KARLENA - Royal Bodyguard

Capítulo 5

Algumas semanas se passaram e Kara começou a se acostumar com a agenda de Lena. Elas se acomodaram na dança de cliente e guarda-costas. A guarda-costas trabalhando para aprender cada movimento de seu cliente, cada passo, cada decisão. Kara trabalhando para saber exatamente o que a princesa queria e precisava antes que ela mesma soubesse. Aprendendo o que assustava a princesa, o quão presente ela queria sua proteção em diferentes situações. Ainda procurando constantemente por perigo. A única maneira de realmente proteger alguém é conhecê-lo e conhecer sua vida melhor do que você conhece a sua. Kara se viu deslizando facilmente para o papel da sombra de Lena. Era o trabalho mais natural em que ela já se encontrara. Ela estava sempre alerta e consciente, mas se misturava facilmente ao segundo plano. Lena parecia feliz com ela. Lena começou a ficar à vontade e confortável perto dela. Lena começou a olhar para ela em busca de segurança quando estavam fora. Kara notou uma vulnerabilidade em Lena que ela nunca teria imaginado que existia.

Havia passeios onde elas visitavam cidades e andavam por aí encontrando membros do público, Lena cada centímetro a princesa deslumbrante que todos queriam que ela fosse.

Houve eventos de caridade em que o rosto e a presença de Lena ajudariam imensamente a instituição de caridade. Kara observou do lado de fora enquanto as pessoas pegavam e tiravam de Lena. Todos queriam um pedaço dela, seu tempo, suas palavras, seu toque. Quanto ela tinha para dar? Por quanto tempo ela seria capaz de continuar dando?

Quando terminavam o dia e voltavam para uma ou outra das residências de Lena, Kara sempre caminhava de costas para sua suíte de quartos - quarto e banheiro de Kara imediatamente ao lado da princesa. Lena pareceria cansada então. A beleza de seu rosto carregava o grande fardo de seu papel tarde da noite em seus aposentos privados. Ela chutava os calcanhares, sentava-se em silêncio e suspirava. Às vezes ela pedia uma bebida ou um lanche. Normalmente, um whisky escocês que seria trazido rapidamente para seu quarto, um garçom nervoso e tímido atrás do carrinho.

Lena sempre parecia estar sozinha à noite e tarde da noite. Quieta, contemplativa e sozinha. Kara foi para seu próprio quarto sozinha. Ela se via cada vez mais distante de sua própria vida e cada vez mais absorta na da princesa. Ela ignorou as mensagens de Sophie. Sophie parecia tão insignificante de repente. A beleza de Sophie, que sempre a surpreendeu, empalideceu em sua mente. Ela sentou-se em silêncio, assistiu à um streaming qualquer e leu alguns livros.

Ela não conseguia parar de pensar no que Lena poderia estar fazendo atrás da parede que os separava. Lena dormindo, seu rosto tranquilo em repouso. Ou, então Lena se despindo, sua pele pálida sob a luz quente de sua lâmpada de cabeceira. Lena. Lena. Lena.

Não consigo parar de pensar em você.

Seis semanas depois de começar a trabalhar com Lena, Kara estava acomodada na rotina. Ela participou do briefing matinal às 7h todos os dias com a equipe de segurança. Meia hora todas as manhãs com o ego inflado e a cabeça grande e brilhante do inspetor-chefe Evan era um mal necessário do trabalho. Ele pode ter um posto mais alto do que ela, mas ela podia ver que constantemente o irritava por não estar em uma posição de mais alto perfil. Ele nunca admitiria, mas estava claro para Kara que ele teria dado qualquer coisa para andar ao lado de Lena ou de seu pai em público. Ele era o homem de fundo para os homens de fundo. Ele estava preso à organização e pesquisa, classificação de horários, briefings, planejamento de festas avançadas de segurança para os locais que Lena visitaria.

O briefing foi seguido como o prometido 1:1 diário com um oficial experiente. Nesse dia em particular, eles enfrentaram combate desarmado. A memória muscular de Kara agindo rápido. Suas reações passando nos testes que lhe deram. Seu alívio palpável. Ela estava fazendo isso. Ela estava fazendo o trabalho e fazendo-o bem. Ela estava protegendo a futura Rainha do Reino Unido. Até agora, ela não teve nenhuma merda. Até agora, os oficiais que faziam o 1:1 com ela estavam discretamente impressionados.