Fênix.

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Tom Kaulitz - LA 

Atordoado

Essa é a palavra. 

Não sei como as coisas com ela evoluíram dessa maneira, ou se regredimos. Antes de descer do carro, me lembro de pegar a calcinha dela rasgada da porta do veículo e guardo dentro do bolso da calça. 

Klum. - Penso. 

Ananda parece um fantasma em minha vida. Quando eu penso que estou caminhando, seja 6 meses. 1 ano ou mais, ela sempre dá um jeito de reaparecer. Ressurgindo das cinzas, como a Fênix. 

Eu não deveria deixar essa noite terminar assim, não deveria porque eu tenho alguém, e ainda tenho uma pitada de responsabilidade afetiva pela Heidi. 

Mas, dou a volta no carro e abro a porta do carona para Ananda. Que está com o cabelo preso em um coque meio bagunçado que emoldura seu rosto vermelho. Sua boca, agora tem apenas um Glóss que a deixa brilhando. E minha vontade é de retirar esse Glóss aqui, agora. 

Mas, me contenho. 

- Estou faminta! - ela diz olhando nos meus olhos e sinto no meu âmago, que ela não se referiu a comida. 

Seguro seu queixo e aproximo meu rosto do seu. - Eu morreria feliz se pudesse fazer você gozar agora. De novo. - sinto seu corpo estremecer. - Mas qualquer um pode passar por aqui e ver a gente, e transar com você é um privilégio que eu quero só pra mim. 

Ananda solta um suspiro e passa os dedos em meus cabelos. Passa o dedo devagar em minha orelha, pescoço até chegar a minha mandíbula. E se recompõe.

- É, você tem razão. 

Seus lábios se fecham em um biquinho e seus olhos azuis brilham como nunca. 

- Olha só - digo a ela -, vou começar a ter umas ideias loucas se você concordar comigo tão fácil assim. 

Ajeito seu cabelo atrás de sua orelha e ela se entrega ao meu toque, soltando o peso de sua cabeça em minha mão. Acaricio seu rosto e ela abre os olhos. 

- Perfeita. - digo dando um beijo em sua testa. Mas querendo devorar sua boca. - Vamos? Você precisa comer. Comida. 

Ela sai andando em minha frente e solta uma gargalhada. Uma gargalhada gostosa. De uma mulher satisfeita sexualmente. De uma mulher que acabou de voltar a sí mesma após longos 1 ano e 6 meses fora da casinha. 

- Filé ao ponto e salada de alface com tomate para mim, por favor. - Ananda pede ao garçom e ele se vira para mim com relutância, estonteado também com a beleza de Ananda. - O mesmo pra mim. Obrigado. - Digo olhando nos olhos dele como um aviso. 

O mesmo aviso que Matheus me deu na boate. Ah se ele soubesse o que acabou de acontec...

- Eu me lembrei de Paris. - As palavras pularam de sua boca depois do primeiro gole na taça de Montes Taita Rosê suave. Como ela pediu. 

- O que? 

- É ...bem .. - ela tenta explicar -, não lembrei, lembrei, tive uns flashes, como no hum.. quarto da boate. - seu rosto está vermelho como seu vestido. - Acho que lembro do show, com as meninas e depois do camarim, nós estávamos conversando, eu estava usando acho ... 

- O meu casaco. Vermelho. - digo 

- Isso. Eu não sabia se era a minha roupa ou um blazer. Então, me lembro um pouco da conversa e depois meu celular tocou, era um cara chamado Ian. - ela abaixa a cabeça. - Eu não sabia quem era na hora que lembrei, por isso anotei o nome e depois mandei para a minha terapeuta. E lembrei que ele era um segurança ou algo do tipo de meu pai. E depois disso, algumas lembranças dele e de Olivia vieram a tona. Inclusive minha ultima discursão com meu pai. 

I PUTT A SPELL ON YOU - TOM KAULITZ / PAUSADAOnde histórias criam vida. Descubra agora