Depois de sair de Hogwarts, todos pensaram que Severus Snape fosse se juntar aos Comensais da Morte. Eles não poderiam estar mais errados. Pois assim que se completou o 5º ano em Hogwarts, Severus foi embora de Londres com o pouco que tinha consegui...
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Severin acordou era de madrugada, ela se sentia entorpercida, não havia mais dor em seu corpo, só um grande vazio em seu peito, era quase como se algo faltasse, mas ela não queria saber o que era. Atordoada, ela se levantou de onde quer que estivesse e saiu, ela só precisava de ar.
Ela começou a andar pelas ruas até que se viu em uma Avenida, estava movimentada e cheia de carros, tinha muitas pessoas por lá e o barulho pareceu trazê-la de volta a realidade por um breve instante.
Ao ver o sinal verde para os pedestres, Severin decidiu atravessar apenas para se assustar com a buzina de uma moto, ela foi puxada para trás de repente e isso a trouxe completamente de volta, ao olhar para cima para ver quem a tinha puxado, ela ficou surpresa ao encontrar olhos cinzentos a fitando com intensidade, por um breve e curto momento, ela jurou que era Klaus, que ele tinha vindo atrás dela dizendo que era tudo um mal entendido.
Que era apenas uma brincadeira de mal gosto, que ele queria se desculpar com ela por fazê-la pensar que ele tinha escolhido Caroline ao invés de dela, de novo, mas não era, seus olhos captaram uma pele pálida bronzeada do sol e cabelos negros como as penas de um corvo, era muito familiar.
— Você está bem? — A pessoa perguntou e Severin franziu o cenho.
— Eu te conheço? — Perguntou confusa.
— Hm, não sei, você me parece familiar. — O garoto, notou ao olhar melhor, respondeu o olhando com o cenho franzido também.
— Black? — Perguntou ao conseguir voltar a si completamente, olhando em volta, ela então percebeu que estava nas ruas de Londres e era noite, tudo voltou para ela em uma questão de segundos, a fazendo se desvencilhar do garoto e se encostar em um poste respirando fundo.
— Espera, você me conhece? — Sirius Black perguntou, era ele a pessoa quem tinha a salvado.
— Você não me reconhece? — Perguntou de volta em dúvida, ela não havia mudado muito apesar dos cabelos e dos olhos, e claro, o nariz torto que acabou curando depois de se transformar pela primeira vez.
— Espera, espera, espera. — Black falou e se curvou para frente para olhar melhor em seu rosto, seus olhos arregalados foram estranhamente cômicos. — Snape? — Ele perguntou incrédulo. — Severus Snape? — Questionou quase horrorizado.
— É Severin agora, Black, e é Vincent, não mais Snape. — Respondeu respirando fundo e se corrigindo, assim também fazendo Sirius corrigir a postura também.
— O que? Foi renegado ou algo assim? — Sirius tentou fazer graça. Ele parecia muito desconcertado.
— Na verdade, eu fui. — Severin respondeu encolhendo os ombros e encontrou seus olhos, Sirius desviou o olhar envergonhado.
— Oh, eu.. Eu sinto muito. — Sirius respondeu e Severin apenas deu de ombros.
— Já foi. — Respondeu e começou a andar, Sirius praticamente correu para alcançá-la.
— Espera, por onde você esteve esse tempo todo? Tipo, você vai para Hogwarts esse ano? — Sirius perguntou tentando puxar assunto e Severin franziu o cenho.
— Eu estive fora. — Respondeu dando de ombros e desviando o olhar. — E não, eu já me formei, estou indo fazer faculdade agora.
— Faculdade? O que é isso? — Perguntou curioso.
— É uma escola superior para os trouxas, eles tem o jardim de infância, primário, então ensino fundamental, ensino médio e ensino superior, que é a faculdade. — Explicou enfiando as mãos nos bolsos de seu casaco.
— Eles ficam tanto tempo assim na escola? — Perguntou quase horrorizado e Severin sentiu seus lábios querendo se partir em um sorriso, porém, ela se controlou bem.
— Sim, dependendo do curso na faculdade, pode levar de 04 há 05 anos só estudando. — Severin respondeu honestamente e Sirius estremeceu com o pensamento.
— Céus, eu não vejo a hora de acabar em Hogwarts, então começar o treinamento Auror que dura só alguns meses por causa do treinamento de verão que eles fornecem e então, começar a trabalhar pra ter minha vida. — Sirius respondeu e Severin assentiu em compreensão. — Onde você esteve? — Ele perguntou de novo.
— Estados Unidos. — Respondeu indo com a verdade e viu ele assentir a olhando com curiosidade. — Anda logo, cuspa a maldita pergunta.
— Como? — Perguntou a deixando confusa.
— Como o que?
— Como você ficou assim? Quero dizer, pelo que eu saiba, você era um garoto, você era um garoto até onde eu sei, eu não quero ser rude, mas já sendo, que diabos? — Sirius perguntou e Severin franziu o cenho.
— Hm... Eu.. Eu tomei uma poção depois que fui embora. — Respondeu. — Eu me sinto bem assim, me sinto livre, como se fosse para ser, entende? — Acrescentou dando de ombros.
— Não, não estou falando sobre isso, é bom que você se sinta assim, mas não queria soar desse jeito, eu me atrapalhei. — Sirius falou sem graça. — Eu estou me referindo a sua aparência agora, tipo, olhos verdes, seus cabelos castanhos e pele bronzeada, você não era assim antes. — Se explicou.
— Oh, isso. — Severin riu e Sirius coçou a nuca. — Eu fui realmente renegada, vocês estavam certos afinal? Minha mãe não me queria.
— O que? — Sirius perguntou confuso, e então pareceu se lembrar. — Oh, desculpe.
— Tudo bem, vocês estavam certos, já me conformei com isso. — Severin respondeu e então Klaus brilhou em sua mente. — Na verdade certos sobre tudo.
— Não, não estávamos certos. — Sirius negou e balançou a cabeça. — Só sobre sua língua afiada, você ser uma sabe tudo e ser incrivelmente rude quando merecíamos. — Sirius apontou e Severin o olhou cética.
— Oh, por favor, Black. — Severin riu sem humor. — Eu já aprendi minha lição, você não precisa tentar ser gentil comigo..
— Não, não, não estou tentando ser gentil, não confunda as coisas, Vincent, só estou falando a verdade, você ainda continua a mesma cobrinha chata de sempre. — Sirius apontou a interrompendo e Severin acabou rindo disso.
— O que? Seu odio por mim desapareceu por eu ser uma garota, Black? — Severin o provocou e Sirius negou rapidamente.
— Não, meu ódio continua intacto, mas vou ser civilizado pois estou de bom humor. — Sirius respondeu a fazendo rir mais, porém, Severin sentiu seus olhos arderem com suas lágrimas e desviou o olhar. — Ei, o que foi? Você nunca chorou antes, por que está fazendo isso agora? — Perguntou preocupado com ela.
— Não é nada, me desculpe. — Severin respondeu secando os olhos envergonhada pelo comentário.
— Não pode não ser nada, Vincent, eu nunca vi você chorar, nunca, você é a pessoa mais forte que eu conheço, então estou falando com propriedade. — Sirius disse suavemente a fazendo parar de andar e Severin, para sua própria surpresa, não conseguiu se conter devido às suas palavras e o abraçou.
— Acho que estou louca. — Severin murmurou chateada e olhou para cima quando Sirius a abraçou de volta.
— Por que? — Perguntou preocupado.
— Eu estou com dor no meu coração e estou te abraçando de todas as pessoas. — Respondeu rindo chorosa e Sirius acabou rindo com ela.
— Você pode ser louca por um momento, eu prometo não contar para ninguém. — Jurou e Severin sentiu mais lágrimas queimarem em seus olhos e escondeu o rosto contra o peito dele, se deixando chorar por tudo o que estava sentindo enquanto Sirius Black a consolava, ela nunca sequer poderia pensar que de todas as pessoas que ela poderia imaginar, seria o cara que tentou matá-la a fazer isso.