Priscila
Foi um dia difícil, não existe conforto, a única coisa que eu tinha para oferecer era ela é a minha presença, Carolyna precisava saber que podia contar comigo.
Ela chorava como um bebê, principalmente depois da conversa que teve com o Rafael, ele contou sobre a doença e Carolyna ficou muito mais arrasada e em negação.
Sei que eles tentaram não deixar ela preocupada, mas não era uma doença comum, ou algo banal que ele iria facilmente se curar, ela merecia saber, talvez a dor tivesse sido um pouco menor.
Não aguento mais vê-la triste, seus olhos sem vida estão me matando por dentro, queria poder pelo menos trazer um décimo da sua alegria, aqueles olhos que sempre foram tão vivos e brilhantes para mim estão escuros e distantes.
__ Está na hora de ir, senhorita Priscila.__ Ana diz.
Carolyna me aperta, como se dissesse, não vai por favor.
__ Vossa Alteza, precisa se preparar para a cerimônia.
__ Eu prometo que vou ficar com você assim que tudo acabar.__ Falo para ela.
Ela apenas confirma com a cabeça, beijo sua bochecha.
Levanto e vou em direção a porta, me parte o coracão deixar ela para trás, mas apartir de agora é um momento em família e eu preciso respeitar.
[...]
__ Filha aonde você estava? No Palácio até agora?__ Minha mãe pergunta assim que entro no apartamento.
__ Sim.
Ela estava me ligando desesperadamente e eu apenas mandei uma mensagem dizendo que dormiria no Palácio.
Passei a noite com a Carolyna, meus olhos devem esta demonstrando que eu não dormir nada, a preocupação com ela não me deixava pregar os olhos.
__ Como está a situação lá?__ Ela pergunta.
__ Péssima.__ Respondo.
Minha mãe suspira pesado.
__ A senhora está bem?__ Pergunto.
__ Sim.__ Ela diz com um sorriso forçado, ela nunca deixa mostrar suas emoções.__ Vai logo se preparar para cerimônia.
Assim eu faço, tomo um banho, mas pensamentos só estão nela.
Durante o caminho para a catedral onde ocorrerá o velório, percebo as ruas vazias, o sentimento de tristeza espalhado por todo lugar. Em frente a catedral está cheio de pessoas que fazem vigílias para poder se despedir do imperador.
O pai da Carolyna é imperador desde que eu nasce, tão tinha noção da comoção que é a morte de um imperador para o nosso país, mas agora infelizmente estou podendo presenciar.
Carolyna
Não aguento mais, é como se eu fosse morrer também, nunca imaginei que poderia sentir tamanha dor como estou sentindo agora, a senssação de invalidez por não poder fazer nada, sei que eu soubesse da doença não conseguiria o curá-lo, mas conseguiria aproveitar melhor o tempo ao seu lado.
__ Haverá muitos fotógrafos Vossa alteza, todos querem um registro seu nesse momento de fragilizadade, use o óculos escuro.__ Ana me diz.
Ela me entrega o óculos.
__ Use apenas para entrar na catedral, depois tire e fique do lado da imperatriz.__ Ana me dar mais instruções.
Confesso, que está entrando por um lado da orelha e saindo pelo outro.
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Foi um prazer te conhecer, Princesa
Fiksi PenggemarImagine um Brasil imperial, com Imperador, príncipes e Duquesas, imaginou? se sim, o resto só saberá lendo.