Jeon Jungkook! Jjk+Pjm

Um

Bem vindos a "Jeon Jungkook!".

Boa Leitura!

Eu poderia começar a dizer como acordei essa manhã, mas não vou. Até diria que acordei de bom-humor, as mil maravilhas ou com paciência. Porém, não é nada disso. Meu dia se resume na universidade e quem o faz ser um completo inferno.

Jeon Jungkook, meu melhor amigo, infelizmente. Cursa Biomedicina, tem 23 anos e é uma girafa ambulante. O conheci no ano novo, era aniversário do meu outro amigo, que por coincidência ou não, é primo de terceiro grau desse meu amigo, seu nome é Kim Taehyung. Os dois vivem me roubando o juízo e tempo.

No início, eu era apaixonado no Jungkook, mas para o meu azar, não era recíproco. Ninguém é obrigado a gostar da mesma pessoa, né ? Eu andava feito um idiota atrás do Jeon, que nem ao menos me tratava como um amigo. Até que um dia, Taehyung resolveu se mudar para a casa dos pais, e antes de ir,ele me disse que seria uma perda de tempo continuar gostando do Jungkook.

"Se ele não sente o mesmo por você, é melhor esquecer. Do que adianta gostar de alguém que nem o ver como um amigo ?". Essas palavras, me seguem até hoje. Taehyung é um ótimo amigo, mas também é péssimo em conselhos. Antigamente ele com certeza era mais útil.

Tentei contar a Jungkook o que sentia por ele, mas desisti no mesmo dia quando ele me ligou falando que a garota da qual gostava, havia se mudado de escola. O fiz companhia o resto da semana, ele esqueceu até que rápido para alguém que estava apaixonado.

Nossa amizade havia mudado um pouco, Jeon tinha parado de fazer careta, reclamar e me empurrar toda vez que o abraçava ou demostrava afeto. Eu também parei de o seguir para os lados, parei de abraça-lo toda hora, tentar beijar seu rosto, cabelos ou qualquer coisa que seja.

Se acha que eu estava ignorando a existência do garoto, não achou errado. Caramba! Sou apena um ser humano que se valoriza, se ele não gostava de mim, que se dane também. Ou eu mudo, ou ele muda. Essa é a vida.

Queria poder acreditar que deixei de gostar do Jungkook, mas na verdade, eu só escolhi ignorar. Ignorei ao ponto de não saber mais o que sinto por ninguém. Talvez só não quisesse continuar me machucando.

Suspirei ao pisar na grama molhada da universidade, seria mais um dia monótono naquele lugar. Segurei a alça da mochila, caminhando tranquilamente para dentro, olhei para os lados antes de continuar meu caminho. Como não avistei a girafa número um, corri para o meu armário, peguei o necessário.

Fechei a portinha de metal, andei de cabeça baixa pelo corredor, aos poucos ia se enchendo. Na minha mente, se eu andasse rápido e sem olhar para as pessoas, chegaria vivo na sala. Consegui chegar vivo e me sentia alegre por não ter avistado a girafa um, nem a dois ainda. Isso mesmo, ainda. Um dos dois daria um jeito de me procurar pela universidade.

Corri para o funda da sala, sentando na última cadeira do lado esquerdo, ou como todos conhecem, lado da janela. Joguei minha mochila no chão, pedindo a Deus para avançar as horas. Se eu soubesse que era páscoa, nem teria levantado da minha cama.

-Eu quero morrer.-Murmurei de mau gosto, batendo a cabeça na madeira, choramiguei com a dor que senti no local. E para aumentar minha sorte, a professora entrou na sala de mau-humor, o que não era nenhuma novidade. A mulher vivia brigando com o marido pela guarda dos filhos, entendia seu grande mau-humor. Às vezes, entendia seu constante mau-humor às vezes.

E como se Deus tivesse ouvido meu pedido, a professora teve um imprevisto e precisou sair quatro horas antes do horário normal. Agradeci a Deus, arrumei minhas coisas e saí para o campo da universidade. Estava calor, nem parecia que havia chovido durante a madrugada.