《13》

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Soraya T.T
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_Simone, me ajude aqui_ gritei do banheiro.

Ouvi seus passos rápido na escada, e logo vi ela aparecer ali, com a cara de sono, acho que despertei ela do seu cochilo.

_O que sentindo?_ perguntou, passando a mão nos olhos.

_Desculpa amor, era pra você me ajudar aqui, pode amarrar?_ me referi ao meu cabelo.

_Ah, claro... George deu um banho em você, não foi?_ ela sorriu.

Estava dando um banho nele, e tô mais banhada que ele, o mesmo começou a bater as mãozinhas dentro da banheira, isso fez eu me molhar bastante.

_Nossa amor, seu cabelo caindo muito_ disse ela.

_Eu sei amor, tenho notado isso_ notei ela ficar tensa atrás de mim.

_Tem notado? Soraya..._

_Simone, relaxa, está tudo..._

_Não sol, não venha com o seu, "está tudo bem", quando parece estar tudo mal_ logo prendeu meu cabelo.

O coque desajeitado que ela fez ficou frouxo, meu cabelo soltou de novo, então ela pegou um elástico para prendê-lo, era de uma das meninas, logo ela amarrou em rabo de cavalo.

Olhei pelo espelho para ela, e vi seu olhar direcionado em sua mão, havia um pequeno "bolo" de fios loiros na sua destra, ela me olhou, e pareceu ficar assustada.

_Simone... me desculpa amor, eu ia..._ tentei dizer.

_ quanto tempo está me escondendo isso, Soraya?_ perguntou, séria.

_E-eu... Simone, me escuta por favor..._ ela saiu do banheiro.

Ouvi sua voz no nosso quarto, repetindo vários "isso não acontecendo", tinha raiva na sua voz, isso começou a me quebrar por dentro, pouco a pouco, e ao me olhar no espelho, já tinha lágrimas nos olhos.

_Mama... mama_ George trouxe sua mãozinha até meu rosto.

Deixei as lágrimas cair, ia pigando até dentro da banheira, tentei ser mais forte que esse momento, não gostava de demonstrar fragilidade na frente dos meus filhos, me odiava por isso.

"Você é minha super mãe", é o que as crianças começam a falar pra mim, e para Simone também, então, eu sou essa super mãe todos os dias, horas, minutos, segundos, para eles, e não uma mãe fragilizada.

_Mamãe bem, mamãe bem... olha o brinquedinho_ ele se empinou.

Já estava acabando seu banho, logo o enrolei na sua toalha, o peguei no colo, e saí do banheiro, indo para o quarto dele, ouvi algo quebrar lá no nosso, e alguns xingamentos, fechei a porta do quarto de George.

_Vamos vestir uma roupinha nova? olha o que a mamãe comprou_ ainda segurava ele em meu colo.

Peguei de sua gaveta uma roupa para ele, que era nova, inclusive, havia comprado ontem, na volta do hospital, o qual eu fui fazer alguns novos exames, como a médica já tinha me pedido, eu só tava aguardando o resultado para chamar a Simone pra uma conversa.

O preço de um amor selvagem (part.4- o fim)Onde histórias criam vida. Descubra agora