Kazuscara angst + fluff

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Tava num lema de nunca escrever angst, mas... eu pensei numa coisa aqui que jsjdjdjdjxnd. Inclusive se alguém puder compartilhar a história pra quem vcs acharem que pode gostar ☝️☝️🤓
Inclusive, vai aparecer a mãe do Scaramouche/Kunikuzushi aqui nesse capítulo, mas NÃO irá ser a Ei, eu vou pegar como se ele fosse filho de outra, a Ei "adota" ele ☝️☝️🤓🤓🤓

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— Mãe... Posso falar com você? — Kunimitsu anda até sua mãe, fazendo a fechar o livro que estava lendo para dar atenção a sua "filha".

— Sim, querida? — A mulher mais velha desvia o olhar para a direção de sua criança, mas algo em Kunimitsu a espanta. — O que aconteceu com seu cabelo?! Por que está tão curto?! Você estava com ele longo até hoje de manhã!

— Eu queria te contar isso... Eu não sou mais a Kunimitsu, eu... — Suspira alto e coloca a mão atrás de sua cabeça, mexendo em seu cabelo agora curto. — Eu sou trans. Meu nome é Kunikuzushi agora. E você não pode fazer nada sobre isso, eu já sou maior de idade e cuido da minha própria vida. Só peço que me aceite.

.   Um silêncio constrangedor cai sobre a sala de estar da casa deles, a mãe do garoto o olha com desprezo e nojo.

— Não acredito... Eu criei você com tanto carinho... e você resolve virar trans?! Depois de tantos anos investindo em você... que decepção.

— Eu não virei trans! Você não entende! Esse sempre fui eu! Eu nunca fui aquela garotinha que você gostava que eu fingisse ser. Eu nunca gostei dos seus vestidos idiotas, daquela maquiagem que você me deu, de ter o cabelo longo, de me chamar Kunimitsu! Toda vez que você vinha com "filha", eu tinha vontade de me matar, porque eu sei que nunca iriam me aceitar. Especialmente você, mãe.

.   A cada palavra, [mãe] ficava com mais raiva. Transfobica como era, não poderia aceitar ter um filho travesti, afinal o que os outros pensariam dela? Em um ataque de raiva, ela avança em seu filho e o dá um tapa, fazendo um som de estalo se espalhar pelo ambiente.

— Eu não acredito no que estou ouvindo. Você vai para a rua agora! Espero que eu nunca mais tenha que te ver! Faça a sua mala! Eu não consigo crer no que estou vendo...

.   Em silêncio, Kunikuzushi olha para a mãe incrédulo. Esperava uma reação negativa dela, mas não desse nível. Mesmo com palavras ainda presas em sua garganta, ele sobe as escadas para seu quarto, pegando todas as roupas que gostava daquele armário — que não eram muitas —, junto com alguns salgadinhos que guardava em sua cama, seu celular, computador e delineador vermelho; a única maquiagem que realmente gostava.
.   Saiu de casa sem encarar a mulher, nem avisar, bateu a porta e começou a encarar o céu. Já era noite e as estrelas se encontravam o encarando, elas brilhavam tanto que pareciam luzes de natal. Mesmo com a noite estando linda, ele precisava arrumar um local para ficar, pegou seu celular e discou o número de uma pessoa bem familiar e íntima para Kunikuzushi.

— Amor? Você não costuma me ligar, só mandar mensagem. O que houve? Está tudo bem?

— Kazuha, me deixa ficar na sua casa hoje?

— Claro que sim, meu amor! Me conta o que houve quando você chegar aqui, sua voz está bem ruim...

.   Com a fala de seu namorado, ele passa a mão em sua bochecha e percebe que estava chorando, começou sem nem sentir.

— Te conto sim... agora me deixa chegar aí. Beijo, lindo.

— Te amo, gatinho.

.   Kazuha era seu maior amor, nunca se apaixonou do nível que tinha caído pelo garoto. Ele foi o primeiro para quem se assumiu trans, mesmo chocado, ele o aceitou e nunca o tratou diferente, afinal não se importava, era bi.
.   Quando chegou em fim na casa de Kazuha, já havia parado de chorar e estava se ajeitando para não ficar feio na frente do namorado. Tocou a campainha e bateu na porta 5 vezes, avisando que era ele que estava ali.
.   O garoto ouvindo a porta, largou a louça que estava lavando e foi direto abrir a porta.

— Kuni!! — O puxa para um abraço. — Que saudade estava de você! Vem, entra.

— Obrigado por me receber, mesmo que seja sua obrigação como meu namorado.

— Hah, você e seu humor... — Kazuha alcança a bolsa de Kunikuzushi e a deixa em cima do sofá, se sentando no mesmo e o chamando também. — Então... você pode me contar o que houve para querer vir aqui as 10:30 da noite?

— ... Eu contei para a minha mãe e vamos dizer que ela... não aceitou muito bem.

— ... Oh — Percebendo o que ele quis dizer com "não aceitou muito bem", Kazuha segura a mão de Kuni. — Me desculpe... você pode ficar aqui o tempo que quiser, minhas mães não vão voltar tão cedo.

— Valeu, Zuzu. Sabia que podia contar com você. Te amo.

— Também te amo.

.   Os dois se beijam e se confortam no abraço um do outro, com sentimentos confortáveis e amorosos preenchendo o lugar. Os sentimentos de alguém que não sentia e de alguém que sentia até demais.

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One-Shots de Genshin Impact (Shipps)Onde histórias criam vida. Descubra agora