Neve e Sangue ❄️ Jikook

❆ Capítulo 9 ❆

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❆ Capitulo 9 ❆
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      Na manhã seguinte o alfa saiu cedo indo em direção a cidade que ficava um pouco longe dali. Foi em sua forma original até perto do local, depois se transformou em humano, vestindo as roupas que tinha levado.

    Jimin dormiu até um pouco mais tarde, acordando bem depois que o maior saiu e ficou de forma preguiçosa na cama, até ter coragem de se levantar.

   Hoje queria olhar com atenção para os cômodos da casa, já que o cio do seu alfa que começou pouco depois que chegaram, impediu isso. Andaram pelos lugares durante esse período, mas para amarem o corpo um do outro.

   Aproveitaria a claridade da manhã e arrumaria algumas coisas, começando pela sala. A casa estava praticamente limpa, apenas alguns pontos que começavam a juntar poeira.

   Começou pela lareira grande, tirando os pedaços velhos e queimados de madeira de dentro e limpou um pouco como dava, depois a parte de cima, onde pensou em colocar alguns enfeites.

   Talvez comprasse alguns quando fosse a cidade.

   Limpou de maneira rápida, indo para cozinha e olhando os armários organizados. Pegou uma bacia e foi até o lado de fora, onde pegaria um pouco de neve para derreter em água.

    Enquanto se agachava para pegar a neve, sentiu o cheiro de um humano por perto e olhou ao redor procurando. O branco ao redor facilitava ver um homem pouco escondido entre as árvores.

   Andou devagar para trás, indo em direção a casa mas o homem se levantou rápido e mirou o arco em si.

— Como se chama? — perguntou o humano, chegando cada vez mais perto — responda.

— O que faz aqui? — seu lobo transmitia pela marca o perigo para o seu alfa, então só precisava ganhar tempo. — eu moro nessa casa.

— Quando se mudou?

— Já faz um tempo, por que quer saber?

   O homem fez um sorriso estranho e Jimin estremeceu de medo, andando devagar para trás.

— Você é a aberração que íamos pegar na outra vila, não é? — estava a apenas alguns passos de distância agora — você conseguiu fugir, encontramos apenas os corpos estraçalhados, quase irreconhecíveis.

   Analisou o rosto do homem e arregalou os olhos quando se lembrou que era o mesmo que matou as pessoas.

   Tentou se mover para longe, mas o homem atirou uma flecha em sua direção, mas por pouco conseguiu desviar. Correu em direção a casa, mas seu corpo foi brutalmente jogando no chão e prendido contra a neve.

— Sabe quanto dinheiro você vale? Quando posso ganhar se eu te levar? — seu rosto foi esmagado contra a neve fria — Sua cabeça vale tanto, morto ou vivo.

   Conseguiu enxergar ele tirar uma faca da sua cintura e a levantando em cima da sua cabeça.

— Sua existência vai valer algo, seu monstro.

   Seus olhos se tornaram vermelhos quando seu lobo tomou conta, se transformando em sua forma original e conseguindo sair de baixo do outro, que caiu.

   Rosnou olhando para o humano, que olhava assustado para se, antes de se esticar e pegar a faca ao seu lado.

   Correu em direção a ele, que tentou lhe cortar, mas Jimin mordeu o seu pulso e arrancou a mão. Cuspiu o membro fora, sentindo o gosto de sangue em sua boca.

   O homem gritava de dor segurando com força o que restava do braço que jorrava sangue. Tentava se arrastar na neve, deixando o rastro vermelho.

— P-por favor — rosnou alto e ele colocou a mão sobre o ouvido se encolhendo no chão — e-eu i-imploro.

   O lobo de pelos castanhos andava devagar na direção do outro, gostando de como o humano estava desesperado. Lágrimas escorriam pelo seus rosto e sangue ainda saia.

   Ficou em pé na frente e passou as garras pelo seu corpo, ouvindo os gritos. O homem não teria pena e o mataria para que seu corpo fosse vendido a outro e usado como quisessem.

   Jimin não teve pena ou misericórdia e mordeu seu pescoço, arrancando um pedaço e tirando a vida do ser.

   Se afastou respirando fundo e sentiu o cheiro do seu alfa, que lhe chamava através da marca durante toda esse tempo.

   Jungkook correu até o lobo com manchas de sangue, preocupado e encantado ao mesmo tempo pela linda forma que ele tinha.

   Seus pelos se destacavam na neve, o marrom lindo parecia brilhar.

   Meu amor? Você está bem? Sente algo?

   Lambeu o pescoço e esfregou o rosto um no outro, se certificando de ele estava bem.

  Eu estou bem, alfa.

  Viu as marcas de sangue no chão e em seus pelos, olhando novamente para o corpo sem vida. Não sentia nada por tê-lo matado, se defendeu de mais um humano ruim, que o mataria sem pensar duas vezes.

    Quero tomar um banho e tirar esse sangue de mim.

   Precisa se transformar de volta meu bem.

   O alfa se aproximou devagar, com medo pois aquela era a primeira transformação do ômega e a volta para o corpo humano seria dolorosa no começo.

   Lambeu o rosto e as orelhas macias, sentindo o cheiro de cereja e margarida ainda mais forte.

   Consegue se transformar de volta? Vai doer, minha flor.

   Eu sei, ficarei bem, apenas fique ao meu lado.

   Sempre Jimin.

  Respirou fundo e se acalmou, se preparando.

   Então sentiu seus ossos se transformando para a de humano e dor era forte, não insuportável, mas ainda sim forte.

  Rosnou de dor e quando caiu de joelhos seu corpo já estava sem a forma original. Jungkook já estava na frente do pequeno, também transformado e pegou ele com cuidado em seus braços, levando para dentro de casa.

— Vai passar minha flor, vou cuidar de você.

  Sussurrava em seu ouvido e beijava o topo da cabeça o sentindo tremer e choramingar em seus braços, o colocou na cama e cobriu o corpo nu por conta do frio.

— Vou encher a banheira, tudo bem?
   Juntou os lábios e foi rápido em preparar tudo logo voltando até o pequeno estava e o carregando até a banheira, onde entrou com ele na água morna.

   Massageou o corpo devagar, tirando a tensão que estava presente enquanto Jimin suspirava pela dor diminuindo.

— Como se sente? — perguntou depois de um tempo, abraçando o menor com delicadeza em seu colo.

— Estou bem, lobinho, não se preocupe. — puxou a palma da mão grande e beijou os dedos longos.

— E sobre o humano? — perguntou receoso, pois não conseguia sentir algo profundo pela marca.

— Não sim culpa, ou pena — se virou de frente para o seu alfa, se apoiando em seus ombros enquanto tinha as mãos em sua cintura — ele estava lá naquele dia, ele foi um dos homens que matou as pessoas que moravam na vila e iria me matar também. Eu me defendi, não consigo me sentir culpado por isso.

— E você não é, minha flor. Eles nos chamam de monstro sem nem pensar duas vezes, mas são piores que qualquer monstro que possa existir.

   Encostou a testa na do pequeno e respirou fundo o seu cheiro, finalmente se acalmando junto do seu lobo. Mais uma vez sentiu o medo do ômega e estava longe, e o desespero tomava conta do seu corpo.

   Não vai deixar nada aconteça com ele e o protegeria com sua vida se necessário.