(Guxta's mind)
Acordei e dei de cara com uma das melhores pessoas que eu já conheci a uns anos atrás, deitado no chão em cima uma amontoado de cobertas e lençóis.
São 11:00 da manhã e eu acordo totalmente descabelado em uma casa totalmente desconhecida. Até que me dou conta que estava em boas mãos.
Cxnll saiu de sua própria festa para cuidar de um bebado louco qualquer, vulgo eu.
Acho que exagerei um pouquinho ontem, mas pelo menos pude esquecer por um instante alguns problemas que me atordoavam.
Vou levantando da cama com o maior cuidado do mundo para não acordar cxnll que estava deitado naquele chão.
Passo entre o vão estreito da cama e o guarda-roupa, em passos leves vou até o banheiro esvaziar minha bexiga que estava lotada.
Meu estômago e cabeça doíam. Depois de ter dado aquela mijada abro o armarinho do banheiro de cxnll e acho alguns remédios para dores.
- Tá tudo bem? - Cxnll me pergunta aparecendo de repente, encostado na porta do banheiro, me dando um puta susto.
- Não queria te assustar - Ri - só vi você levantando fiquei com medo de você passar mal- De boa, só vim mijar e tomar alguns remédios para dores - digo
- Obrigado por ter largado sua própria festa e me trazido para cá viu. Acho que preciso ir- posso pedir um Uber pra você se quiser - Diz pegando seu telefone e abrindo o app.
- Precisa não cara, vou a pé mesmo. Espairecer - Saio do banheiro e pego meu ténis que estava no tapete da entrada da casa de cxnll.
- Vou indo viu - Pego todas as minhas coisas que estavam em cima da mesa.Desço as escadas do prédio de cxnll pós ter dado um tchau para ele.
- Tem certeza que vai a pé nesse solão? - diz gritando da janela e olhando para mim que já estava na rua
- Sim sim, não se preocupa.
- E obrigado por ter cuidado de mim! - digo me distanciando e gritando para ele.Optei por andar até minha casa como uma forma de preparo mental. Já sabia que quando chegasse ia ter que escutar um milhão de baboseiras.
Entendo que eu sumi, e provavelmente minha mãe tomou um puta susto ao abrir a porta do meu quarto para me acordar como de costume em todas as manhãs, e se deparar com travesseiros cobertos simulando meu corpo deitado.
Mas o pior não é minha mãe, e sim meu pai que me bate atoa e sai gritando com aquela voz de endemoniado atrás de mim. Ele pensa que eu não sei que trai minha mãe com uma senhora da igreja.