Cap 12

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Paramos o HMS pogue para testar o drone, subo de volta pro barco e, com Pope, vamos arrumando tudo e testá-lo.

Jhon B e Kie pulam na água e após Pope configurar para a imagem aparecer, coloco-o lentamente na água. A imagem fica um pouco turva, por ter submergido, mas eu, Pope e jj ficamos contemplando tal tecnologia. A alta tecnologia não chega facilmente para pogues, nós não somos o futuro da ilha. Eles dizem. E eu ainda vou fazê-los engolir essas palavras.

— Tudo bem, estamos vendo – Aviso a Kie e Jhon B

Eles se aproximam do drone e fazem caretas. Rimos, comemorando a pequena vitória.

— Temos que filmar o naufrágio e procurar um advogado — Meu irmão exclama, esperançoso — Pra dar entrada no processo

jj não parece contente com isso e questiona o motivo, abandono os três meninos debatendo sobre e pulo na água.

— Você realmente acredita nisso tudo ou só tá fazendo isso pela gente? — Indago à minha melhor amiga. Conheço seu coração e sei que faria de tudo por nós — Isso tudo não parece loucura pra você?

— Olha, no começo eu não tava botando fé, mas Jhon B precisava. Mas agora, com a carta, a gravação e tudo mais — Ela parece pensativa — Tô começando a acreditar

— E se tudo for em vão? — A pergunta era mais pra mim do que pra ela. E ela sabia

— Aí vamos ter vivido uma grande aventura com nossos melhores amigos — A resposta era para ambas — E talvez percebido uma paixão?

— Ah, cala boca — Rio jogando água nela e puxamos os meninos para a brincadeira

Ficamos alí, jogando água uns nos outros. Pope deve ter esquecido de puxar o drone de volta, ou de prender a correia, porque ele afundou bastante. Um súbito desejo me direciona a alcançar o drone, talvez a euforia do momento. Nado até ele, nem estava tão longe, talvez 3 metros, mas algo se prende à minha perna.

Que idiota! Eu não consigo subir, é como se eu perdesse a força nos braços também. Ou como se eu não tivesse crescido numa droga de ilha e aprendido nadar quando criança.

Água começa a inundar meus pulmões, meus amigos não devem ter percebido ainda, é difícil quando estão se defendendo de ataques de água. A sensação é horrível, engulo água sem parar. É assim que morro? Que patético.

Finalmente sinto algo me puxando, dessa vez é para superfície. Tudo está embaçado, só consigo perceber que fui puxada por alguém e colocada no barco.

Vozes desesperadas chamam meu nome, mas eu fecho os olhos. Eu quero descansar, preciso descansar.

Sinto ar entrando e água sair pela minha boca, me inclino rapidamente para cuspir tudo que posso. A tosse parece incessante, minha garganta parece rasgar e meus amigos estão ao meu redor. Quando não consigo mais expelir água me deito e fecho os olhos.

Parece que há um corpo em cima de mim, e continua chamando meu nome, abro meus olhos, e vejo os seus, desesperados

— jj?

— Ela está bem — É Kiara dizendo, e sinto o abraço de todos.

— Você quase me mata do coração!! — Meu irmão parece agitado — O que aconteceu?

— É, sua doida. Ficamos apavorados — Kiara reclama

— Estou bem, estou bem — Tento acalmá-los — Não precisam mais se preocupar

— Não dá um susto desse de novo — Pope pede

— Claro, Pope — vou tentar ao máximo. Não quero passar por isso de novo — Vamos embora

Pogue não pega pogue | Outer Banks - jj Maybank Onde histórias criam vida. Descubra agora