🥀Capítulo Único🥀

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"Acredite, nunca senti algo assim e garanto que nunca mais sentirei. Nunca ficarei satisfeito com apenas uma parte de você."

Última Carta de Amor


P.S: A personagem principal não tem nome. Então, sintam-se à vontade para se imaginar, se quiserem

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O celular toca mais uma vez.

Não ligava, e nem atendia as ligações dele, desde a última vez que se encontraram na casa dele. Chegou até a soar meio irônico, porque ela conheceu a fazenda dele, antes mesmo de conhecer a casa que ele mora em Los Angeles.

Seu olhar se intercala entre o aparelho celular e as malas, que procrastina para arrumar. Ela suspira, o celular parou de tocar.
"Será que ele desistiu?" Ela pensou. Um âmago ameaça se formar.

Naquele momento, se encontrava jogada no chão do quarto de hotel, que morou nos últimos três meses do verão norte americano. E com a chegada do fim do verão, o outono chegou. E com o começo do outono, sua liberdade acabou.
"Eles finalmente venceram", ela pensou também, divagando.

...

Com mais uma peça de roupa dobrada, entre suas mãos e uma campainha tocando, seus devaneios evaporam. Por hora.
Ela levanta como se um peso estivesse em suas costas. E realmente estava. Com a situação que se encontrava, esse sentimento era mais que aceitável.

Ela suspira, parando em frente a um espelho que tinha ali, analisando a roupa que vestia. O short cinza curto, de malha suave, agarrava às suas coxas e quadril largo, a blusa branca era transparente e deixava a parte de seus seios amostra. Tinha que aproveitar, enquanto ainda era permitida, usar aquele tipo de roupa.

Depois de mais um suspiro. Os seus pés a levam até a porta. Provavelmente era a camareira, isso até a animava um pouco, gostava da camareira. Senhora Ellen, sempre conversavam. Ela calorosamente ajudava na arrumação, mesmo Ellen, teimando que não precisava. Gostava de ser prestativa. E depois, a jovem moça, sempre dava uma generosa gorjeta a senhorinha. E elas sempre conversam animadamente, sobre o moço alto e bonitão, que regularmente a visitava.

Quando abriu a porta, não era Ellen.

Estava com o braço apoiado no batente da porta. Assim como a primeira vez que ele esteve ali. O seu rosto, trazia o mesmo sorriso doce e característico, que só ele tinha. Ela era tão apaixonada por ele.

- Oi - ele diz com a sua voz amena.

- Oi - ela responde tímida, com uma de suas mãos atrás das costas, brincando com a bainha da blusa.

- Não vai me convidar para entrar? - ele pergunta, ainda com aquele sorriso no rosto.

- É... Sim... Entra... - ela responde, atrapalhada, pois demorou tempo demais perdida no sorriso dele.

Ele entra. A moça fecha a porta, e se recosta na mesma, os dois entreolham-se. Ela reparou que ele havia cortado o cabelo. Continuava lindo, mas iria sentir falta de enterrar os seus dedos nas pequenas ondulações, que formavam nas pontas do cabelo dele. Ele usava um moletom azul clarinho, ela logo se imaginou escondida nos braços enormes dele, sentindo o seu calor. Mas a jovem, logo afasta esses pensamentos. O que ela estava pensando? Iria deixá-lo, logo, logo. E isso trazia um aperto ao seu coração.

Hayden, tentou decifrar o que aquele jovem rosto, que dominou os seus sentimentos nos últimos três meses, pensava. Ele tentava tomar coragem para fazer a pergunta, que ansiava em saber a resposta.

Cinnamon [Volume 2] - Hayden ChristensenOnde histórias criam vida. Descubra agora