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Fairytale II - Song Mingi (ATEEZ)

Me chamo Elizabeth e moro com meu pai em uma vila pequena no interior da França. Nos mudamos a pouco tempo e a adaptação com os vizinhos não está uma das melhores, já que meu pai é um cientista, e para nossa época, essa profissão ainda não é muito bem vista, então o acham louco.
A dois dias atrás, meu pai saiu para mais uma de suas viagens à capital para comprar materiais para seus estudos. Essas viagens levam cerca de cinco dias, mas no dia seguinte ele estava em casa, porém o que me deixou mais surpresa foi o estado que estava. Suas vestes rasgadas e percebi ter neve em alguns cantos, apesar de estarmos na primavera.

Ele disse que havia encontrado um castelo abandonado em uma floresta que era coberta por neve. Ele entrou para se proteger do frio e deixar o cavalo descansar, mas ao entrar, o castelo parecia estar habitado, pois estava limpo e muito bem arrumado, apesar de meu pai não encontrar ninguém. Passou a noite ali, na manhã foi presenteado com comida farta e alimento para o cavalo, porém quando foi embora viu uma rosa que gostaria de entregar a sua filha, ao pegá-la ouviu um rugido alto e tudo se apagar, logo se pode ouvir uma voz grossa em meio a escuridão.

- Fui paciente e deixei que ficasse e ainda tenta me roubar?

- Por favor senhor, sou apenas um cientista, não quis roubar nada - o homem diz sentindo um medo crescer em seu corpo - Só quis levar um presente a minha filha.

- Então volte se despeça de sua filha, pois ficará preso aqui por sua ousadia - o homem pensando em sua filha se desesperou - Se não voltar até o pôr do sol de amanhã, irei atrás de você e matarei você e sua filha.

Após dizer as luzes se acenderam novamente e meu pai saiu do castelo correndo até seu cavalo e voltou para casa, mas no meio do caminho acabou sendo atacado por lobos.

Quando finalmente chegou em casa me contou sua história. Eu percebia a situação do meu pai, já era de idade e estava adoecendo, não sobreviveria preso. Então peguei seu cavalo, enquanto ele dormia, e parti rumo a floresta, a procura do castelo.
Estava no final da tarde e precisava me apressar para encontrar logo o tal castelo, ao menos havia encontrado a floresta de neve. Felizmente, o cavalo parecia saber o caminho, logo chegamos e percebi que o sol estava quase se pondo por completo.

- Alguém em casa? - digo alto ao perceber a porta de entrada entreaberta, apenas entrei ao sentir o vento gelado em minhas roupas finas - Olá? - a porta de entrada fechou sozinha me assustando, mas agradecendo por sentir que ali dentro estava quentinho e agora não sentia mais o vento do lado de fora.

- Você cheira aquele homem - a voz grossa me assustou, olhei a minha volta, mas não vi ninguém perto - Ele foi covarde em não voltar e mandou a filha? - fico irritada com sua fala.

- Ele não sabe que estou aqui - digo - Meu pai é um bom homem, nunca faria mal a ninguém - começo - O que ele fez de errado para que pense que pode prendê-lo?

- Ele me roubou, mesmo sendo acolhido e alimentado em minha casa - algumas luzes começaram a se apagar ao meu redor e percebi uma certa sombra entre a pouca iluminação - Ele é um ladrão.

- Que direito você tem de dizer a alguém se ela pode ou não ser livre - digo no auge da irritação - Você não é Deus, não é ninguém importante, é apenas a porra de um homem que mora em um lugar abandonado - ouço seu rosnado e apenas senti meu corpo sendo empurrado na parede e ele tão próximo que pude perceber o quão pequena era perto de seu corpo.

- Você entra no meu castelo sem autorização e vem me dizer o que devo fazer - sinto sua mão prendendo meu corpo contra a parede, enquanto a outra segurou meus braços acima da minha cabeça - Não tem lugar de fala aqui querida - sua voz dessa vez saiu baixa próxima ao meu rosto.