A princesa da Coroa de Lata [Hiatus]

Princesa de Trépidas

Dois dias, fora o tempo que Lia sumira, não dera as caras no colégio por esse periodo de tempo, Scarlet estava quase agradecendo aos céus pelo sumiço da loira, já Michael queria sair para procurá-la por todos os cantos.
-Souberam que alguns rebeldes foram mortos ontem? - Felipe sentou-se à mesa do refeitório junto dos amigos e parecia animado para repassar as informações.
-Eu soube, parece que todos eram de Trépidas... - comentou Ashley mexendo em sua mochila - parece que outra estátua que estava sendo construída de João foi destruída e está aos pedaços - a vampira tirou de dentro da mochila o jornal que trouxera mostrando a imagem em que pedaços de mármore encontravam-se espalhados pela praça principal.
-Não gosto muito desse cara, se eu pudesse ajudaria os rebeldes com esse golpe - Alex pegou o jornal e leu a notícia bufando ao ler as palavras ali descritas - "rebeldes destroem propriedade pública denegrindo imagem de nosso querido príncipe regente", acho que poderia vomitar apenas com essa legenda.
-Não vejo nada de errado com o rei, acho que ele só tem sido firme em suas escolhas.
-Ele tem matado pessoas, Scarlet - Alex cruzou os braços bufando irritado com o comentário da ruiva.
-Qual é? Pessoas? São apenas mestiços.
-Você não tem escrúpulos? Não acredito que ouvi você falando isso.
Um silêncio se seguiu após isso e nenhum deles ousou quebrá-lo, talvez por medo de piorarem mais o estado em que se encontravam.
-Nossa, que silêncio nessa mesa, pensei que chegaria e seria recebida por gritos animados e assovios - todos deram um pulo de susto encontrando a loira sentando-se com eles.
-Lia, onde esteve? Fiquei preocupado com a minha garota - Mike foi o primeiro a se pronunciar beijando-lhe os lábios em um selinho demorado.
-Tive que resolver alguns problemas, nada de extraordinário, sabe como são os familiares - Lia se ajeitou na cadeira enquanto Michael passava-lhe o braço pelos ombros magros da loira.
-Lia, você viu isso? - Ashley entregou o jornal para a loira que observou a matéria fazendo uma careta ao terminar de ler.
-São idiotas baderneiros, estátuas podem ser construídas em uma semana, quem sabe menos - Lia bufou e revirou os olhos - morrendo por pedaços de mármore... Pensei que eles fossem mais inteligentes.
-E o que você faria no lugar deles?
-Se isso que eu falar acontecer mesmo posso virar a próxima vidente de Woodstock - Lia riu e olhou para todos da mesa abaixando o tronco levemente como se fosse lhes segredar algo muito confidencial - eu atacaria o palácio pelos fundos, onde tem uma pequena entrada encoberta por um arbusto que serve de fuga para a família real em caso de emergência e que não possui muitos vigias, antes de atacar usaria uma bomba com morfina e soníferos, máscaras seriam bem uteis e deveria ser um pequeno grupo para não chamar atenção.
-Sua ideia parece ótima, mas como sabe de tudo isso? - Felipe questionou com seus olhos verdes brilhando em curiosidade.
-Tenho meus contatos.
Todos encararam Lia que apenas deu de ombros ouvindo o sinal tocar, o que fez todos se levantarem e seguirem para a sala.
-Faz tanto tempo que não aprontamos nada - comentou Michael assim que estavam a poucos metros da sala - podíamos explodir uma bombinha de tinta no armário de alguém.
-Nossa, Mike, quantos anos você tem mesmo? 3? - Lia revirou os olhos com a infantilidade do namorado.
-Olha aqui, não tenho três anos - Michael parou de andar e fez uma cara de ofendido e logo prosseguiu - tenho três anos e meio.
-Nossa, como é maduro - Lia fez uma cara de espantada e explodiu em gargalhadas sendo seguida pelo resto do grupo.
Todos seguiram para a sala ainda rindo e foram para seus lugares, Alexander voltou para seu lugar antigo, perto de Lia e Michael e os três conversaram sobre assuntos banais enquanto a professora não aparecia para dar aula.
O dia parecia se arrastar, apesar do grupo de supostos baderneiros estarem se divertindo entre uma aula e outra tinha uma certa tensão no ar e tornava tudo monotonamente irritante e pesado, lento e duro.
Lia parecia concentrada em outras coisas enquanto todos saiam da sala para voltarem para suas casas, Alex esperava a loira do lado de fora da sala, mas Lia não parecia ter se tocado do fim das aulas.
-Lia, vamos, já tocou o sinal há cinco minutos - Alex chamou despertando a loira de seus pensamentos.
-Desculpe, não havia reparado - Lia se levantou pegando suas coisas e saindo da sala com Alex atrás de si - vai me seguir agora?
-Teoricamente sim - Alex deu de ombro e continuou a seguir a loira pelos corredores.
-Fico me perguntando o porquê de você ficar me seguindo para todos os lados depois que Larry apareceu.
-Por nada, só quero ajudar...
-Alex, não quero você machucado, entende? Você não nasceu para lutar, não tem habilidade nenhuma, apesar de ser um tengu, então pare.
Lia voltou a andar dessa vez apressando seus passos, mas Alex a acompanhou por todo o trajeto até a floresta, o que fez Lia balançar a cabeça negativamente e seguir pela trilha.
Chegaram à uma pequena cabana, no fim da trilha, um pouco distante do rio onde o grupo ficara preso quando tentaram segui-la pela primeira vez, Lia olhou ao redor sentindo a presença de alguém, todos os seus sentidos estavam em alerta.
O barulho de folhas secas sendo esmagadas chamou a atenção da loira que virou-se em direção ao som, encontrando os lobos de antes.
-Princesa - o alfa chamou abaixando o tronco e mostrando o pescoço em forma de submissão - trouxemos notícias dos rebeldes em Mileto.
-O que foi dessa vez? - Lia se aproximou da alcateia e e o alfa se ergueu.
-Eles pretendem atacar nesta semana, destruir o castelo de Trépidas - o lobo alfa falou enquanto rodeava a garota e seus olhos negros encaravam Alex - será um massacre, sem dúvidas.
-Quero o líder deles aqui, sozinhos eles não podem lutar contra a enfantaria e a cavalaria de Trépidas - Lia olhou para trás onde Alex observava tudo com curiosidade - irei treiná-los e partiremos para a guerra.
-Princesa, se você participar será o fim, não podemos arriscar sua vida...
-James, já viu algum d'Ark fugir e deixar seus homens morrerem sozinhos?
-Não, princesa.
-Ótimo, sabem o que fazer.
Os lobos assentiram e partiram, deixando Lia e Alex próximos a cabana vendo-os partir rapidamente.
Alex se aproximou da loira, ainda sentia-se confuso sobre esta, como se faltasse muitas partes do quebra-cabeça para juntar e formar algo coerente.
-Você quer participar dessa guerra, Alex? - Lia girou em seus calcanhares e ficou de frente para o moreno.
-Quero, nunca tive mais certeza de algo do que agora - Alex ajeitou a postura - claro, se a princesa me aceitar.
-Não precisa me chamar de princesa, não a sou há muito tempo - Lia revirou os olhos com o apelido - vamos, temos muito o que fazer.
A loira partiu sendo seguida de perto por Alex que maquinava milhares de perguntas em sua mente para fazer a loira, mas apenas uma escapou de seus lábios.
-Por que o Michael?
Lia parou de andar e virou-se para encará-lo.
-Porque ele me é util sendo filho de quem é - Lia bufou e voltou a andar - nesse mundo não escolhemos nossos parceiros por amor e sim por vantagem política, por força, dinheiro, poder, ambição, creio que entende isso, Alex, eu sei exatamente onde João está e para onde irá graças as informações na casa de Michael.
-Não acha isso horrível? Você o usar dessa forma...
-Não estou fazendo isso porque acho bonito ou não, estou fazendo isso para salvar o meu reino, os meus amigos, as pessoas que amo, e não me importo em ter que usar alguém para esse fim, mesmo que eu saiba que irá feri-lo.
Alex se manteve em silêncio e seguiu Lia por entre as arvores até chegarem a uma clareira afastada onde sete pequenos homens lutavam entre si empunhando espadas de aço e escudos enferrujados.
-Pegue uma espada - Lia apontou para algumas espadas apoiadas em uma arvore e pegou uma para si, sendo imitada por Alex.
A loira avançou com sua espada fazendo Alex recuar alguns passos e seguiram assim, entre golpes e mais golpes, o som agudo do ranger do aço ecoava por toda a clareira e logo mais e mais criaturas místicas surgiam para treinar.
Os lobos voltaram quando o Sol já começava a se por, junto deles caminhava um homem enorme, mais de três metros de altura, os olhos vermelho carmesim e os caninos afiados e compridos que escapavam-lhe pela boca chegando proximo ao queixo quadrado.
-Mark Spigleman, ao seu dispor, princesa - apresentou-se o homem tomando toda a atenção da loira.
-Creio que precisarei de sua ajuda e de seus homens, se for possível - o gigante concordou e Lia prosseguiu - então faremos o seguinte...
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Gente, em primeiro lugar gostaria de pedir imensas desculpas, de verdade, eu acabei ficando sem criatividade alguma para escrever, não foi por falta de tempo.
E o numero de visualizaçoes, comentarios e notas tem caido bastante e isso me deixa um pouco triste e sem muita vontade de continuar, pq acho q nao estao gostando tanto assim.
Enfim, é isso, vou tentar postar mais capitulos a partir de agora.