Capítulo 21

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Lily

Sem saber para onde ir fui para a casa da minha vizinha de frente que me escondeu por algumas horas,mais como minha madrasta estava causando com ela por ter certeza que eu estava ali,eu esperei meu pai sair e fui correndo para a casa da Camila era uma amiga que conheci através da Aninha,ela chamou o Tadeu um amigo nosso que pegou a moto dele e me levou até a casa da irmã dele que ficava em outro bairro,mais antes pedi para ele passar na casa da Aninha pois eu queria ficar lá,mais infelizmente não deu pois assim que paramos na esquina eu vi meu pai chegando lá,então eu tive certeza que ele ficaria me procurando ali,aceitei ele me levar até a casa da irmã dele e assim foi,não quis ir ao médico pois não sabia o que falar e tinha medo de algo pior acontecer,chegando na casa da irmã dele tomei um banho e ela me arrumou uma roupa,fiquei lá o dia todo até que ele foi embora pois iria para o culto,a Camila acabou falando para a Aninha quem havia me ajudado e a mãe da Aninha apertou o Tadeu que ligou para o celular da irmã dele para falar comigo,assim que atendi ela foi falando

-oi filha eu não quero que você fique aí,venha aqui pra casa que vamos cuidar de você tá bom?

O jeito que a mãe da Aninha falou comigo me senti muito acolhida e então decidi ir para a casa deles,assim que cheguei que elas me viram como eu estava me abraçaram chorando,decidiram me levar ao hospital e dei entrada como vítima do meu pai,tudo isso o laudo do médico serviu para que os pais da Aninha conseguissem minha guarda provisória e assim foi,meu pai teve que liberar todas minhas roupas que estavam na casa dele e eu passei morar na casa da Aninha............

Elas cuidavam de mim todos os dias para que meus hematomas melhorassem,mais as cicatrizes do coração essas jamais seriam curadas,essas pode passar o tempo que passar sempre estarão aqui...........

Segui morando com eles e já me sentia parte da família,os meses foram passando e eu comecei a trabalhar em uma estamparia no Brás sempre visando ajudar a família que tanto me ajudou e se tornou minha família.........

Continuei mantendo contato com a minha mãe mais estávamos muito tristes pois os médicos a mandaram para a casa em julho dizendo que não havia mais nada que pudessem fazer por ela,que era para aproveitarmos o tempo que tínhamos com ela,confesso que meu mundo desabou ali pois eu não aceitava que a medicina havia jogado a toalha,não era possível,aproveitamos todos os dias com ela,eu mais por telefone por estarmos morando longe uma da outra,mais não deixava de ligar um dia se quer para ela,as quimioterapia continuavam mais não faziam efeito,mais na nossa cabeça tudo era válido para manter minha mãe conosco..............


Passou mais um mês e chegamos em setembro onde na metade do mês minha mãe parou de andar,deixou todos nós nervosos e então meus irmãos a levaram para o hospital e fomos informados que esse era o primeiro de muitos avisos que viriam para nós que estávamos a perdendo,eu não aceitava e só sabia chorar mais sempre que falava com ela me mantia firme,chegamos no começo de novembro e com ele ela parou de movimentar os braços,mais uma vez foi levada para o hospital e mandaram para casa dizendo que não havia mais nada que pudesse fazer,chegamos em dezembro e no comecinho dele ela parou de enxergar e mais uma vez fomos correndo com ela para o hospital e voltamos para casa...........

Os dias foram passando e com ele chegamos dia vinte e dois de dezembro e estava feliz pois era o dia que entraria de férias na estamparia,como não havia conseguido passagem na rodoviária eu viajaria para ver minha mãe no dia vinte e sete o dia que teria passagem disponível,eu estava feliz pois eu iria vê-la.............








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