Aquele da sua filha.

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2014

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2014.
Califórnia, LA.

×× Sam Carpenter ××

Era uma manhã fria de terça-feira, as folhas amareladas e secas estavam caídas pelo chão enquanto a brisa gelada e a breve neblina se faziam presentes no ar do lado de fora do meu Jeep. Um modelo de carro não muito atual, mas de quatro portas e movido a óleo diesel, na cor branca. Eu dirigia diante daquelas ruas largas e extensas, atrás das montanhas, um lugar remoto om muitas arvores altas e cheias. Honestamente, eu não tenho ideia de onde estou indo. Tudo o que eu precisei fazer foi acessar alguns sites perigosos e jogar seu nome lá.

Billy... Loomis.

Billy Loomis.

Seu nome de celebridade.

Achar sua casa foi o mais fácil. Difícil seria explicar-lhe tudo aquilo.

Explicar que eu tinha dezoito anos, uma família desmoronando e precisava de respostas. Não sabia como reagiria, bem, qualquer um que uma garota simplesmente bater na porta de asa numa manhã de outono jamais abriria a porta. Ao menos que fosse outra garota que atendesse. Ou um pervertido. Mas pelo o que leu nos fóruns da internet, William Loomis era um ator e cineasta famoso pela franquia de terror STAB. Nunca assistira aqueles filmes, não era muito chegada a terror slasher, preferia filmes de romance como sua mãe, Christina. O Diabo em pessoa.

Não a odiava, mas era evidente que seu relacionamento com ela não era um dos melhores. Discutíamos com certa frequência, mesmo depois de tantos anos, Christina ainda pareia ser aquela garota ardilosa e persuasiva, ela só não esperava que Samantha, sua filha mais velha, pudesse ser ainda pior. Talvez pelos genes inegáveis de serial killer que herdara de Billy Loomis, seu pai legítimo.

Durante dezoito anos, escondera aquela mentira do próprio marido. E talvez por ser tão perigosa quanto, sabia perfeitamente que Billy não podia ser cem por cento inocente em relação à morte de seus amigos em 1996. Era totalmente compreensível, uma mãe preocupada om a estabilidade e laços familiares, para protegê-los, escondeu que Samantha era filha de Billy. Parecia algo lógico naquela época, mas alguns anos depois, quando Billy Loomis e Stu Macher transformaram aquela serie de homicídios dos quais tinham se safado em uma franquia de filmes e alcançaram o amor de Hollywood inteira, aquela ideia de manter a verdade em segredo já não parecia tão mais lógica. Se tivesse desde o início contado-o, Samantha Carpenter talvez tivesse uma vida melhor.

Não que Samantha não tivesse boas condições, quer dizer, tinha apenas dezoito anos e estava planejando arrendar uma casa na Califórnia para tentar uma carreira, futuramente, como perita criminal. De algum modo, sempre fora tremendamente apaixonada por true crime, aqueles relatos de crimes reais e tudo que lhes envolve. Sentia-se como se seu dever fosse desvendar todos aqueles mistérios, desde o caso "Skylar Neese" até "Son of Sam". Principalmente aqueles que envolviam Hollywood, como o caso da Brittany Murphy.

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