I PUTT A SPELL ON YOU - TOM KAULITZ / PAUSADA

Me toca, amor. 69

Ananda Castello - LA

Agora não sei se aquilo que senti quando olhei na direção dos quartos da área vip da Boate foi apenas uma fantasia (fantasia extremamente erótica) ou se realmente foi uma lembrança.

A imagem de estar deitada na cama com Tom e Bill me deixa extremamente desconfortável. Não consigo me lembrar de muita coisa, mas ter tido alguma coisa com Bill deixa tudo ainda mais louco. Quero perguntar a Tom, mas não sei como abordar o assunto.

Uns flashes de mim de quatro na cama e sentindo Tom atrás de mim enquanto olho para Bill é perturbador.

Porque pera aí, ele está se casando com a minha melhor amiga. "Putzzzz, Liv!!!!" penso, será que ela sabe disso.

Sinto a mão de Tom em minhas mãos, que sem perceber, estou beliscando minha pele. Na verdade, minhas unhas já deixaram fissuras na pele do meu braço. Não foi só os distúrbios alimentares que acabei adquirindo com toda essa merda. O transtorno de escoriação, que é nada mais, nada menos do que um comportamento compulsivo e repetitivo de beliscar a pele.

- Conversa comigo. - Ele fala sem tirar os olhos da estrada. Sua mão é extremamente quente. E deixa rastros de queimaduras com seu dedo polegar enquanto acaricia meus dedos. Sinto meu sangue correr com mais velocidade até meus ouvidos. Sua mão quente e grossa por conta dos calos da guitarra me aqueceram.

- Sabe... - digo quase como um sussurro. - Aquela hora que você falou dos quartos... - olho para meus dedos.

- Hum... diga. O que você lembrou? - ele me responde e se remexe no banco do carro.

- Então, eu tive uns flashes e não sei se gostei do que lembrei... - minha voz é falha.

- Fala pra mim, amor, que flashes foram esses? - ele continua sem olhar para mim. 

- Nós... eu e você estávamos lá... é... - sinto meu rosto queimar e meu corpo está pegando fogo, não por pensar que Bill estava lá com a gente, mas sim pela sensação de ter o Tom dentro de mim. - O Bill também estava. - Solto o ar preso em meus pulmões e ele se remexe novamente.

- Mais o que? - ele sussurra também.

- Eu estava é... você sabe, e você atrás de mim e o Bill estava na minha frente. Eu olhava pra ele. Tom pelo amor de Deus. - Dessa vez o desespero sai em minha voz. - Diz que eu e o Bill não tivemos nada. - Olho pra ele e ele olha pra mim, ele consegue ver nitidamente o desespero em meus olhos.

- Não Ananda. Você e o Bill não tiveram nada. E eu poderia com detalhes contar sobre aquela noite. Você quer saber? - Ele me responde com essa pergunta e eu pude sentir meus músculos relaxarem, não todos. Mas só pelo fato de eu saber que não tive nada com Bill, sinto que posso dormir tranquila essa noite. - Você quer saber? - ele pergunta novamente e talvez eu possa me arrepender, mas faço que sim com a cabeça. - Bom... - Tom começa a contar, detalhe por detalhe daquela noite. 

NOTAS DA AUTORA: PRA QUEM QUER SABER O QUE ACONTECEU NAQUELA NOITE, SÓ VOLTAR NO CAPITULO WE FOUND LOVE  

Não percebi quando ele parou o carro e começou a contar. Ele contou tudo, todos os detalhes. Cada posição. Cada sensação que tivemos juntos. E é como se eu pudesse sentir. - Nunca contei sobre nossas experiências sexuais porque queria que você sentisse nosso amor primeiro. - ele explica. - Tinha medo de assustar você de alguma forma. Mas pela forma como você está se comportando agora, vejo que fui um grande idiota em não te contar todas as loucuras que fizemos juntos.

Os olhos dele estão em minhas pernas.

- Não entendi. Me comportando? - pergunto, novamente quase sussurrando.