𝐎 𝐓𝐫𝐞𝐢𝐧𝐨 𝐝𝐞 𝐅𝐮𝐭𝐞𝐛𝐨𝐥

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𝐋𝐚𝐥𝐢𝐬𝐚 𝐌𝐚𝐧𝐨𝐛𝐚𝐥

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𝐋𝐚𝐥𝐢𝐬𝐚 𝐌𝐚𝐧𝐨𝐛𝐚𝐥

   — Como é que é?

Jennie, minha melhor amiga de infância, quase cospe sua bebida na minha cara. Estamos no café mais badalado da cidade.

— Sim, é exatamente o que você ouviu — confirmo é suspiro, brincando com o canudo do meu suco de laranja.

Jennie abre um sorriso como se tivesse ganhado na loteria. Seu cabelo preto emoldura o rosto, daquele tipo que, mesmo despenteado, fica bonito.

Que inveja! Das boas, certamente.

Jennie faz parte da minha vida desde que me entendo por gente; nossa amizade começou no jardim de infância, quando ela enfiou o lápis no meu ouvido. Sim, foi um início pouco convencional, mas somos assim, nada convencionais e meio doidas.
De alguma forma, nos moldamos uma à outra de um jeito perfeito e sincronizado. Se isso não é uma amizade eterna, então não sei o que é.

Jen não tira o sorriso besta do rosto.

— Por que você parece tão desanimada com essa história? É o Jungkook, seu amor não correspondido desse que você tinha uns sete anos.

— Já te disse como ele me tratou.

— Mas pelo menos tratou, Lisa, falou com você, notou sua existência neste mundo. Já é um começo muito melhor do que só vê-lo de longe, que nem uma obcecada.

— Não sou obcecada por ele!

Jen revira os olhos.

— Ah, não? Vai querer negar logo pra mim? Que já te vi observando o garoto escondida?

— Não foi nada disso. Foi totalmente por acaso que fiquei olhando Jungkook de longe, enquanto caminhava pelo centro.

— Você estava caminhando ou se escondendo atrás de um arbusto?

— Enfim — interrompo o assunto porque não está nada bom para o meu lado — Preciso que você me ajude. Tenho que arranjar um jeito de impedir que ele use meu Wi-Fi, porque não quero que ele saia impune dessa história.

— Por que não muda a senha?

— Para que ele volte a hackear meu computador? Não, obrigada.

Jen pega seu estojo de maquiagem e se olha no espelho, ajeitando o cabelo.

— Sinceramente, não sei o que dizer, amiga. E se pedirmos a ajuda do Andrés?

— Está brincando? E, pela última vez, Jen, é André, sem o "s".

— Ah, dá no mesmo. — ela tira do estojo um batom vermelho um tanto chamativo e começa a passar. — Ele é bom nessas coisas de informática, não é? Não é à toa que é o nerd da turma.

— Você realmente precisa fazer isso aqui? Não estamos na sua casa — comento, embora eu sabia que estou perdendo meu tempo. — E sim, acho que ele entende desses assuntos, já que ajudou a Francis no projeto dela de informática.

𝐀𝐭𝐫𝐚𝐯𝐞́𝐬 𝐃𝐚 𝐌𝐢𝐧𝐡𝐚 𝐉𝐚𝐧𝐞𝐥𝐚 - ˡⁱˢᵏᵒᵒᵏOnde histórias criam vida. Descubra agora