Capítulo 7

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No encontro que tive com Nanami descobri muitos pontos em comum, ambos adoravamos papear e qualquer tipo de pão.

Trocamos nossos números depois disso e poderia dizer que estávamos nos tornando bem próximos.

Era completamente compreensível ele ser tão disputado por algumas mulheres da maneira que era, responsável, elegante, romântico, prestativo... Poderia ficar listando todas as suas qualidade mas pensaria nele o dia todo.

Sacudi a cabeça de um lado para o outro e joguei uma água no rosto para despertar.

Ele havia ido em uma missão com Itadori depois de um acontecimento meio infeliz com o garoto, Satoru estava fora à trabalho e eu tinha o dia de folga.

Ou era isso o que pensei.

Escutei batidas na minha porta seguidas da voz do próprio Yaga.

–Tenho uma missão pra você, é urgente.

Sequei meu rosto rapidamente e fui até a entrada do quarto, lhe dei passagem para entrar e nos sentamos.

–Segundo os relatórios de Kento talvez estejamos lidando com mestres de maldições, sabe o que isso significa?

–Que meu alvo provavelmente está envolvido e próximo, para onde eles foram?

A conversa dali em diante foi objetiva, com toda a trajetória feita pelos dois feiticeiros. Assim que terminou de falar se retirou me desejando sorte e me apressei em me arrumar.

A assistente me deixou na porta de uma escola que tinha cortina baixada, não seria difícil para mim atravessar aquilo e logo o fiz.

Senti a presença de uma maldição de nível especial com toda a certeza, também senti a energia amaldiçoada de Nanami e Yuuji.

Assumi parte das minhas características vampirescas e corri até o local rapidamente na esperança de poder ajudá-los, se bem li se essa maldição te tocar já era.

Assim que meu campo de visão alcançou os feiticeiros, aquela maldição expandia seu domínio cercando Nanami e Yuuji começou a tentar entrar.

Porém, antes de ir ajudar senti um cheiro diferente e que conhecia bem.

Kenjaku esteve aqui.

Dei um salto para o topo de um dos prédios da escola e vasculhei todo o local, não encontrando aquele feiticeiro maligno.

Escutei novamente sons de luta e voltei minha atenção à eles que tentavam exorcizar a maldição que corria deles.

Antes que ele entrasse pelo esgoto gritei do topo de onde estava para pararem de mexer.

A diferença entre essa técnica e a de Inumaki é que por causa da minha regeneração não sofria danos permanentes.

Desci do prédio rapidamente e logo estava frente à frente com todos. –Ainda bem que Yaga me mandou, vocês dois podem se mover agora. - Yuuji quase perdeu o equilíbrio e Nanami baixou sua arma

Caminhei até ficar frente à frente com aquele espírito amaldiçoado, um sorriso sádico se abriu em meus lábios.

–Vocês maldições inferiores se acham tão importantes... - Segurei o rosto dele e permiti que ele falasse seu nome. –Mahito? Imaginei... Não seria a primeira vez que te encontro, mas vejo que não se lembra de mim.

Dei dois tapinhas em seu rosto e levantei minha face, olhando Nanami e Yuuji. –Podem ir, tenho algumas perguntas para fazer à ele e depois irei exorcizá-lo.

–Sinto em lhe informar disso, mas iremos ficar. Espero que compreenda minha decisão. - Seu olhar vacilou um pouco e franzi a sobrancelha.

–Nanami você está machucado. - Caminhei até ele e coloquei a mão sobre o ferimento com delicadeza, olhando suas expressões. –Me deixe cuidar disso, sim? Yuuji você também, irei cuidar de vocês dois.

Dejɑ vu - (Sɑtoru X Leitorɑ) Onde histórias criam vida. Descubra agora