Prólogo

391 64 40
                                    

Vlad

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Vlad

Algumas semanas antes...
— Mandou me chamar? — pergunto para o meu pai assim que entro no escritório da casa. Como sempre ele está sentado na sua imponente cadeira imperial atrás da sua mesa. Contudo, não recebo sequer um seu olhar. Vidal Mazza mantém os seus olhos fixos no jornal do dia como sempre faz.
— Sente-se! — Ele pede com a sua frieza de sempre, porém, lhe obedeço e espero que ele continue. — O que é isso? — Papai inquire jogando o jornal na minha direção e o papel se abre bem na manchete que eu reconheço bem. Não o respondo, apenas trinco o maxilar pois sei que ataquei os queridinhos dele e terei que lidar com as consequências dos meus atos. — O que pensa que está fazendo, Vlad? — Faço um gesto desdenhoso para ele.
— Não é óbvio?
— Você vai parar com isso agora, ou eu...
— Ou o que, papai? — Pela primeira vez altero a minha voz para ele. — Eu estou cansado de ser comparado com esses gêmeos. Não existe nada que eu faça que o agrade, não é?  A faculdade de direito, as boas notas, o fato de ser sempre o primeiro da turma. Nada o deixa feliz, a não ser aqueles gêmeos idiotas. — Rio um tanto debochado. — Pelo menos com isso consegui chamar a sua atenção para mim. Pela primeira vez o Senhor está me olhando nos olhos de verdade.
— Ora, seu moleque... — Ele urra erguendo uma mão para me bater. Contudo, a seguro no ar, olhando duramente nos seus olhos.
— Então agora o Senhor está me vendo, papai?! Pois é, eu sempre estive aqui tão perto do Senhor e mesmo assim nunca foi capaz de dizer uma palavra de bom grado. — A campainha da casa começa a tocar. No entanto, estamos nos encarando com dureza até ele puxar a sua mão do meu agarre. Uma batida na porta o fazer desviar os seus olhos dos meus.
— Senhor Mazza, eles já chegaram.
— Eles quem? Quem chegou?— Procuro saber.
— Venha comigo! — Ele ordena se afastando da sua mesa e curioso, o sigo para fora do escritório. Meu sangue gela quando vejo os gêmeos em pé no meio da minha sala de visitas.
— Por que eles estão aqui? — inquiro rudemente.
— Sejam bem-vindos, meus filhos! — Meu pai diz ignorando completamente a minha pergunta e vê-lo abraçá-los com tamanha alegria me causa uma dor imensurável. — Por favor, me acompanhem! — Ele pede apontando o caminho e todos vamos direto para a sala de jantar.
Uma mesa apresentável e muito bem servida entra no meu campo de visão, porém, sinto o amargor no meu paladar.
— Por que estamos aqui? — Athos Mazza inquire sério, porém, o tom cordial do meu pai surge mostrando-lhes os lugares para se sentarem.
— Sentem-se, precisamos conversar!
— Eu não vou me sentar à mesa com eles! — ralho impertinente.
Sei que pareço um garoto rico mimado, mas estou bem longe dessa realidade. Eu fui alimentado pelo ódio e pelo rancor a minha vida toda. Desprezado pelo meu pai desde o dia do meu nascimento e cresci vendo o quanto ele os venerava. Tudo que eles faziam sempre foi bem-visto aos seus olhos, até mesmo maldito acidente causado pelo Athos. Sim, o acidente que ceifou a vida da única mulher que ele amou de verdade na vida.
— Vladmir, não teste a minha paciência! — Desperto com a sua advertência irritante. — Nós vamos nos sentar e vamos conversar, ok? — Fazemos isso em silêncio, sempre nos encarando até que Vidal começa a falar. — Precisamos acabar com essa rivalidade sem sentido entre vocês. Vocês são irmãos e precisam aceitar isso.
— Acontece que o seu filho está causando tudo isso e não nós. — Athos ataca primeiro.
— Vocês não têm o direito de usar o meu sobrenome, ele não os pertence! — rosno enfurecido. Entretanto, o meu pai bate forte no tampo da mesa, fazendo a louça em cima dela reclamarem.
— Vladmir eu o proíbo de se aproximar do Athos e do Artêmis com quaisquer propósitos de destruição e quanto a você, Artêmis, eu retirei a queixa de agressão que foi lhe foi atribuída.
— Você fez o que?! — inquiro aturdido. — Quando fez isso?
— Eu fiz e está feito, Vladmir.
— Eu não quero saber o que se passa entre você e esse seu filho inconsequente. Se ele ousar chegar perto da minha família pode ter certeza de que não hesitarei em atingi-lo. — Encaro firmemente o Athos, fechando as minhas mãos em punho. — Eu nunca precisei de você para nada e não é agora que vamos precisar. Fiquem longe de mim! Fiquem longe do meu irmão e principalmente da minha família! — Ele adverte. Parece possesso.
Rio. Pelo menos esse imbecil tem bom senso, mas não pensem que será tão fácil assim me parar.
— Athos? — Vidal tenta falar. No entanto, ele ergue um dedo em riste.
— Eu também quero retrate todas as acusações contra a minha empresa. Quero que faça um pedido de desculpas em público e que limpem o meu nome!

Mas que porra ele está dizendo?

— Ela nunca foi sua! — O ataco com um berro ficando de pé para olhá-lo de igual para igual.
— ELA É MINHA! — O infeliz esmurra a mesa após soltar o seu rugido.
— Ela foi construída com o dinheiro do meu pai! — esbravejo na mesma altura, batendo forte contra o meu peito.
— Esse dinheiro pertence a mim e ao meu irmão! Ele faz parte da nossa herança!
— Eu vou destruí-los, está me ouvindo?!
— PAREM COM ISSO VOCÊS DOIS! — Vidal irrompe furioso.
— Escute bem, meu pai se eu não os destruir financeiramente, pode ter certeza de que farei isso de outra forma. Eu os odeio e isso é um fato! — Deixo bem claro.
— Se tocar na minha família, eu vou tocar na sua! —Artêmis rebate me fitando em fúria. — Se me ferir de alguma forma eu arrancarei esse seu coração cheio de trevas de dentro do seu peito. Não me subestime, Vladmir porque essa cadeira não vai me impedir de matá-lo!

Rio bem na sua cara.
— Fique à vontade para tentar, irmãozinho!  — rujo de volta para ele.
Eu só preciso de uma vítima. Uma pessoa que um deles se importe de verdade. Deus sabe que a farei gritar e gemer de dor, e ainda me alimentarei de todo o desespero das suas lágrimas. Penso quando o vejo se afastar e logo em seguida eles saem da minha casa.
— Eu o proíbo, Vladmir, entendeu?! Eu o proíbo! — Meu pai grita virando-se de frente para mim, porém, lhe dou as costas e saio de casa também.
O Senhor pode tentar, papai, mas não garanto que conseguirá salvar essa vida da minha  ira.

Essa DR familiar parece que não afastou o Vlad Mazza dos seus objetivos de prejudicar os gêmeos

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Essa DR familiar parece que não afastou o Vlad Mazza dos seus objetivos de prejudicar os gêmeos. Agora vamos conhecer um pouco sobre esse inesperado vilão.
Beijos galera, e que venham novos capítulos. 😍😘

Trinta Dias - Vladmir MazzaOnde histórias criam vida. Descubra agora