Ⅶ.

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G.


Eu senti sua respiração em meu rosto.

Ele ia se aproxima? Será que íamos nos beijar?

Antes que qualquer coisa acontecesse, eu ouvi som de notificação no celular dele, que estava em cima da bancada da cozinha.

Nós afastamos rapidamente, e eu peguei seu celular.


"Ei, vamo se ver hj"

Era a mensagem, que uma tal Mirella, mandou.


Fiquei me choque. Como assim? Era uma menina, ele tinha namorada? Mas ele ia me beijar...Eu achava que fosse...

Eu fui idiota, misturei sentimentos burros, ele estava somente brincando comigo.


"Me ensina, por favor
Como é que faz pra te esquecer"


Eu entreguei o aparelho e ele olhou a mensagem.


- "Ah, é sua namorada?" - Perguntei, talvez tenha saído mais baixo do que gostaria. Que merda 'tá acontecendo?

- "O quê? Não! Ela é só minha amiga." - Respondeu, parecia nervoso.


Como eu deixei isso acontecer? Ele precisa ir embora.


"Me ensina, por favor
Como é que faz pra te esquecer"


 A música chegou ao fim.

Eu não quero ele aqui, não quero vê-lo.


- "Eu acho que deu minha hora..."- Avisou, começando a sair da cozinha. Ele ia encontrar ela. Por que mentir?

- "Ah, tudo bem." - Respondi.

- "Valeu pela ajuda. A gente se vê na escola." - Parecia querer sair o mais rápido possível. Não sei nem porque estou triste, nós não temos nada.

- "S-Sim...A gente se vê sexta de novo?"- Perguntei.

- "É, talvez, acho que sim." - Ficou parado para o lado de fora. - "Tchau, Gui."- Falou, mexendo no celular, provavelmente falando com ela.

- "Tchau." - Fechei a porta. Eu estava segurando o choro, precisava fechar a porta o mais rápido possível.


Como deixei isso acontecer, de novo?! 

Me deixei levar pela droga de sentimentos! 

Por que ele mentiu falando que ela era somente uma amiga?!


Subi correndo para o meu quarto, fechando a porta com força, fazendo-a soltar um grande barulho pelo impacto.

Me joguei na cama e deixei algumas lágrimas rolarem.

Isso não podia estar acontecendo, não de novo.


- "Gui, cheguei!" - Ouvi a voz de Gabi no corredor. Achei que ela fosse passar reto, mas ela abriu a porta do meu quarto e me viu deitado encolhido, enquanto fungava. - "O que aconteceu?!" - Veio correndo na minha direção e sentou na cama.

Amores Opostos (PAUSADA)Onde histórias criam vida. Descubra agora