceu há 'sei lá quanto tempo'??" Carol perguntou, engolindo os nervos e tentando estabilizar seus próprios batimentos cardíacos.
Parecia que ela tinha seis anos, de volta à sua aulas de italiano. Carol falava uma língua que ela não conseguia entender.

"Tu... o quê?" Rosamaria conseguiu perguntar, piscando os olhos para tentar limpar a confusão de sua mente.

"Eu me sinto uma idiota por ter demorado tanto para perceber que não era só amizade contigo... por um tempo. Não sei, talvez eu estivesse mantendo os sentimentos enterrados porque não queria perder minha melhor amiga. Mas então nós-"

A mais nova não podia ficar olhando para os olhos suaves e a expressão esperançosa de Gattaz. Não quando isso a deixava mais confusa. Não quando ela estava lutando para entender a língua que Carol estava falando.
Ela se virou de volta para a cidade e tentou respirar, com os braços enrolados no meio enquanto se encostava na varanda.