⊱❉⊰ Epílogo ⊱❉⊰

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Sob o manto majestoso do céu noturno, almejado por estrelas que executavam uma dança celestial, vi-me imersa em uma corrida desesperada pela minha própria existência

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Sob o manto majestoso do céu noturno, almejado por estrelas que executavam uma dança celestial, vi-me imersa em uma corrida desesperada pela minha própria existência. A lua, uma dama etérea, derramava sua luz pálida entre as folhas das árvores, esculpindo desenhos intrincados de luz e sombra no meu caminho. Meu coração, descontrolado como um tambor em frenesi, pulsava na noite, enquanto os galhos entrelaçados cruelmente rasgavam minha vestimenta e a pele que me envolvia.

Os passos do meu perseguidor ecoavam como trovões, uma sugestão gélida que arrepiava minha espinha a cada olhar furtivo para trás. Uma figura enigmática se delineava na penumbra, seus olhos reluzindo com uma malícia indecifrável.

A cada passo, uma respiração ofegante sussurrava em meus ouvidos, ecoando a presença inescapável do perigo iminente. Ciente de que não poderia permitir que o medo me dominasse, avançava com determinação na floresta, sem rumo certo.

Num momento de desespero, vi-me encurralada, exausta e aterrorizada. Minha visão, turva pela fadiga, testemunhou uma entidade sombria emergindo das sombras. Sua lâmina resplandece como uma aura mortal sob uma fraca luz lunar. Cada passo reverberava como um presságio sombrio, enquanto a figura se aproximava lentamente, os lábios se curvavam num sorriso cruel, como se pudesse decifrar meus pensamentos aterrados. O vento, antes suave, tornava-se uma voz arrastada e funesta, ecoando de todos os lados ao mesmo tempo.

— Não posso sucumbir aqui — meu corpo, entretanto, traía minha mente; as pernas, como chumbo, recusavam-se a se mover. A necessidade imperiosa de escapar pulsava em meu ser.

Antes que eu pudesse reagir, a lâmina da espada desceu, enquanto a entidade sussurrava:

— Ah, Luna, tão ingênua. Realmente acreditou que poderia fugir de mim? Assim como todos os que você ama, encontre seu fim aqui — sua voz serpenteava em minha mente como um veneno insidioso. A dor aguda explodiu em meu ventre, o frio da lâmina penetrando profundamente. Antes que a escuridão se apossasse de mim, despertei.

***


Num instante abrupto, meus olhos se abriram, e a realidade irrompeu em minha consciência como uma onda avassaladora. Ergui-me à beira da cama, meu corpo coberto por uma fina película de suor frio, enquanto meu coração pulsava caoticamente, ecoando em meu peito. Impulsionada por um impulso visceral, minhas mãos exploraram o suposto ferimento em meu ventre. Ao constatar a ausência de qualquer lesão, respirei profundamente, acalmando meu coração. Com um misto de alívio e desespero, percebi que era apenas mais um pesadelo.

Com o olhar direcionado à frente, discerni a serena presença diante de mim. Lá estava Sofia, minha irmã, adormecida em sua cama, imersa em um sono tranquilo que a meses eu não tinha. A tênue luz da lua filtrava-se pela janela entreaberta, delineando delicadamente sua expressão serena. Arrepios percorreram meu corpo, causados ​​pela brisa gelada que atravessava o meio ambiente.

Com a mais suave das abordagens, deslizei na direção da janela, evitando perturbar o silêncio que envolvia o quarto. Ali, diante do cenário noturno, entreguei-me à contemplação da lua, cuja presença iluminava a noite.

— Luna o que faz acordado? Que horas são? — murmurou Sofi, sua voz suave cortando o silêncio.

— Desculpe-me, Sofi. Não tinha intenção de te despertar — respondi com ternura. Com passos cuidadosos e sentimento de culpa por tê-la acordado, deslizei em sua direção, procurando ajeitá-la delicadamente, incentivando-a a retornar ao sono.

— Outro pesadelo, irmã? — questionou Sofia, ocupada em reorganizar os lençóis ao redor de si. Com ternura, respondi:

— Não, Sofi, apenas me levantei para fechar a janela. Não se preocupe. Volte a dormir, minha querida. A madrugada ainda persiste, e amanhã nos reserva um dia cheio.

Iniciei um suave afagar nos cabelos dourados dela, um contraste notável em relação aos meus próprios fios mais escuros. Apesar da disparidade visual, éramos unidas pelo laço indissolúvel do sangue, fazendo de minha irmã o mais precioso dos tesouros neste vasto mundo. Após dedicar alguns minutos a esse gesto, vi Sofia sucumbir ao abraço do sono.

Com passos cuidadosos, ergui-me da beirada da cama e retornei à janela, onde o céu se estendia silencioso, desprovido de estrelas, como se ocultasse segredos cósmicos. Antes de fechar a janela, antecipei-me em sugestões:

— Acho que hoje irá chover — desviei o olhar, regressando ao meu leito.

De volta à cama, tentei evitar a inquietação que persistia. Observava as sombras dançantes no teto, movendo-se ao ritmo dos ventos noturnos. A noite silenciosa envolvia-nos, e o mistério da escuridão pairava no ar, enquanto eu refletia sobre os sonhos que me assombravam.

A exaustão finalmente me envolveu, e, ao fechar os olhos, forcei-me a afastar os pensamentos sombrios. Eu precisaria de descanso, mesmo que fosse breve. Contudo, à medida que a escuridão absorve minha consciência, os ecos da fuga desesperada e da figura sinistra persistiam.

Meus pensamentos foram interrompidos pelo suave tamborilar das gotas de chuva contra o vidro da janela, trazendo um semblante de serenidade. Era uma melodia suave, um lembrete de que o mundo continuava a girar.

Dessa vez, ao adormecer, não fui assolada por pesadelos, apenas por um sono tranquilo e profundo. A chuva persistia lá fora, lavando as preocupações da minha mente.

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Queridos(a) leitores(a).

Que alegria imensa compartilhe este epílogo com vocês! obrigada do fundo do coração por dedicarem um tempo tão especial para mergulhar nessa minha estreia literária. Espero de todo o coração que tenha apreciado cada pedacinho desse começo cheio de emoções ❣️. Deixem seus votos e comentários carinhosos, pois isso será como um doce incentivo que me ajudará a continuar a escrever com ainda mais paixão. 🥰🥰

Entre Sonhos e Pesadelos.Onde histórias criam vida. Descubra agora