Five.

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No dia seguinte fui trabalhar com o coração preenchido, eu parecia uma adolescente que deu seu primeiro no seu primeiro amor.

- Nossa, que sorriso bobo é esse estampado nessa sua cara? - Patty me perguntou ao adentrar minha sala.

- Sorriso nenhum, não tô sorrindo.

- Ah, tá sim. Não adiantar tenyartme enrolar, senhorita Ludmilla, eu te conheço há mais de 20 anos. Vamos, desembucha!

- Tá! Dificil esconder as coisas de você , sua tampinha. Ontem eu e a Brunna nos beijamos. - Patty me olhou estupefata ao ouvir a informação.

- E como foi isso????

- Foi maravilhoso e eu estou nas nuvens até agora.

Enquanto nós estávamos conversando sobre o ocorrido, o telefone da minha sala tocou.

- Senhora, tem um advogado aqui para falar com a senhora, mas ele não tem hora marcada. - a secretária informou.

- Não tem problema, Sofia, pode mandar entrar. Tenho umas horas disponíveis agora pela manhã.

A secretária desligou a chamada em em poucos segundos abriu a porta da sala dando passagem para o homem engravatado.

Patty saiu da minha sala assim que o homem entrou, ele se aproximou de minha mesa e estendeu a mão para me cumprimentar.

- Meu nome é Cristian, sou advogado e represento a Sr. Brunna Gonçalves.

- Advogado de Brunna? E por que Brunna precisa de um advogado?

- Sou o advogado responsável pela papelada do divórcio de vocês. Eu trouxe aqui os papéis. - ele falou abrindo a pasta que tinha em mãos - Eles já estão assinados pela Srª Brunna, agora é só você assinar e tudo fica resolvido. Estarão divorciadas.

- O quê? - perguntei num sobressalto, espalmando as mãos na mesa.

- Desculpa! A senhorita não sabia que D. Brunna tinha dado entrada no divórcio?

Meus olhos ardiam, as lágrimas queria jorrar, mas eu fazia um esforço sobrenatural para contê-las. Meu mundo dei um giro rápido, eu não conseguia acreditar que Brunna teve mesmo coragem de fazer isso.
Eu realmente fui pega de surpresa. Fiquei alguns minutos estatalada, estagnada, apenas absorvendo aquela nova informação.

O advogado não me disse mais nenhuma palavra, apenas esperava que eu tomasse o papel da sua mão e assinasse. Mas eu saí do meu transe e peguei o celular para ligar para Brunna e a chamada direto na caixa postal. Liguei no telefone de casa, mas ninguém atendeu. Liguei para o celular do Ben, mais uma vez sem resposta.

Então decidi pegar minhas coisas e ir até o apartamento de Brunna, mas para minha surpresa, meu acesso estava negado, eu não podia mais passar da portaria. O porteiro também me informou que Brunna havia saído cedo com o Ben.

Imaginei que ela tivesse ido para casa de seus pais e eu não iria passar desse limite.

Decidi ir para minha casa. Liguei para minha assistente e informei que cancelasse meus compromissos para aquele dia. Eu tinha uma baita dor de cabeça, parecia que um trator havia passado por cima dela.

Cheguei em casa, tomei um banho, vesti uma roupa leve e peguei meu celular para ligar para Brunna. Em alguma hora ela iria ter que me atender.

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