⤏ 𝗡𝗮𝗿𝗿𝗮𝗱𝗼𝗿'𝘀 𝗣𝗼𝗶𝗻𝘁 𝗼𝗳 𝗩𝗶𝗲𝘄 ⤎
↬ 𝟐𝟏 𝐝𝐞 𝐣𝐮𝐧𝐡𝐨 𝐝𝐞 𝟐𝟎𝟎𝟑
O dia do qual o quinto livro da saga Harry Potter foi lançado. O set estava em alvoroço, todos os envolvidos na representação cinematográfica estavam ansiosos para ler o livro, e saber qual seria uma parte da trajetória de seus personagens.
— As livrarias estão uma loucura! — exclamou Olivia, entrando em casa e encontrando sua filha sentada no sofá da sala de estar com um exemplar de Harry Potter e o Cálice de Fogo em mãos, lendo rapidamente. — Trouxe a continuação, querida.
— Estava lendo de novo para tentar imaginar como vou transmitir os sentimentos dos dois para que os fãs sintam isso. — disse Cecília, correndo os olhos pelas linhas apertadas na página amarelada, de tanto que já foi lido e relido.
❝— Concordo. E aqui, é a Torre de Astronomia. — disse Harry assim que os dois subiram e chegaram no local.
— Uau. — murmurou Clary abismada. — Que vista linda!
— É um dos meus lugares favoritos.
— É extremamente lindo! — disse Clary com um sorriso na cara, um sorriso que na opinião de Harry, poderia iluminar uma cidade inteira durante um blecaute.
— Concordo. — disse Harry, mas ele não estava se referindo à vista.❞
Cecília suspirou, contracenar e dar alguns improvisos em cenas era uma coisa. Mas isso? Isso era amor, era transmitir paixão juvenil, isso era transbordar emoção. Algo que a morena nunca havia experimentado.
— Mãe, sabe por que me escolheram? — perguntou a pequena Dankworth, segurando o exemplar novo de Harry Potter e a Ordem da Fênix, ainda embalado em papel transparente.
— Uma jovem norte-americana estava escalada para interpretar a Clary, mas a J.K interviu de última hora, dizendo que não aceitaria a menina, que tinha de ser uma britânica. — explicou Olivia, se sentando na poltrona de estofado verde, em frente sua filha. — Sabia que isso aconteceu com o Daniel também? Outro menino ia ocupar o lugar dele, mas ele não era britânico, então a J.K não autorizou.
O coração de Cecília acelerou por alguns segundos ao ouvir o nome de Daniel.
— O próprio Mike Newell te indicou, então a Joanne assistiu os seus testes que você fez há alguns anos, adorou sua personalidade, disse que combinava perfeitamente com a personagem.
— E se eu não suprir as expectativas dela? — questionou Cecília, se largando no encosto do sofá.
❝— Agora você pode ver o quão idiota eu sou. — disse Harry com uma leve mágoa na voz.
— Não diga uma coisa dessas! Você não é um idiota?
— Não sou? — retorquiu Harry.
— Bem... — disse Clary se aproximando. — Se não me beijar agora, aí sim você vai ser um idiota.
Era como se o cérebro de Harry fosse ligado em uma tomada. E assim que Clary disse isso, é como se a luz tivesse acabado, nada funcionava. Por algum motivo aquilo lhe atingiu de forma diferente, ele não se sentiu surpreso, ou pego desprevenido.
Mas sim como se milhares de borboletas estivessem dançando ao som de uma música bem agitada em seu estômago. Ao observar bem aqueles olhos azuis como um mar nas mais belas ilhas, e aqueles lábios avermelhados e carnudos — na opinião de Harry — na medida perfeita.
Harry nunca havia se sentido assim com nenhuma. Bem, não podemos esquecer de sua quedinha por Cho, uma quintanista da Corvinal. Mas agora aquilo era diferente, o jeito com que Clary o olha o deixa sem capacidade de formular uma palavra.
— Se ficar em silêncio por muito tempo vou entender isso como uma permissão. — sussurrou chegando sua boca mais próxima da de Harry.
E engolindo a saliva como se ela fosse uma faca, Harry sentiu seus batimentos cardíacos martelarem seu peito. Assentindo fracamente em concordância, aquilo foi como abrir uma porta, mas o que os dois não sabiam, era o que estava atrás dessa porta, e o que viria pela frente com aquele primeiro beijo na Torre de Astronomia.
E foi como uma corrente elétrica passando por seus corpos quando seus lábios se tocaram. Não era só um beijo, era o encontro de duas almas que estavam destinadas a se amarem até o fim de seus dias, mas eles ainda não sabiam disso.
E com seus lábios dançando a mais bela melodia, Clary direcionou suas mãos para os cabelos de Harry, que na opinião de Clary, o deixava mais lindo ainda. Os cabelos pretos e rebeldes davam grande contraste com seus olhos azuis.
E os entrelaçando com os dedos, Clary conseguiu arrancar suspiros do garoto. Aquilo definitivamente era algo que ele nunca havia sentido. E com um impulso levado pelo calor do momento, Harry levou suas mãos até a cintura de Clary, procurando trazer a garota mais perto, como se fosse possível.
Quando a falta de ar se fez presente, foi com muita relutância que Clary afastou apenas seus lábios dos de Harry, mas continuou com a respiração batendo no rosto do garoto. E com um sorriso de formando no canto dos lábios, Clary disse:
— Acho melhor irmos para a aula, ou vamos nos atrasar. — sussurrou.❞
— Filha, você é espetacular. — disse Olívia, sorrindo maternalmente. — Confesso que quando você foi colocada na figuração eu fiquei um pouco frustrada.
— Obrigada, mamãe. — agradeceu a filha.
— Agora, vai lá ler seu livro novo, pequena! — disse Olívia, enquanto Cecília se levantava do sofá.
A garota subiu as escadas em passos rápidos e largos, sentindo seu pulso aumentar de ansiedade. Assim que chegou à porta do seu quarto, abriu rapidamente e logo a fechou.
Se jogando em sua cama, abriu a primeira página, doida para descobrir o que encontraria ali.
𝓂𝒶𝓇𝒶𝓉ℴ𝓃𝒶 ⥴ 02. 𝒐𝒇 10.
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✎ 𝐫𝐞𝐯𝐢𝐬𝐚𝐝𝐨
✩ƒ°☽ 𝘅𝗼𝘅𝗼 - 𝘃𝗶𝗶 ⥾ 〥
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𝗕𝗔𝗖𝗞𝗦𝗧𝗔𝗚𝗘, 𝘥𝘢𝘯𝘪𝘦𝘭 𝘳𝘢𝘥𝘤𝘭𝘪𝘧𝘧𝘦
Fanfic+ᵈᵃⁿᶦᵉˡʳᵃᵈᶜˡᶦᶠᶠᵉᶠᵃⁿᶠᶦᶜᵗᶦᵒⁿ || onde o ator que interpreta Harry Potter, Daniel Radcliffe e a atriz que interpreta Clary White, Cecília Dankworth, percebem que seus destinos estão conectados além do cinema. Cecília acorda em um dia e simplesmente rece...