《04》

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Simone T.T
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_Soraya? ainda no banho?_ perguntei, ao dar duas batidinhas na porta.

Ela não respondeu de imediato, demorou, a água voltou a cair, continuei ali, com a mão na maçaneta, a porta tava trancada, encostei minha testa ali, sei o quanto ela está sofrendo com tudo isso, e por querer se mostrar uma mulher sempre forte, é no banho que ela desaba.

_Amor, eu aqui, pode abrir pra mim?_ eu não queria forçar a barra.

Foi desligado o chuveiro, algo caiu, deve ter sido os vidros de shampoo ou coisa assim, ouvi o barulhinho da chave, logo ela abriu a porta, a vi toda nua, com o cabelo molhado caído e colado por seu busto e pescoço, sem ela perceber, esfreguei uma perna na outra, eu fiquei excitada.

_ tudo bem? estava chorando?_ perguntei cuidadosamente.

_É o que eu tenho feito sempre_ elevou um pouco os ombros, e sorriu triste.

_Vem , deixa eu abraçar a sua dor_ ela se afastou um pouco.

_Vai molhar sua roupa, amor_ eu dei de ombros.

_Bobagem, vem cá, vem_ ela sorriu.

Me aproximei dela e lhe abracei, alisei sua costa molhada e nua, pousei a mesma próxima do seu bumbum redondo, ela deitou a cabeça em meu peito, e ficamos assim, por longos segundos.

_ cansada de tanto chorar_ confessou.

_Entenda que essas lágrimas são de sua dor, não as reprima, hum?_ sussurrei.

Ajudei ela a terminar o seu banho, e eu banhei outra vez também, passamos pelo quarto de sua mãe, Soraya entrou e deixou um beijo na cabeça da mais velha, que dormia, ao lado dela tava Liz, que insistiu para dormir com sua avó, e em um berço que havia ali, estava Eva dormindo também.

_Dormem como um anjo_ comentou, com os olhos marejados.

Segurei sua mão, fechou a porta de volta, e seguimos para o quarto que estávamos dormindo, o quarto que era dela quando morava com os pais...

_Senta ali, Simone_ pediu.

Fui até a cama e sentei na beirada, tirou a toalha da sua cabeça, e puxou o roupão do corpo, ficando nua novamente, eu mantinha as minhas mãos sobre a coxa, aguardava por seus próximos passos.

_Eu quero transar com você, amor, eu preciso disso, quero e preciso sentir você_ falou baixo, mas eu entendi perfeitamente.

Não sei se foi uma maneira que ela encontrou para que esquecesse por um momento, a dor que está sentindo, e eu não vou negar, concordei em lhe dar o que ela está desejando.

_Coloca sua mão aqui, isso_ ela mesma pegou.

Apoiou um joelho na cama, ao lado do meu quadril, a palma da minha mão roçava em sua intimidade lisinha, ela ia ditando os movimentos, apoiou as mãos no meu ombro, encostou sua testa na minha.

_Assim, isso, ainda não enfia, amor_ alisei sua barriga.

_Você está encharcada, amor_ disse à ela.

O preço de um amor selvagem (part.4- o fim)Onde histórias criam vida. Descubra agora