BAE ⎯ 𝘣𝘦𝘧𝘰𝘳𝘦 𝘢𝘯𝘺𝘰𝘯𝘦 𝘦𝘭𝘴𝘦, 𝘺𝘰𝘶 (EM REVISÃO)

⎯⎯ 𝟔 ⎯⎯

Nessas últimas semanas, Nayong ficou 10 vezes mais empenhada em emagrecer depois daquele comentário de Eunwoo.

Aumentou a dose do remédio. Diminuiu suas refeições.

O que Eunwoo não disse, foi que aquele remédio que ele havia comprado era femproporex.

Femproporex;

femproporex é uma droga anfetamínica da classe dos "anorexígenos", que reúne os medicamentos criados para induzir a anorexia (aversão ao alimento ou a falta de apetite).

Os efeitos colaterais mais comuns que podem ocorrer durante o tratamento com femproporex são vertigem, tremor, irritabilidade, agitação, fraqueza excessiva, tensão, insônia, confusão mental, ansiedade, dor de cabeça, boca seca ou gosto metálico na boca.

Além disso, podem também ocorrer calafrios, palidez ou rubor das faces, palpitação, arritmia cardíaca, dor no peito, hipertensão ou hipotensão, colapso circulatório, náusea, vômito, diarréia, cãibras abdominais e alteração do desejo sexual. O uso prolongado pode causar dependência ou tolerância.

Um remédio que foi proibido, tanto por não ser eficaz e tanto por induzir a anorexia e dependência química.

Nayong não sabia disso. Ela aumentou a dose, ela também não percebeu, mas estava se tornando cada vez mais viciada no efeito que aquele remédio trazia.

Além dos efeitos colaterais extremos que pouco a pouco Nayong aprendeu a se acostumar com eles, ela não emagrecia. E ficava furiosa com isso. Começava a descontar nas coisas ao seu redor.

Nayong estava nervosa, era a primeira vez que ela iria se pesar depois de duas semanas e alguns dias tomando o remédio. Seguindo o conselho de Eunwoo, ela começou a tomar duas doses de manhã e uma de meio-dia e de noite. Com o efeito, ela apenas tomava um copo de café pela manhã. E de meio-dia, quando tomava o outro remédio, o efeito das pílulas anteriores não tinha passado, fazendo ela comer pouquíssimo e assim por diante.

Estava andando nervosamente em círculos dentro do banheiro (sim, Eunwoo comprou uma balança) pensando no que faria se ela não tivesse perdido pelo menos dois quilos. Na mente de Nayong, ela estava quase no limite máximo, não tinha como ela não emagrecer.

Sem mais enrolação, ela sobe em cima do pequeno suporte de vidro, vendo os números se balançarem um pouco até parar em 66kg.

Ela entrou em um misto de desespero, raiva, decepção e até tristeza.

66kg.

Os olhos lacrimejaram e a respiração descompassou. Não queria chorar, não queria desistir, mas poxa. Engoliu o choro. Abanou o rosto e respirou fundo. Pelo visto, teria que tomar medidas ainda mais severas para perder o peso desejado.

Dois dias depois disso, Nayong simplesmente parou de comer. Apenas o remédio. Apenas água e uma maçã de vez em quando.

Ela não ligava para a fraqueza corporal, não ligava para o estômago roncando, não ligava para os olhares preocupados, as perguntas sobre o porquê do rosto pálido, não ligava. Ela iria emagrecer de uma forma ou de outra.

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(...)

Hoje havia sido péssimo.

Nayong foi encarregada de supervisionar o ensaio de dança de um grupo trainee, que por Deus, estava simplesmente péssimo.