| A Megera |

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A expressão de Addison foi sombria, toda a serenidade e segurança que ela tinha foi perdida diante daquela notícia.

Meredith notou a cara de espanto de George e a expressão de pavor de Addison.

- Desculpa me intrometer mas... quem é essa tal de megera? – perguntou Meredith

- É alguém que eu não suporto... – disse Addison sem mudar a expressão.

- Quem? Alguma parente? – perguntou Meredith tomando a expressão de pavor para si.

- Alguém que só serviu para me magoar... – disse Addison.

- A mãe dela... – disse George.

- Sua mãe? – perguntou Meredith.

- O demônio encarnado. – disse George.

- Minha mãe, mas queria que não fosse... – disse Addison.

- Mando ela entrar? – perguntou George.

- E adianta eu dizer que não? – perguntou Addison.

- Eu vou deixá-las à sós. – disse Meredith.

Meredith foi em direção ao seu posto de trabalho e deu de cara com a megera que a olhou com desdém. Sentiu um arrepio e uma energia muito ruim naquela mulher, precisou somente vê-la para entender as expressões nos rostos de Addison e George.

- Quem é você? Não lembro de tê-la visto por aqui. – disse Beatrice Montgomery.

- Desculpe, sou Meredith Grey, diretora de arte da house agency da empresa. – disse Meredith deixando as duas mãos para trás, pois não queria tocar naquela mulher e absorver tanta carga ruim.

George saiu de fininho sem que fosse visto pela mulher, desistindo de falar com ela.

- Cadê a minha filha? Creio que já fui anunciada, por que não veio me receber? – perguntou Beatrice.

- Eu não sei, senhora... – disse Meredith.

- Ela está no escritório. – disse Izzie acompanhando-a.

- Obrigada, Isobel – disse Beatrice.

- Addison, a senhora Montgomery está aqui. – disse Izzie abrindo a porta do escritório.

Addison nem sequer levantou o olhar, continuou com o seu trabalho.

- Obrigada, pode se retirar. – disse Addison ainda com o olhar fixo em seu projeto.

Beatrice caminhou em direção a Regina e ficou encarando-a.

- Não vai se sentar? – perguntou Addison ainda sem olhar nos olhos da mãe.

- É assim que você recebe a sua mãe? – perguntou Beatrice, com o semblante sério e a voz firme.

- Você queria o quê? Festa? Fogos de artifício? Nem ao menos avisou que viria. – disse Addison sendo irônica.

- Aprendeu a me responder? Não foi assim que eu a eduquei! – disse Beatrice.

- Educação ou ditadura? – perguntou Addison agora olhando para Beatrice, mas sem levantar-se.

- Você é muito má agradecida! Não me vê por um ano, nem ao menos se dá ao trabalho de olhar na minha cara quando entro? Não acha suficiente tudo que fiz por você? – perguntou Beatrice.

- Tudo o quê? Tudo de ruim? Tudo que me fez passar? – perguntou Addison.

- COMO OUSA A FALAR ASSIM COMIGO? EU SOU A SUA MÃE! – gritou Beatrice.

Doce Tentação | Meddison VersionOnde histórias criam vida. Descubra agora