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Cupid - Choi Beomgyu (TXT) 💜ESPECIAL 10K💜

Ao nascer, toda criança ganha uma marca invisível em seu pulso. A marca ligava a pessoa a sua "alma gêmea", seja ela do mesmo sexo ou não.
Por muito tempo, a marca era apenas uma lenda contada pelas pessoas, que conforme foram passando os séculos, foram modificando as versões. A minha favorita era o Aki Ito. Acreditar que um fio vermelho invisível era amarrado em seu mindinho e em sua alma gêmea era simplesmente loucura.

  - Porque está me contando isso, papai? - pergunto olhando para ele.

  - Porque deve saber de onde viemos querida - ele sorriu e voltou a atenção ao livro em sua mão.

O que o povo não sabia, era que apenas essa marca não era suficiente para juntar as almas e, cada vez mais, casais iam se perdendo e o amor diminuindo cada vez mais.

Com isso, Afrodite, deusa do amor, teve um filho, Eros era seu nome. O Deus foi encarregado de trazer de volta o amor ao mundo.
Eros criou um arco, capaz de localizar as almas, criou também dois tipos de flechas, uma era feita de ouro, para despertar o amor nas almas e assim tornar mais forte o poder da marca. Porém a segunda flecha, era de chumbo, infelizmente, haviam algumas pessoas que não tinham alma gêmea ou perderam, essa flecha, criava a indiferença nessas pessoas, para assim não sofrerem com um amor não correspondido.

  - Mas o que tudo isso tem a ver com nós? - pergunto confusa.

  - Eros fez seu trabalho, levando amor novamente ao mundo - papai fechou o livro levantou da cama, começando a ajeitar as cobertas sobre mim - Porém ele se sentia sozinho - sorriu - Ele encontrou uma mulher depois de anos solitário e acidentalmente se apaixonou por ela.

  - Mas, Eros podia se apaixonar?

  - Deixa eu te contar um segredo - diz baixo e se aproxima - Ele acertou uma flecha dourada nele sem querer - acabo rindo - Não deixe sua mãe saber disso - após dizer se afastou sorrindo.

  - Mas porque ela não pode saber?

  - Está na hora de dormir - mamãe entra no quarto deixando nós dois surpresos - Acabou a história? - vejo meu pai assentir.

  - Quando for maior, irá entender mais sobre tudo isso - papai diz. Vi que algo começou a brilhar em seu pulso em forma de arco - Tenho que ir, o trabalho chama - sorriu antes de se aproximar e deixar um beijo em minha cabeça e se aproximou de mamãe, dando um beijo em seu rosto - Boa noite meus amores.

  - Eros - mamãe chamou e meu pai olhou para ela - Não volte tarde - diz preocupada.

   - Esse é perto - novamente sorriu e saiu do quarto.

  - Mamãe, o papai é Eros? Como a história? - vejo ela sorrir.

  - Quando for maior vai entender - repete. Se aproximou me dando um beijo no rosto - Boa noite querida - apaga a luz saindo do quarto.

*15 anos depois*
Riley - 20 anos

  - Na mosca - sorri ao ver a terceira flecha acertando o centro do alvo.

  - É claro que iria acertar - Alana revira os olhos - Não tem graça competir com você - acabo rindo.

  - Você também é ótima - Vamos em direção ao alvo, recolher as flechas - Só não irá superar a filha do cupido.

  - Vai se ferrar - começo a rir ao ver ela mostrar o dedo do meio - Quero ver como vai ser você no lugar do seu pai - ouvimos o sinal do final da aula, voltamos para nossas coisas, começando a arrumar tudo - Vai fazer merda na primeira semana.

  - É tão boa a confiança que tem em mim - dessa vez ouço ela rir - Não tem como fazer merda, o arco indica quem deve ser atingido - olho para meu pulso, vendo a pequena marca de uma flecha ali.