07: Tempestades de outubro

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Tinha aquela visão de tempestade de outubro que se aproximava

Tinha aquela sensação de relâmpagos e trovões dentro de mim que não se acalmava

Minha visão de sonhos bobos eram os melhores

O mundo estava mudando mas o céu que eu vivia continuava o mesmo

A autora que escrevia não conseguia sair da máquina de escrever
Sempre tentando escrever versões melhores
Meu soverte preferido não parava de derreter
Tudo parecia um espetáculo visto por outros olhos

A tempestade de outubro ainda estava prevista para aquela tarde
E eu nada podia fazer para parar o carro em movimento
Tudo se movia em câmera lenta
E ao mesmo tempo era como acordar de um longo sonho

A tempestade vinha em minha direção eu teria que colocar os dados em movimento
Era ganhar ou perder
E eu tinha que abraçar o que me esperava
Era uma aposta de mãos vazias
Estava no papel de tinta barata acabada
Uma tempestade de outubro
Com aranhões de outras datas.

Poetisando Andrômeda Onde histórias criam vida. Descubra agora