KARLENA - Royal Bodyguard

Capítulo 7

Na manhã seguinte, tudo estava quieto enquanto Kara comparecia ao briefing de segurança das 7h, seu treinamento pessoal e a academia. Ninguém tinha ideia do que havia acontecido na noite anterior, e ela não iria contar a eles. Ela voltou para a suíte de Lena para encontrar uma colmeia de atividade. Todas as meninas preparando Lena para seu dia de compromissos públicos. Tudo estava indo como de costume. Lena estava perturbadoramente normal e não havia sinal da garota vulnerável da noite anterior.

"Bom dia Kara." A adorável voz de Lena estava tão normal e calorosa como sempre, enquanto ela se sentava pacientemente enquanto Alicia trabalhava com cabelo e maquiagem para ela, seu rosto profundamente concentrado.

"Bom dia senhora," Kara estava de volta ao tom profissional. De volta ao trabalho. Esquecendo o que ela tinha visto na noite passada, o deslumbrante corpo nu da princesa ainda gravado em sua mente.

"Bom dia, Kara," disse Jess, ocupada ao redor de todos. "Esteja pronta para a partida às 11h, você tem o horário, sim?"

"Sim, entendi, obrigada Jess. Estarei pronta."

E foi isso. De volta a outro dia como guarda-costas da princesa. Como se nada tivesse acontecido. Lena estava preocupada com a facilidade com que ela assumiu sua personalidade pública. Ela era tão talentosa em ser a princesa que todos queriam ver. Kara notou que ela usava um suéter leve de caxemira com mangas muito compridas que passavam às mãos. Ela se perguntou se Lena havia mencionado seus hematomas para Natalie e, em caso afirmativo, como ela os havia explicado. Parecia que a verdade era demais. Demais para Lena, demais para um Princesa. Demais para seu adorado público. Contar a uma pessoa significaria que essa pessoa contaria a uma ou duas outras e essas pessoas o mesmo. As pessoas não resistem em compartilhar histórias da realeza, rumores de celebridades, pepitas de informações pessoais sobre aqueles que são como nós, mas diferentes. Aqueles que nascem para coisas mais elevadas. Os jornalistas esperam como abutres. Eles amam Lena, e a oportunidade de publicar Lena como a 'quase vítima de estupro' com o perpetrador, seu 'namorado', Lord Aaron, seria o cadáver mais carnudo para eles se banquetearem. Lena era ferozmente reservada e claramente não queria essa história nos jornais. Seu relacionamento com Lord Aaron tinha sido guardado de perto, embora Kara tenha ficado chocada ao saber que eles nunca fizeram sexo. Ela não tinha certeza de como isso funcionava para a realeza, mas com certeza eles podiam fazer sexo antes do casamento? Certamente eles não precisavam preservar a virgindade, esperando apenas fazer sexo para a procriação de futuros herdeiros?

Kara se perguntou por um momento por que Lena havia confiado nela. Porque ela tinha. Não houve nenhum 'Por favor, não conte a ninguém' desesperado. esta manhã. Havia apenas normalidade e seguir em frente. Lidar com as coisas talvez da única maneira que Lena sabia. Ao longo das semanas que Kara passou no palácio, ficou dolorosamente claro que não havia ninguém de quem Lena fosse realmente próxima. Era óbvio observando sua vida, como ela realmente era cautelosa.

Eles saíram mais tarde naquela manhã para um almoço beneficente para uma das instituições de caridade para crianças que Lena apoiava. Ela parecia pensativa e distante na parte de trás do Range Rover preto enquanto dirigiam. Seu motorista estava alegre e ela disse um feliz 'Bom dia' para ele e perguntou sobre seus filhos, então ela voltou ao mudo. Kara lembrou-se bem das regras hoje e não criou conversa. Foi uma longa viagem em silêncio.

O Range Rover parou no hotel Berkeley. Kara saltou, já havia paparazzi lá e depois de uma rápida varredura e o aceno da segurança que já estava lá, ela abriu a porta para Lena. A princesa saiu, graciosa como sempre, andando de salto alto como se nunca tivesse usado outra coisa. Ela sorriu, mais brilhante que o sol e posou para fotos, adorável, genial, tudo o que as pessoas queriam ver.

Kara a escoltou pelo enorme hall de entrada, belo piso de mármore e colunas ao redor deles, elas caminharam direto para o salão de baile onde o evento estava sendo realizado. O eu público de Lena estava brilhando, sua paciência infinita enquanto ela apertava a mão de uma pessoa após a outra, perguntando sobre suas vidas, concentrando-se nelas por alguns minutos, fixando-as com seus olhos intensos, fazendo-as se sentirem como a única pessoa no mundo.

Kara gostava de vê-la trabalhar em eventos como este. A princesa era realmente talentosa. Ou talvez tenha aperfeiçoado esse ofício apenas por meio de uma vida inteira de prática. Quanto disso era a verdadeira ela? Kara se perguntou se Lena ainda sabia o que era real.

O almoço passou, a princesa falou na frente de todos, cada palavra cativante. Depois do almoço, seu pessoal ainda queria mais dela. Um pouco mais. Um toque da realeza. Uma foto com ela, talvez. Ou outra conversa. Eles queriam tocar a mão dela. Eles queriam qualquer coisa que pudessem obter dela.

O dia passou sem incidentes e Lena foi para a cama no início da noite e dispensou o pessoal.

Kara desejou poder ir até Lena. Cuidar dela, amá-la. Mas não era uma opção. Ela não podia simplesmente dar uma volta e ver como Lena estava. Era como se a intimidade da noite anterior tivesse sido silenciosamente apagada quando adormeceram.

Kara estava deitada em sua cama inquieta e seu telefone tocou, era sua mãe. Ela brincou com a ideia de ignorá-la novamente, mas decidiu contra isso. Ela deslizou para aceitar a chamada.

"Kara! Onde você esteve? Tenho estado doente de preocupação! Eu não ouvi falar de você por semanas! Eu liguei para você tantas vezes. Eu até mandei uma mensagem para você!"

"Mãe, eu te disse, estou trabalhando para a princesa. Está cheio. Não posso simplesmente atender meu telefone sempre que eu quiser. Este é um trabalho muito importante, você sabe."

"Oh sim querida, claro. Eu disse a todos os meus amigos sobre isso. Você viu aquela foto sua com ela no Daily Mail outro dia? Fraco e ao fundo, você está, mas definitivamente é você. Seria melhor se você pudesse ficar ao lado dela na próxima vez que vir as câmeras, então você pode entrar na foto."

Kara suspirou.

"Então, como ela realmente é? Essa princesa Lena? Ela sempre parece tão maravilhosa. Nosso país tem muita sorte de ter alguém como ela liderando o caminho", perguntou sua mãe.

"Oh, erm, sim. Ela é adorável. Maravilhosa. Muito gentil com todos que ela conhece." Kara respondeu.

"Oh, isso é brilhante, querida. Mal posso esperar para contar ao seu pai."

A mãe de Kara se lançou para contar a Kara tudo o que havia acontecido com sua própria vida recentemente sem Kara perguntar. Kara deixou o telefone na cama enquanto ia escovar os dentes e quando o pegou de volta, sua mãe ainda estava falando.

O telefonema durou uma hora. Kara conseguiu tolerar isso, puramente como uma distração de pensar em Lena, de querer tão desesperadamente ir até ela e ver se ela estava bem. Ela não podia fazer isso.

Kara se viu distanciando-se cada vez mais de sua própria vida e imergindo-se em seu papel de sombra de Lena. Não havia muito a perder com sua própria vida. Ela se sentia melhor com menos contato com sua família. Sophie mandava mensagens de texto às vezes e Kara simplesmente não respondia. Ela não tinha mais interesse. Nenhum mesmo.

Lena era sua vida agora.