❆ Capítulo 4 ❆

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❆ Capítulo 4 ❆
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   O baixinho já dormia em seu colo pouco depois, com o rostinho amassado e formando um biquinho nos lábios vermelhos. Achando a cena adorável e fofa, o alfa ficou olhando o pequeno dormindo, beijando e cheirando os cabelos sedosos.

   Quando o nó se desfez, tirou com cuidado e devagar, vendo um pouquinho de sangue junto com seu sêmen. Verificou se estava machucado e depois de confirmar que ele estava bem e era apenas o sangue por ser a primeira vez, o levou para o banheiro.

   O colocou de costa para se já dentro da banheira, notando pela primeira vez a enorme cicatriz na costa do pequeno. A marca ia do ombro até a metade da costa e aparentemente era antiga, mas ainda sim cruel.

   Passou devagar o dedo no local sensível, sentindo seu lobo se revirar de ódio, querendo matar quem machucou o seu ômega. Deu um beijo na marca e pegou o sabão, passando delicadamente na pele macia.

  Deu um banho quente e com cuidado no ômega, que estava tão cansado que sequer acordou. Depois dos dois limpos, o alfa o levou para o seu quarto, acendeu a lareira e o deitou no seu ninho.

   Lambeu a marca para que se cure logo e abraçou o baixinho para o esquentar do vento frio e logo dormiu ao seu lado, se sentindo o alfa mais feliz e sortudo do mundo por ter Jimin ao seu lado.


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    A claridade entrava pela janela do quarto, despertando o ômega do seu sono, sendo incomodado pela luz. Resmungou baixinho por ser tirado do seu sonho com o alfa, onde brincava com um filhotinho de cabelos pretos como o maior e o sorrisinho de coelho.

  Se virou ficando de frente para o seu alfa atrás de se,  admirando o rosto bonito, que dormia tranquilamente enquanto envolvia a sua cintura, o mantendo bem colado no corpo quente.

   Esfregou o nariz no peito para sentir mais do cheiro do seu alfa, ronronando baixinho por estar feliz e quentinho. Depois de um tempo, tentou tirar o braço pesado em cima de si, pois estava apertado, querendo ir ao banheiro.

   Tentou novamente, mas não conseguiu se virando novamente para o maior, que estava com os olhos abertos e um sorriso.

— Tira lobinho, estou apertado.

— É meu anjo?

   Jimin soltou um gritinho quando teve seus joelhos envolvidos pelo outro braço e carregado para o banheiro.

   O alfa deixou o pequeno no chão e beijou os cabelos bagunçados do sono, depois os lábios carnudos.

— Bom dia minha flor. — sussurrou com a voz rouca do sono, arrepiando o corpinho do ômega.

— Bom dia meu lobinho.

— Vou pegar água quente para encher a banheira, tá bom?

— Vai lá, vou esperar você.

   Os lábios se juntaram mais uma vez antes do alfa sair. Jimin se encostou na bancada que tinha ali, abraçando o corpo pelo frio fraco e olhando as marcas deixadas pelo alfa em seu corpo.

   Marcas de chupões e dos dedos que apertaram sua cintura enquanto entrava em si. Reviveu os momentos da noite anterior, quando finalmente conheceu o maior por completo e entregou seu corpo, pois suas almas e seus lobos já estavam ligados a muito tempo.

   Logo o moreno entrou enchendo a banheira, entrando e ajudando o pequeno a se sentar na sua frente, encostando as costas em seu peito.

   Envolveu a cintura fina, fazendo carinho na barriga do pequeno, que começou a ronronar baixinho pelo carinho.

— Sente alguma coisa? Alguma dor ou incômodo?

— Apenas um incomodo alfa, mas nada demais.

— Farei uma massagem depois.

— Eu vou gostar muito, meu lobinho.

   O alfa começou a beijar a nuca molhada, descendo pelas costas até parar novamente na cicatriz grande. Passou um dedo devagar pelo local, vendo o ômega se encolher um pouco e então tirou rápido.

— Doeu, minha flor?

— Não, apenas e um lugar sensível e não estou acostumado a tocarem nela.

— Quem fez isso?

— Meus pais quando descobriram que eu era um lobo.

   Os olhos do alfa se transformaram em vermelho, sentindo ódio assim como seu lobo por quem machucou seu ômega.

   Jimin sentindo pela marca, se virou de lado para olhar o alfa, aumentando o seu cheiro e colocando a palma da mão na bochecha do maior.

— Está tudo bem alfa. Isso aconteceu faz anos, já passou.

Te machucaram meu ômega, não posso aceitar isso.

   A voz rouca e profunda tomada pelo lobo fez o pequeno se arrepiar, então se aproximou juntando os lábios, acalmando o mais alto.

— Eu estou bem, fui salvo pela minha avó antes que fosse tarde. Ela cuidou de mim, desde então não vejo mas eles.

   Tomou novamente os lábios, sentindo os moreno se acalmar durante um beijo, mas não totalmente. Jungkook se afastou, descendo os beijos para a cicatriz, dando beijinho leves do ombro até a metade da costa.

   Jimin sentiu seu corpo se arrepiar pelos beijos e os sentimentos que o alfa transmitia através da marca, principalmente o amor que sentia por si.

   Colocou a mão nos cabelos um pouco longos, fazendo ele o olhar, encarando os olhos pretos que brilhavam.

— Eu te amo — sussurrou, beijando o nariz do maior, que sorrio.

— Eu também te amo, minha flor.

   Ficaram mais um tempinho na banheira, até terminarem o banho quando a água esfriou. Foram para o cozinha, e comeram com o baixinho sentada no colo do outro.

— Eu vou para casa, vou avisar a vovó sobre a marca.

— Ele vai querer puxar a minha orelha.

— Tenho certeza que sim, — respondeu sorrindo — mas não sei preocupe, vou proteger você.

— Que bom, da primeira vez que ela me conheceu me colocou sentado e me deu um sermão.

— Vovó sempre foi cuidadosa comigo, tenho certeza que agora ela gosta muito de você, toda vez fala que vai fazer bolo para eu trazer.

— Irei te buscar mais tarde e agradecer pelos bolos maravilhosos que ela faz.

— Isso, ela irá ficar feliz e fará outras sobremesas com certeza, mas vou ir agora, tenho que trabalhar na confeitaria.

   Jimin desceu do colo do maior, correndo para o quarto para pegar as suas coisas, mas não antes de beijar os lábios finos

   No lado de fora, o maior abraçava o loiro que vestia a capa vermelha e segurava a cestinha na mão, não querendo deixar ele ir.

— Eu vou voltar meu amor, você vai me buscar lá.

   O alfa se aproximou e lambeu a marca no pescoço, sentindo o pequeno se arrepiar pelos lugar sensível.

— Vou preparar algo para comermos mais tarde, não demoro, logo vou a seu encontro.

— Vou avisar a vovó e ela vai fazer bolos para você.

— Vou adorar.

   Jimin puxou o alfa para baixo e beijou os lábios finos e vermelhinhos. Se afastou e andou em direção a sua casa, um caminho que já conhecia muito bem, desde criança.

   Andou pela neve fofinha e de longe via fumaça, mas não se preocupou, pois o povo da vila acende grandes fogueiras, mas estranhou pois estavam muito densas.

   Viu a primeira casa e começou a correr quando notou que pegava fogo, assim como as outras, completamente destruídas. O ar estava pesado e quente, dificultando a respiração, mas mesmo assim correu em direção a casa da sua avó, que também queimava.

— VOVÓ.

   Olhou ao redor procurando por ela, mas a fumaça e o fogo atrapalhava a sua visão. Andou por entre a vila, colocando o braço no rosto para que não respirasse tanto a fumaça e viu imagens embaçadas de pessoas ajoelhadas no chão.

   Chegou ao lado de uma das pessoas, se ajoelhando ao lado e notou que as roupas sujas e machucados pelo corpo, assim como o choro denso.

   Algumas pareciam rezar, as mãos juntas e murmurando algo. Outras apenas se abraçavam a sua família.
  Antes que pudesse perguntar algo, alguém puxou o seu braço com força, o fazendo soltar um grito de dor e seu capuz vermelho sair.

— É esse? — perguntou o homem que o agarrava, puxando o seu cabelo e o forçando a olhar para cima.

   Seus olhos se arregalaram quando notou que seus pais estavam ali, sorrindo enquanto encaravam o filho que tentaram matar anos atrás.

Neve e Sangue ❄️ Jikook Onde histórias criam vida. Descubra agora