Aliça Angellic
Ascendo um cigarro, então caminho até a minha varanda. Coloco-me sentada sobre o braço fino da estrutura de segurança, ajeitando o tecido fino de meu vestido.
Sinto a brisa da noite aconchegar meu rosto, a fumaça do cigarro adotava a direção do vento. O barulho dos carros, as luzes dos outros prédios. Meus sentidos se aconchegam com isso. Meu momento favorito do dia.
Parece que corro perigo, estando sentada à beira do precipício enquanto estrago meu pulmão, mas na verdade, na verdade eu finalmente posso me sentir mais viva.
Observando o chão, sinto-me de certa forma tonta, então volto meus olhos para o céu estrelado, que agora é tomado por algum tipo de estrutura que pega fogo.
Imediatamente me coloco de pé, acessando meu celular de forma ansiosa ainda com o cigarro preso aos lábios. A fumaça toma conta de minha visão enquanto tento observar a tela do eletrônico.
Escuto gritos e barulhos muito altos, o céu está em chamas enquanto aviões do governo atravessam as nuvens em alta velocidade.
Não sei o que fazer, sinto meu coração bater mais rápido, minha visão fica turva e minhas mãos tremem. Sento-me sobre a barra da cama, buscando ar, então meus olhos que já não se mantinham calmos observam o alerta no celular.
" Aviso ⚠️
Ataque alienígena ! "
Lorde Voldemort
Humanos... Uma raça repugnante, parasita, visto o destino que dão a tudo o que possuem. Observo cada um dos que restaram conforme caminho. Instalei uma guerra entre nossas sociedades.
Olhares assustados, mas ainda sim surpresos. É visível para mim que desconheciam nossa visita, embora seus aparelhos um tanto quanto tecnológicos pudessem captar nossa chegada.
Durante minha viagem até aqui, pude aprender tudo sobre estes seres. Desde sua história até a sua língua.
— Não me toque! - Exclama uma mulher, socando um de meus soldados que apenas retribuiu a agressão, tirando sangue da boca dela. — Assassino asqueroso! - Exclama outra vez.
Ela obtém seu corpo lançado por três metros de distância do soldado, que não mediu esforços para demonstrar seu poder. Caminho até eles, mandando um sinal ao soldado para que se afaste.
— Assassinos? - Questiono a mesma, após agachar-me em frente ao corpo frágil da moça que parece surpresa pelo meu conhecimento de sua língua. — Olhe a sua volta e questione-se quem realmente é o assassino. - Eu a observo seriamente, analisando a atenção dela sobre o meu par de asas.
— Quem são vocês? - Sua voz soou mais fraca desta vez, mais doce e gentil. — Na verdade... - Ela parece mais seria. — Quem você acha que é para invadir um planeta que não é seu? - Não esboço reação. — Você não é um Deus e não decide quem morre. - Observei seus olhos escuros tomados pelo ódio.
Ela não parecia comum, não implorou pela vida, apenas decidiu colocar sua dignidade em frente a todos os seus outros valores quando falou comigo daquele jeito.
Ou ela apenas não tinha senso.
Fitei diretamente seus olhos, e ela ainda se atreveu a encarar-me do jeito mais atrevido que podia, de forma com que ela se sentisse superior, porém, quando bati minhas asas em sua direção, liberando uma onda de vento poderosa, capaz de afastá-la de meu corpo, esperei que ela se movesse, mas é como se ela estivesse esperando pela morte.
Nada fez. Observei seu peito subir e descer, escutei sua respiração falha, muito falha, senti todo o ar sob seu pulmão entrar e sair com pequenos ruídos, como se estivesse respirando fundo, preparando-se para o fim. Seu pescoço rente a mim, eu podia escutar seu coração. Tudo isso parecia muito erótico para mim.
— Você quer morrer? - Questionei de forma calma, com os olhos de todos, mas principalmente dela, sobre mim. — Que isso sirva de exemplo para todos vocês! - Voltei-me para as milhares de pessoas que permaneciam sobre seus joelhos, entre os destroços.
Segurei o vestido da moça, puxando-o rente ao meu corpo, então a arrastei por este, até a minha nave, causando confusão entre os humanos, que se revelaram muito infelizes com minha " demonstração de poder " .
— Me solta! - Exclamou repetidamente, enquanto caminhei até a nave. — Seu desgraçado de merda! - Lancei seu corpo contra a cabine de controle.
— Você quer morrer, não quer? - Aproximei-me outra vez, segurando seu rosto bem próximo ao meu. — Eu não concedo desejos, apenas os meus. - Sorri, e de forma acidental voltei meus olhos para seus lábios inchados e vermelhos por conta do sangue.
Ela se inclinou de forma agressiva em minha direção, quase chocando nossos rostos, afinal eu não me esquivei de sua repentina aproximação. Seus olhos fitaram os meu muito intensamente.
Todos sabem o que penso sobre humanos, mas este momento pareceu... Familiar. Lembrei-me de uma de minhas mais belas amantes, mais sedutoras e... Não importa, esta mulher não é uma Octurana, não é de nossa galáxia, ou planeta, embora se pareça muito com uma.
— O que você vai fazer agora? - Sussurrou entre os meus braços, quase colidindo nossos lábios conforme falava, ela estava prestes a perder sua consciência.
Senti-me sem qualquer controle, sem poderes, com ela sobre meus braços. Como um ser poderoso como o meu, pode não conseguir controlar o que domina?
Antes que ela pudesse falar mais alguma coisa, a mulher perdeu a consciência, derretendo-se sob o meu corpo. Eu a fitei, afastando-me de pressa.
Pensei sobre tudo o que fiz e o disse. Aquele ser estava alterado, de alguma forma, afastei-me de meus principais objetivos tudo por conta de uma, uma rebelde?
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O que acharam?
👀👀
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Por dois mundos - Lellaconts
FanficEle é um Dominador de Mundos, um ser de outra galáxia que se considera Rei de tudo o que domina, além é claro, de manter a própria soberania de sua naturalidade. Ela, é apenas mais uma cidadã terrestre que por um infeliz sinal enviado pelos humanos...