09 : Eclipse da vida e da morte

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Eu procurava minha sorte
tentava entender se realmente existia recompensa pelo calcário do mundo

Eu era uma dança nupcial vestida de branco
Um eclipse da vida e da morte
Abandonada no altar de Deus

Minha existência se resumia em ser uma sonhadora que nunca parava de cantar para os céus

Era uma ressonância magnética ilusória me comendo viva por dentro

Minha esperança se destacava em ser uma dançarina simples da vida

Um Eclipse vestida no vermelho vivo
Sem saber se era a vida, ou se era a morte

Me fazendo rachaduras de uma borda quebrada da porcelana vitoriana

E às vezes era a feiúra que existia até por demais na estrada da morte e da vida

Cada respiração se estabelecia no comportamento cronometrado da serenidade em si

Eu sentia os terremotos da ansiedade em meu peito

Já estava tarde
Sonhei que corria para uma mente muito adormecida
Confortável recinto afetuoso de mim mesma
Com acordes de mim
Abandonada no altar de Deus

Minha essência ressoava
Meu corpo gritava
E em chamas eu queimava

Estava me tornando existência pura
Uma rara explosão solar
E por tanto, ainda estava adormecida
esperando
Até por um fio de tempo um dia ser presente

Seja com a vida ou com a morte , eu ainda não sei se o mundo tem esperança
Eu dançava minha celebração de conflitos e esperava quem ganharia o final da entoação
Uma celebração do eclipse
E uma dança da vida e da morte.

Poetisando Andrômeda Onde histórias criam vida. Descubra agora