01 | um natal (quase) perfeito

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FLORENCIA BINOTTO

Milão, Itália.

1 de dezembro de 2024.

— Você ficou louca.

É o que Robert me diz quando conto minha ideia genial para o Natal.

Há mais ou menos um ano, Rob entrou para a Fórmula 1 com a Haas e há dois anos estamos juntos, e só foi no final do ano passado para cá que resolvemos juntar as escovas. Acho melhor morarmos juntos do que nos locomover o tempo todo para passar dois dias juntos e depois nos separar.

Melhor ainda é saber que formamos uma família em tão pouco tempo. Ser pais de pet não é fácil, acho que só nesses 2 anos que Sirius estava com a gente, tivemos que comprar umas quatro almofadas novas.

— Por que não? A ideia é maravilhosa! É tão ultrapassado passar o Natal com a família, Rob — reclamo, rolando os olhos — Nós somos jovens, podemos tentar algo novo!

— Florencia, mal temos espaço para quando Lizzie e Arthur vem, agora com mais seis pessoas? E o Sirius? — Meu namorado questionou. — Essa casa vai ficar uma bagunça!

— Oito pessoas — corrijo, Rob fica chocado — São oito. Lizzie pediu para avisar que Rosalie e Théo virão com eles. Ela disse que os quatro tinham marcado de passado o Natal na Suíça, no flat do Théo, e que seria meio chato desmanchar o combinado. Falei que não tinha problema em trazê-los.

Eu não vejo problema e estou curiosa para saber como Lizzie irá convencê-los disso, acho que Théo e Rosalie não tem tanta escolha assim. Como não falo tanto com eles, o único jeito é pedir para Lizzie conversar com o casal usando a sua delicadeza de irmã mais velha da Rosalie.

Outra coisa que acho que pode ter sido estranho foi convidar Oliver e sua namorada. Por mais que Ollie seja pouco próximo de mim e super amigo da Lizzie, quase um irmão mais novo tanto para ela quanto para Rosalie, a ideia de convidá-los me pareceu válida.

Agora a minha ideia de convidar Mick e Giu sem os dois saberem que irão para a festa é fantástica.

— Você acha mesmo que vão caber dez pessoas na sua casa? — Robert perguntou, incrédulo — Mais o Sirius — apontou para o cachorro deitado no tapete da sala.

Nossa casa, amore mio. Eu tenho um plano B! — Faço o número 2 com os dedos — Você sabe que eu chamei o Mick e a Giu, e eles estão separados até onde sabemos. Eu pensei em...

— Você e sua mania de dar uma de cupido...

— Rob, é sério! É dezembro, mês do Natal, não quero que eles fiquem desanimados por aí! É um ótimo momento para eles se acertarem — conto, animada. — Então, eu estou supondo que se o plano A der certo, só teremos oito pessoas em casa mais o Sirius.

— E onde você vai enfiar oito pessoas numa noite de Natal, Florencia? O sofá não é tão grande — Meu namorado lembrou — Não inventa de colocar o coitado do Oliver para dormir na cama do Sirius.

— Eu não pensei nisso! — cruzo os braços — Eu pensei em colocar o Arthur, não o menino-urso.

Como um bom virginiano que é, Robert prefere encarar os fatos e jogá-los na mesa para atrapalhar meus planos. Ele não estava errado em se preocupar com a estadia dos outros, mas eu sabia o que estava fazendo e onde me metendo.

— Espero que você saiba o que está fazendo, Florencia — O loiro dá um passo à frente, segurando o meu rosto com uma mão e me fazendo olhar. — Vou odiar se te ver triste no Natal.

— Te garanto que não vou ficar! Não vou ficar porque a melhor parte do Natal é fazer compras! — Apoiei meus braços nos seus ombros e dou um sorriso. — Nós precisamos comprar uma decoração nova, uma outra fantasia para o Sirius, os presentes do Amigo Secreto, um look novo para mim...

A NONSENSE CHRISTMAS | ContosOnde histórias criam vida. Descubra agora