𝟎𝟒. 𝐭𝐡𝐞 𝐰𝐞𝐫𝐞𝐰𝐨𝐥𝐟.

48 5 15
                                    

𝐿𝑎𝑦𝑎 𝑆𝑘𝑎𝑤𝑖𝑛𝑠𝑘𝑖

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

𝐿𝑎𝑦𝑎 𝑆𝑘𝑎𝑤𝑖𝑛𝑠𝑘𝑖.

𝗢 𝗜𝗦𝗦𝗔𝗖 𝗘𝗦𝗧𝗔𝗩𝗔 𝗗𝗢𝗥𝗠𝗜𝗡𝗗𝗢, 𝗠𝗔𝗦 𝗥𝗢𝗡𝗖𝗔𝗩𝗔 𝗙𝗘𝗜𝗧𝗢 𝗨𝗠 𝗨𝗥𝗦𝗢. Eu era perfeitamente capaz de escutar seus murmúrios do meu quarto e não precisava ter uma audição forte para isso. Aquilo me incomodou mais do que deveria, confesso. Então eu não pensei ao levantar da cama e descer até a cozinha.

Atravessei o balcão e abri a geladeira. Retirei de lá uma garrafa de água, coloquei o líquido em um copo qualquer e bebi. Após isso, depositei o objeto vazio em cima do mármore e estranhei sentir uma ventania arrepiante tomar conta do meu corpo de repente.

O cenário da casa era escuro, já que todas as luzes estavam apagadas. De um modo diferente, comecei a ter calafrios e decidi apenas voltar para o meu quarto.

Porém, antes que eu pudesse subir as escadas, um estrondo invadiu meus ouvidos. Por instinto, olhei para a causa do barulho. A porta de entrada tinha sido aberta.

Merda.

Será que o Issac deixou-a destrancada e o vento abriu?

Não.

Não era possível.

Issac é um cara muito cuidadoso com esse tipo de coisa. Suspirei profundamente e caminhei com passos lentos até ali. Encarei a rua enquanto segurava a maçaneta. Tudo extremamente calmo e tranquilo. Certamente, a vizinhança inteira deveria estar dormindo.

Sendo assim, o vento poderia ser tão forte no ponto de abrir uma porta?

Foi então que, forcei meus olhos para enxergar algo que se movimentava entre as árvores, a uma pouca distância de mim. Parecia uma luz vermelha, não sei dizer perfeitamente. Entre tanto, um vulto escapuliu pelas folhagens e começou a correr pelas ruas. E não sei porque, mas eu tive a leve sensação de que vinha justamente na minha direção.

Acertei minha dedução em cheio. Por conta de estar perto o suficiente, pude finalmente desvendar o que era. Um animal gigante que tinha pressas afiadas e babava por um pedaço da minha carne. Meu coração galopava em meu peito e eu jurei que iria sair pela boca a qualquer minuto.

Não pensei duas vezes em fechar a porta e girar a chave na fechadura. Me abaixei no chão e forcei-me no que segurava as lágrimas. O que diabos era aquilo? Um lobo?

Eu despertei o espírito da garotinha medrosa que habitava dentro de mim. Minhas mãos tremiam e minha respiração falhava frequentemente.

Semelhante a um filme de terror, que bem real.

Abracei meus joelhos e torci para que Issac acordasse dessa vez e viesse ao meu encontro, eu sinto que ele saberia o que fazer. Logo, um alto barulho de vidro quebrando subiu ao ar. Virei o pescoço lentamente e avistei o momento exato em que a criatura saltou da janela da cozinha e entrou na casa.

Ela pousou suas patas no chão repleto de cacos de vidro e rosnou ferozmente. Estremeci com o som e tentei ao máximo não mostrar medo. O que era impossível, eu tremia dos pés a cabeça.

Senti a porta atrás de mim colidir com as minhas costas. O lobo me fitou por longos segundos e eu ergui as sombrancelhas. Se ele queria me matar, por que não fazer isso rápido?

Me questionei se estava alucinando ou algo do tipo. Lobo gigante com olhos vermelhos? Não podia ser real. Eu não acreditava em licantropia ou em historinhas de ninar, era demais pra mim.

Pisquei os olhos fortemente para tentar acordar se estivesse sonhando, e a coisa continuou me encarando como quem não quer nada com a vida. Levantei com movimentos lentos e destranquei a porta, abrindo-a em seguida. Minha ideia estúpida seria atrair o animal para longe e me esconder até que ele fosse embora, se ficasse na residência, Issac poderia ser facilmente a próxima vítima.

Inalei o ar para ganhar fôlego e contei três números na mente. No terceiro número, iniciei uma corrida rápida não mais que nas árvores. Passei por alguns carros em um pequeno estacionamento e direcionei minha visão para trás somente por um segundo. Meus fios voavam sobre o vento da noite e contribuíam com minha velocidade nos pés.

Apesar disso, o lobo sumiu.

Fiquei de início desordenada, preferi parar na retaguarda de um carro azul. De soslaio, procurei rastros dele, toda via não achei nenhum sinal. Era aliviante e preocupante ao mesmo tempo.

Eu não sabia ao certo o que sentir ou o que pensar naquela noite e isso me assombrava como um fantasma. Porque tudo foi tão confuso e tão aterrorizante que eu mesma não era capaz de distinguir alucinação com realidade. Um mamífero carnívoro que pulou a janela da cozinha e ficou apenas me encarando? Eu estava enlouquecendo? Suspirei frustrada e permaneci atrás do veículo por não sei quanto tempo.

Foi um tempo categórico para eu adormecer ali mesmo.








7889By anajulia2346

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

7889
By anajulia2346

𝐒𝐔𝐍𝐒𝐄𝐓 𝐂𝐔𝐑𝐕𝐄┃𝗦. 𝗠𝗰𝗖𝗮𝗹𝗹.Onde histórias criam vida. Descubra agora