A Máfia Lykaios ▪︎ O Grande Roubo - [ LIVRO 1 DA SÉRIE LYKAIOS ]

☠️ Os Reis Do Submundo

19:00 p.m

Estacionei a moto em frente a casa de um conhecido. Desci e coloquei o capacete no guidão, apertei as alças da mochila com força e me aproximei da casa, bati três vezes seguidas e esperei. Passaram-se minutos e nada, então bati mais algumas vezes, meu desespero já estava a mil quando a porta finalmente foi aberta.

— Lily? — Não sabia dizer se foi de surpresa ou de raiva.

— Oi Raphael. — Respondo olhando dentro dos olhos marrons terra seca. Ele era o policial que havia me buscado e levado até a casa onde eu morava agora e que supostamente estava morto, não que ele soubesse.

— O que faz aqui? O objetivo de tudo isso é mantê-la segura e eu ser seu contato. — Ele me segurou pelo braço e puxou para dentro da casa, colocou a cabeça para fora e olhou para os lados, depois entrou e me analisou por completo. — O que aconteceu com você?!

— Em apenas um dia muita coisa, e eles me encontraram. — Não iria enrolar. Precisava de ajuda.

— Como assim? Como? Não é possível. Certo, tudo bem. Vai ficar tudo bem. — Ele dizia rápido demais e apenas para si mesmo. Então me olhou — Foram eles que fizeram isso com você?

— Mik Lykaios, foi ele. — Assumi pela primeira vez desde o ocorrido tocando no assunto.

— Foi recente, quando aconteceu? — Ele andou em direção à estante em frente ao sofá que mantinha a grande televisão em uma boa altura.

— Ontem de manhã, umas nove horas. — Tentei me lembrar o mais aproximado do horário possível.

— Ele estava sozinho?

— Não, levou com ele mais quatro homens. — Ele parou de mexer na estante e me olhou, ele queria detalhes. — Eu fui comprar algumas flores e depois fui a uma cafeteria do outro lado da rua, ele apareceu lá e… — Ele afastou alguns livros e apareceu um cofre, digitou uma senha e ele se abriu, tirou de dentro uma arma e uma caixa pequena. — Não importa… — Agora ele me olhou — Eu estou viva, — Suspirei lutando contra o desejo de queimar minha pele ao sentir os toques dele — Depois Mik e Giovanni  apareceram em casa, disseram que já haviam encontrado minha família e que todos estavam mortos. — Com certa surpresa ele me olhou.

— Como assim mortos? — Ele pôs a caixa na mesa de centro de madeira e a abriu, consegui ver passaportes, dinheiro de diversas moedas, telefones, acho que tudo que precisaríamos para fugir.

— Eu não sei, fui a base também. — Confessei e dessa vez ele parou e me olhou.

— Eu vi as notícias no jornal, estão procurando por você. — Afirmou pegando um dos passaportes e guardando consigo, me entregou outro e pegou a caixa subindo para o segundo andar.

— Estavam mortos quando cheguei lá. — Comecei a segui-lo — Alguns com tiros na cabeça e outros metralhados. Não queriam nada, apenas matá-los.

— Devem ter sido eles.

— Na verdade eu não acho. — No corredor ele parou e se virou para mim — Quando me visitaram em casa disseram que 3 bilhões haviam desaparecido e que na mesma época eu e minha família os entregamos, eles acham que nós sabemos onde o dinheiro está, porém o verdadeiro ladrão deve estar acabando com qualquer pista que possa se ter dele, assim se os únicos possíveis responsáveis estiverem mortos ninguém jamais irá saber onde está o dinheiro, então o responsável sairia em pune e livre com bilhões. — Era uma ótima teoria principalmente por ser a única já que eu não havia roubado nada de ninguém.

— Não ficamos sabendo de nenhum dinheiro roubado. — Foi o que ele respondeu voltando a caminhar. Comecei a segui-lo apressada.

— Eu também não sabia, acho que ninguém sabia. — Entramos em um quarto bem arrumado, provavelmente o dele, ele caminhou até o armário e pegou uma mala, depois a colocou na cama e começou a jogar roupas nela.