☠️ Novo suspeito

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O capítulo é bem tranquilo, somente cheio de perseguição e adrenalina.

Divirtam-se... ;)

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04 de Setembro
11:30 a.m

O sons do sinal ecoando e a liberação das portas blindadas abrindo foram ouvidos mostrando a todos os visitantes que o horário de visitas havia começado. Em fila os presidiários começaram a sair, poucos metros após passarem pela porta muitos deles abriam grandes sorrisos e andavam mais rápido até seus familiares, mulheres, crianças, mães e irmãs, alguns pais e irmãos, outros não sorriam apenas caminhavam e se sentavam em uma mesa com algumas pessoas, algumas com grandes tatuagens, músculos imensos e outras com pastas e ternos, advogados.

A pessoa que eu aguardava finalmente apareceu depois que já estava perdendo as esperanças. Ela atravessou as portas de metal e caminhou passivamente até mim, suas mãos estavam algemadas assim como os pés, o rosto possuía uma cicatriz grotesca da testa a boca de um lado ao outro. Estremeci de imediato me arrepiando por inteira.

Foi uma péssima ideia… No entanto, já era muito tarde para voltar atrás, e além disso, a humilhação para entrar aqui foi suficiente para que eu fizesse valer a pena.

Assim que ele se sentou no banco de metal a corrente que ligava seus pulsos e tornozelos chacoalhou em um barulho incômodo que ecoou por todo o espaço calando já os burburinhos por poucos segundos. E mais uma vez o tremor e arrepio gelado passou por mim.

— Bom dia senhor George Ruman. — Digo apertando as mãos após tremer novamente.

— Seria um dia melhor ainda se estivesse aqui no meu colo. — Ele afirmou se dobrando sobre a mesa de metal.

— EI! — Dei um pequeno pulo quando o grito soou de repente em meio aos quase sussurros. — Se afaste da mesa já! — Um policial penitenciário se aproximou e bateu o cacetete na mesa. Outra vez o som do ferro ecoou calando a todos. — Cuidado moça, esse aí é um porco que já deveria estar morto. — Ele afirmou e dei um mínimo sorriso assentindo.

— Sei de sua situação… — Comentei assim que o policial penitenciário se afastou.

O homem estava com o dedo na boca limpando os dentes com a unha preta. O enjoo me subiu e fiz questão de engolir.

— E qual seria? — Seus olhos verdes me despiam. — Minha situação atual está um pouco abaixo desta mesa. — Ele sorri insinuante.

— O que sabe sobre Diana e Lucas Angelo? — Questionei sem mais esperar.

— Há! Esses aí? Estão mortos, eram ratos e mereceram. Soube que a filhinha deles foi estuprada antes de a matarem. — O sorriso em seus lábios me trouxe mais tremores.

Era mentira. Agatha não havia sofrido nenhum mal, assim como Fernando, seu irmão, ambos morreram com um tiro de raspão na cabeça, não sofreram nenhum mal diferente de Diana e Lucas.

— Quero que entenda de uma vez e de forma simples, eu posso ajudá-lo a ter algumas regalias aqui dentro, todos sabem o que acontece com estupradores de crianças. — Não cheguei perto da mesa, mas a distância era suficiente para que eu falasse baixo e ele compreendesse bem.

— Por exemplo? — A pergunta dele me traz certo controle da situação. Ao menos eu imagino.

— Não posso tirá-lo da prisão, mas posso colocá-lo em uma cela própria, o que acha de solitária, banho de sol e de lua a cada dois dias, refeições diferenciadas. Apenas me conte algo útil. — Digo firmemente.

A Máfia Lykaios ▪︎ O Grande Roubo - [ LIVRO 1 DA SÉRIE LYKAIOS ]Onde histórias criam vida. Descubra agora