O reencontro

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Quando entraram até os onis se tinham espantado com o conteúdo da gruta. Tinha uma porta com vermelho a escorrer, parecia sangue. Eles entraram nessa porta e, como num filme de terror, ela rapidamente se fechou atrás deles, assustando os dois humanos presentes que temiam o pior.

Eles viraram-se para a frente e viram uma espécie de enorme corredor feito de ouro com várias portas e corredores interligados. Parecia um palácio. Sem saberem como, os onis guiaram os dois Hashiras na direção da porta onde, supostamente, estariam todos eles.

Quando entraram na porta, viram uma sala enorme, cheia de tronos e de pessoas sentadas neles. No centro tinha os tronos do Tanjiro e da Nezuko. Os onis, mesmo a contragosto e com uma feição triste, ajoelharam-se à frente dos tronos.

-O que querem de nós?-Perguntou o Tomioka receoso.

-Eu vou ser bem direto, nós sabemos exatamente o que é que vocês estão a sentir. Se vocês se juntarem a nós não se vão sentir traídos.-O Tanjiro começou a falar.

-Eu vou acrescentar uma coisa importante ao que o meu irmão disse. Vocês...-Disse apontando para os que estavam no chão.-Não são obrigados a nos seguirem. Nós vamos dizer algo e se vocês, após esta conversa ainda estiverem contra nós, podem ir embora.-Afirmou surpreendendo a todos. Os onis ajoelhados assentiram estupefactos.

-Bem...então o que têm a dizer para nos fazer ficar?-Perguntou o Sanemi desconfiado.-Já não disseram tudo no dia da guerra?

-Irmão...nós estávamos com a cabeça muito maluca da transformação nesse dia. Vocês ajudaram-nos e protegeram-nos muitas vezes. A nossa vingança não é contra vocês.-Contrapôs o Genya.

-Isso, eu tenho a certeza de que vocês também querem acabar com aquela organização de falsos princípios.-Disse o Senjuro. O seu irmão mais velho olhou para ele, olhos tristes e que mostravam que ele não queria que eles dois acabassem assim.

O Sanemi deu um rugido de raiva e apertou os punhos com força, ele não iria trair o seu antigo Mestre.

-O que vocês estão a dizer não vai mudar nada. Podemos ter raiva do que a organização se tornou nos dias de hoje, mas enquanto tivermos escolha isso não nos vai fazer trair a confiança daqueles que morreram para nos salvar dentro dela.-Disse Shinobu com o seu falso sorriso e uma veia de raiva na sua testa. Os outros assentiram ao se lembrarem dos seus familiares e amigos que se sacrificaram para que, um dia, eles pudessem matar Muzan.

-Isso pode ser resolvido, PODEM VIR!-O Tanjiro gritou a última parte a chamar alguém. De trás dos tronos apareceram a 2 figuras feminina e uma masculina.

-Não pode ser...-Disse o Tomioka espantado.-Sabito? Makomo?....

-Mana?-Disse a Shinobu com lágrimas nos olhos.

Os 3 olharam para a Nezuko e para o Tanjiro que acenaram com a cabeça e foram a correr em direção às pessoas que deixaram para trás com a sua morte.

O Tomioka estava a chorar desesperado nos braços do Sabito e da Makomo que lhe faziam carinho nos cabelos. A Shinobu simplesmente não queria largar a sua irmã mais velha.

-Nós...podemos ser uma família.-Disse o Sabito.-A única coisa que têm que fazer é jurar-lhes lealdade e, depois, tudo estará resolvido.

-Irmão, eu não quero que te afastes, mesmo que eu às vezes pense que me vês como um inútil, não te quero longe.-Disse o Senjuro mostrando que mesmo AQUELES onis, ainda tinham coração.

Os ex-Hashiras entreolharam-se e confirmaram com a cabeça. Eles ajoelharam-se com a cabeça no chão à frente do Rei e da Rainha onis:

-Nós jurámos-vos lealdade, deixem-nos viver como nunca podemos...por favor.-Disse o Gyomei que, até ao momento se manteve calado mas, ao perceber a felicidade das crianças à sua frente não se conteve.

-Muito bem, então Shinazugawa e Tomioka, bebam.-Disse a Nezuko deixando escorrer um pouco do seu sangue. Os dois Hashiras beberam o sangue. Começou a Era dos Novos Reis.

O novo reiOnde histórias criam vida. Descubra agora