☠️ Prólogo

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Bom, vamos ao início que explica um pouco sobre a personagem e como era antes.

● Ela se sentirá precionada, assustada, perdida.

Não esqueçam de votar e comentar. Divirtam-se com a leitura.

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19 de Março de 2017
10:23 a.m

A Grécia é um país independente e está localizada no sul da Europa. Para sermos mais específicos, o país é um território continental, localizado na extremidade sul dos Bálcãs, na península do Peloponeso. Está separada do continente pelo canal de Corinto. A moeda oficial é o Euro, um euro equivale a R$5,26 ou US$1,05 em dólares. A capital é Atenas e se estima ter 10.424.599 habitantes com um território de 132 mil km².

Dentre todos esses habitantes e todo esse território como eu pude ter me envolvido, como eu pude ter pisado no território deles? Essa é uma das perguntas que eu jamais irei encontrar uma resposta.

Todos os dias, desde que eu me envolvi com isso, tem sido de medo, pavor e desespero. Milhares de dúvidas nascem e desaparecem de minha mente conforme os dias e as horas passam.

Se eles realmente desejarem me encontrar, o que irá impedi-los? O que eles farão assim que colocarem as mãos em minha pessoa? E quanto a minha família? Será que estão realmente seguros como me dizem?

Dia após dia, é um eterno pesadelo sem fim.

Pela pequena brecha da janela de um minúsculo apartamento eu tinha a visão da Rua da feira. Um arrepio gelado passa por mim quando todas as pessoas que se aglomeravam se afastam para que um carro passe, meus olhos queimam e meu desejo é de morrer antes que cheguem a mim e peguem a minha família apenas para me desestabilizar mais.

Me afasto e pego a bolsa na cama e a coloco no ombro. Aguardo poucos minutos até baterem na porta de madeira, porta essa que não mantém a segurança de ninguém.

Já simulei diversas vezes em minha mente algum deles invadindo este lugar. Eles poderiam arrombar a porta ou quebrar o vidro da janela, talvez metralhar a porta após me atrair para ela, fingir ser um outro servente da lei e me sequestrar, mandar um recado por alguém dizendo que já haviam me encontrado e a minha família, explodir todo o prédio por minha causa.

Minhas mãos tremiam quando me pus de pé. Puxei e soltei o ar tantas vezes que em algum momento ele se prendeu em mim e não saiu mais. Caminhei a passos vacilantes até a porta e de frente a ela me coloquei ao lado do batente na parede.

Em minha mente estar ali poderia ajudar caso atirassem na porta.

Deram mais três batidas e o ar escapou junto de um soluço sem lágrimas. Meu coração disparava e meu corpo tremelicava, apertava com tanta força a alça da bolsa que a qualquer momento ela quebraria, assim como meus ossos nas mãos deles.

Levei a mão à maçaneta e segurei com força o metal redondo em minha palma. O ar entrava curto e rápido em meus pulmões, o suor gelado descia por minhas costas, rosto, pernas, eu era uma cachoeira. Destravei a tranca e girei o objeto que me dava pouca mas alguma segurança, puxei com calma e medo para que uma pequena brecha se abrisse quando fez tirei a mão o mais rápido possível a levando aos lábios e apenas aguardando.

Um rangido soou ao meu lado quando a porta foi empurrada para dar mais passagem aos meus visitantes. Aguardei de olhos fechados, já sabendo meu destino.

Diferente do que imaginei senti uma mão em meu ombro, me dava certo conforto e segurança.

Eles poderiam me fazer sentir isso, não é?

Abri os olhos e me deparei com uma imensidão castanha, um marrom terra seca.

A barba por fazer me dizia que ele estava tão assustado e desesperado quanto eu, mas sinceramente eu duvidava que isso se desse ao fato de eu estar na mira da morte. A não. Ele não dava a mínima se eu vivia ou morria. Apenas queria o que eu sabia, sem isso aí sim seria ele a estar morto.

Ele não falou apenas me segurou pelo braço e guiou para fora.

Descemos, com ele grudado em mim, os três lances de escada do pequeno prédio. Tudo havia se tornado tão pequeno, nada me cobriria ou esconderia deles.

Na rua notei ao passar por um carro nosso reflexo. A mão dele segurava minha cintura com posse, seu corpo estava grudado no meu, seu rosto estava sério. Me senti enjoada por minutos até finalmente entrarmos no carro.

Mais três, tensos como ele, estavam nos aguardando. Me sentei bem no meio no banco de trás. De acordo com ele, se algo acontecesse eu teria a proteção necessária. Eu realmente duvidava disso.

Finalmente depois de duas horas em um carro com a tensão e medo se alastrando chegamos onde ele disse que tudo se resolveria.

Descemos e ele me guiou novamente.

Eu estava tão desesperada que não prestei atenção em nada, em um minuto eu estava ao lado dele, no outro estávamos em um jato particular no céu.

Foram poucas horas até chegarmos no destino final. Então novamente estávamos em um carro com mais três além dele para minha proteção.

Dessa vez quando paramos estávamos em uma região mais rural, árvores cercavam todo o espaço, harmoniosamente uma grande casa ficava bem no meio, o caminho após passarmos pelo grande portão mostrou imensos campos de uvas, homens e mulheres colhiam. O carro seguiu por muito tempo até ver não de longe, mas de perto a imensa casa em que ficaria.

Descemos e chegamos à entrada.

Eu olhava para todos os lados esperando alguma coisa, qualquer uma.

Ele me tocou no ombro novamente, dei um pequeno pulo pelo ato repentino, ele falou algo mas a única coisa que compreendi foi que seus lábios se moviam lentamente, acho que por isso imaginei que ele falasse comigo.

Ele deve ter notado já que parou de falar e passou a mão no rosto estressado. Depois de minutos assim ele apenas me olhou e entregou uma bolsa, que não notei que ele carregava, a segurei e notei ser pesada, ele sorriu e me entregou um papel com diversos nomes, números e endereços.

Ele voltou a falar mas tudo não passava de um eco para mim. Eu estava exausta disso tudo. Por fim, quando parou finalmente entendi ao menos uma parte de tudo. Jamais iria esquecer isso, era o meu passe livre para a morte certa, eu sabia que em algum momento ela iria vir.

Ele disse com tanta convicção que quase chorei e gritei que não daria certo.

Tudo girou e ecoou, ele já estava indo embora, havia entrado no carro e dado partida, já estava longe, tão longe que eu não os via mais, porém o que ele havia me dito ficou, ficou tanto que ecoava em minha mente torturando-me…

— Tudo ficará bem. E não se esqueça, a partir de hoje você é Lily Cross.

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Então o que acharam até agora?
》Quem será que são eles?
》 É o início e um certo desespero não?
》O próximo iniciará um pouco mais pesado

》》Não esqueçam de votar, ajuda muito《《

A Máfia Lykaios ▪︎ O Grande Roubo - [ LIVRO 1 DA SÉRIE LYKAIOS ]Onde histórias criam vida. Descubra agora