Unrequited Love

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Monte Carlo, Monaco - Janvier 2023
(Charles Leclerc)

Eu a havia visto pessoalmente depois de tantos anos. Ela provavelmente não se lembrava de mim; pelo menos, não parecia se lembrar, e isso era uma droga. No entanto, a maneira como ela não mudou nem um pouco a personalidade é interessante. Ela continua a mesma garotinha de antes, que nunca me deu moral nenhuma. Talvez isso a faça mais interessante, mas o fato de eu nunca ter conseguido falar com ela em eventos anteriores era intrigante.

Às vezes, ela parecia tão inacessível. Já havia tentado falar com ela antes, se não me engano em 2021, mas um cara loiro disse que eu não podia falar com ela, pois estava ocupada. Acho que era uma tentativa de me tirar de tempo. E droga, ela negou-me o telefone dela, e ela meio que nunca me seguiu de volta no Instagram, senão eu provavelmente já teria puxado assunto. Ela é tão difícil.

O fato da mãe dela me odiar na infância pelo simples fato de eu mandar Arthur puxar assunto com a Beatrice era hilário. A maneira como ela sempre ignorava todos os meus "bom dia". Acho que a senhora Eloïse também não se recorda de mim; não os culpo, sempre vendo vários rostos. Acho que ela não lembra de mim pelo simples fato de falar comigo e nunca se recordar. Acho que foi em meados de 2020 que a senhora Eloïse se apresentou para mim como se nunca tivéssemos nos visto, e era bizarro. Porque eu a conhecia e sempre me lembrava da cara de desprezo que ela me olhava todas as vezes que ia buscar Beatrice na escola. Perdido em meus pensamentos, sorrio ao lembrar de um acontecimento que, apesar de eu ter ficado um pouco triste na época, hoje em dia, acho uma graça.

Flashback – Maio de 2010

O clima estava bom, mas um pouco frio. Era uma manhã bonita, e eu meio que havia chegado um pouquinho mais cedo do que o comum na escola, já que mamãe havia ido nos levar mais cedo. Acabamos por chegar um pouco antes do tempo previsto. Foi quando entrei na escola que a vi, a garota mais bonita que já tinha visto em toda a escola. Estava cercada por outras garotas, a maioria loira, mas ela se destacava com seus cabelos castanhos claros e olhos verdes. Era perfeita, e apesar da pouca idade, já me sentia encantado. Pensava nesse exato momento o quão sortudo Arthur era por ter a honra de estudar com aquela garota. Será que meu irmão e ela eram amigos? Se não eram, deveríam ser. Então, cutuco o ombro do meu irmão mais novo, e ele olha para mim sem entender nada do que está acontecendo.

— Quem é ela? — o pergunto apontando para a garota que nem notava nossa presença ali.

Meu irmão olhou para garota e logo olhou para mim revirando os olhos.

— A Beatrice Blanchard, ela é muito bonita né Char? Mas é um pouquinho chatinha e mimada — ele disse dando de ombros.

— Vocês são amigos? — pergunto torcendo para que a resposta fosse sim.

— A gente era meio que amigos mas a mãe dela é muito chata e me proibiu de falar com ela — ele diz bufando.

Sorrio de leve achando graça daquilo.

— Você pode dar um recado para ela? — pergunto sorrindo.

— Eh... não tenho outra escolha...

— Diga que o garoto mais legal da escola e futuro piloto mandou avisa-lá que ele será o seu futuro marido e que ela não deve se casar com nenhum outro — falo sorrindo, apesar de está tão tímido que não tinha coragem de eu mesmo dizer aquilo.

𝐒𝐮𝐫 𝐥𝐚 𝐓𝐫𝐚𝐜𝐞 𝐝𝐞 𝐥'𝐀𝐦𝐨𝐮𝐫 - Charles LeclercOnde histórias criam vida. Descubra agora