sinceridade;

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A risada dela é tão linda, fico ouvindo que nem bobo com um sorriso no rosto toda vez que esse som ecoa da boca de Hinata. Agora esse é um desses momentos em que estou falando besteiras, e mesmo assim ela ri como se fosse a piada mais engraçada do mundo.

Adoro ser o motivo da sua risada, porque eu me sinto bem a vendo feliz. Quero ser esse motivo por muitos anos ainda, quero estar do lado dela em seus piores e melhores momentos. Quero gritar a plenos pulmões o quanto sou apaixonado do topo de sua cabeça até a ponta dos pés.

Por isso fui audacioso o suficiente para aparecer em sua casa naquela manhã, ter uma conversa franca com sua família e expor o meu plano. Confidenciei a Hiashi que irei cuidar da filha dele pelo tempo que o universo pudesse me proporcionar ainda. Depois da conversa com Sasuke fiquei os dias seguintes a observando, notando seus gestos e atitudes com relação a algumas palavras que eu soltava, as indiretas jogadas no ar.

Classicamente suas bochechas se avermelham, seus dedos mexem de maneira nervosa e sua respiração fica densa. Depois daquele quase nosso beijo no sofá da minha casa, não restaram mais dúvidas de que ela sente o mesmo por mim, e eu não poderia estar mais feliz e radiante.

Propus irmos ao nosso lugar favorito, o Ichiraku. Antes, apenas um simples restaurante que atrevo dizer, vende o melhor ramen da cidade, senão do país. Agora, o dono do lugar, senhor Teuchi, expandiu seu negócio e existem no estabelecimento algumas áreas para se aventurar. Espaço de brinquedos para crianças, uma mini biblioteca para leitores assíduos, fliperama para brincadeiras de adolescentes. Um ambiente muito especial e eu ouso dizer, absolutamente propício para articular o plano que vem martelando na minha cabeça durante toda a a última semana.

Estamos aqui há pelo menos três horas. Comemos, jogamos e agora nos encontramos sentados em um sofá, com minha cabeça repousada em seu colo, meu corpo deitado. Suas mãos delicadas acariciam meus cabelos, e gosto demais dessa sensação, aquela calmaria de estar na presença de quem se gosta.

Posso afirmar que apenas a companhia de Hinata já causa grandes mudanças em meu humor, esses momentos que passamos juntos são eficazes, resultam num estado de paz ao qual não quero nem irei abrir mão.

Eu quero Hinata pra mim. Como amiga, como mulher, como companheira. Todos os adjetivos existentes.

— Não acredito que disse isso – sua voz me tira do leve estado de torpor ao qual me encontrei segundos atrás.

— Claro que eu disse, senão em daqui dois dias eu ia ter que lidar com uma Kushina 2.0 em casa, aí sim meus cabelos brancos iriam começar a aparecer – pontuei, causando mais risos nela.

Acontece que minha prima Karin estava de coração partido e queria vir passar um tempo na nossa casa porque o bendito do cara mora perto dela. Mas mesmo que eu ame minha prima, nós damos muito choque quando estamos no mesmo ambiente, ou seja, não iria dar certo.

Por isso mandei ela largar mão de ser trouxa e parar de dar bola pro babaca, pra se mostrar forte. Afinal, somos os Uzumaki, nada nos abala.

Exceto se Hinata recusar o meu pedido, aí sim vou entrar na barca da minha prima.

— Aí Naru, tadinha, ela só quer companhia depois de um momento trágico – saiu em defesa dela.

— E eu quero minha paz, se essa peste resolve vir pra cá, adeus férias adoráveis antes da faculdade – sei que estou sendo dramático, e essa é a intenção.

— Você é péssimo, sabia? – cutucou minha bochecha com o dedo – Seria divertido ter ela aqui com a gente, eu e a meninas sentimos saudade dela.

— Não se preocupe, Hime. Neste ano, meus parentes vão vir pra casa no natal, vão poder fofocar a vontade daqui um mês – aperto seu nariz, causando uma careta nela.

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