Tio Hope

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Jimin estava confinado em uma sala estéril, pintada de branco, o teto tão alto que dava a impressão de que o mundo exterior estava fora de alcance. Ele se encolhia no canto da sala, abraçando seus joelhos, um retrato de desespero e tristeza. Seus olhos estavam vermelhos e inchados, revelando as lágrimas que haviam caído incessantemente.

Enquanto Jimin balançava de um lado para o outro, em um movimento repetitivo e hipnótico, enquanto seu corpo estremecia de medo, os enfermeiros se moviam pela sala. Eles preparavam as coisas, sinalizando que estavam prestes a deixar a sala, após injetar um tranquilizante forte no jovem, após mais uma das crises de Jimin,que havia deixado fora de controle, uma vítima de suas próprias emoções descontroladas.

- menino chato -um dos enfermeiros fala olhando para Jimin com desprezo,Os enfermeiros não olhavam para ele com compaixão. Eles eram brutos e insensíveis, apenas cumprindo suas obrigações. Para eles, Jimin não era mais do que um dos muitos pacientes problemáticos que habitavam o hospício.

O corpo frágil de Jimin estava marcado por ferimentos, e manchas roxas escuras denunciavam as agressões que ele suportara. Os funcionários não tinham escrúpulos em maltratar os pacientes, e Jimin havia se tornado um alvo constante de seu ódio e crueldade.

Dentro das paredes geladas e impessoais do hospício, a vida de Jimin era um pesadelo diário. As lembranças de tortura eram ciclos de dor e agonia que se repetiam constantemente.

Seu rosto, que um dia fora jovem e radiante, agora estava manchado com cicatrizes e hematomas. Seus olhos, uma janela para o medo que residia em sua alma, estavam sempre inchados e vermelhos de tanto chorar. A fisionomia que antes abrigava alegria e inocência agora era um retrato de tristeza e sofrimento.

As mãos de Jimin tremiam devido ao estresse e à ansiedade constantes. Seu corpo magro e enfraquecido era a evidência do tormento que ele enfrentava todos os dias. E, ainda assim, ele continuava a lutar. A cada amanhecer, ele buscava uma centelha de esperança, algo que o mantivesse vivo, apesar das adversidades.

Os enfermeiros e cuidadores que deveriam oferecer ajuda e cuidado eram, para Jimin, a personificação do terror. Alguns deles eram tão sádicos e cruéis que se deliciavam com a dor que infligiam aos pacientes. Cada agressão física e verbal era uma lembrança vívida de sua impotência e vulnerabilidade.

Os horrores que Jimin vivia não eram apenas físicos, mas também psicológicos. Era comum que os pacientes fossem humilhados, zombados e tratados com desprezo. Os funcionários não perdiam a oportunidade de minar a autoestima e a autoconfiança de Jimin, tornando cada dia no hospício um exercício de sobrevivência.

As noites eram as mais difíceis para Jimin, quando o silêncio do hospício era quebrado apenas pelos gritos e gemidos de outros pacientes que também sofriam. Ele tentava se encolher na cama desconfortável, orando para que o tormento acabasse.

Essas torturas deixavam cicatrizes profundas em sua mente e em seu corpo. A esperança de ser resgatado por seu irmão, Yoongi, tornou-se uma bússola em meio ao caos. Jimin agarrava-se a essa esperança, mesmo quando tudo parecia perdido.

Os gritos de Jimin haviam se transformado em soluços silenciosos, sua voz rouca e sua garganta dolorida de tanto chorar. Ele tentou levantar-se, mas suas pernas fraquejaram. Sentou-se novamente no canto, abraçando seus joelhos, desejando desaparecer.

O hospital psiquiátrico era um pesadelo. Os pacientes eram tratados como animais, e os funcionários tinham uma visão cínica do sofrimento humano. Não havia esperança ou cuidado genuíno. Para Jimin, aquele era o pior dos infernos.

Os enfermeiros encerraram sua tarefa e deixaram a sala, fechando a porta atrás deles. Jimin estava sozinho novamente, o silêncio esmagador aprofundando sua solidão. A sala branca e vazia era um reflexo de sua alma, despojada de cor e calor.

O palhaço sorridente Onde histórias criam vida. Descubra agora