𝕆𝕤 𝕤𝕖𝕘𝕣𝕖𝕕𝕠𝕤 𝕕𝕠 𝕊𝕠𝕝 𝕖 𝕕𝕒 𝕃𝕦𝕒: 𝔸 𝕄𝕖𝕚𝕒 𝕟𝕠𝕚𝕥𝕖

𝕋𝕠𝕣𝕞𝕖𝕟𝕥𝕠

Twillight tinha voltado pra casa, ele foi até os unicos dois quartos do chalé onde viu Harry e Charlotte dormindo em cada um deles, voltou ao quarto de Harry na ponta dos pés e pegou uma coberta, foi até a sala e abriu o sofá cama e deitou-se na tentativa de dormir ao invés de passar a noite em claro pensando em como sua vida está em uma fase completamente apocaliptica. Ele de fato entra em um transe de sono. Aos poucos ele começa a se contorcer e suar frio até que, ele abre os olhos, não estando acordado mas em um estado do que seria o semelhante de um pesadelo e ao mesmo tempo pressagio do mundo feiticeiro, pois seus olhos se mantinham arregalados e substituídos por um brilho lilás.
--- CHARLOTTE ACONTECEU DE NOVO!!
Ela levanta em um salto e corre pra sala.
---- PEGA AGUA FRIA!
Harry corre até a pia abre a porta em baixo dela e tira um balde...

Twillight está em um campo e vê uma nuvem tempestuosa se aproximando, assim que ela cobre o campo ela desaba em uma tempestade, Twillight permanece calmo, até que Black aparece do meio das nuvens, no mesmo instante em que ele começa a descer, as   plantas morrem, o céu escurece e Twillight começa a chorar, não por tristeza, não por raiva, mas por medo, ele sabe quem ele é e isso o corrói mais ainda.
Black continua descendo, até que chega à grama completamente morta, seus braços estão cruzados atrás de suas costas, ele força um de seus pés mais abaixo e fica "girando-o" durante alguns segundos, depois desse movimento, ele caminha, levemente até Twillight e quando ficam cara a cara, ele tira uma de suas mãos de trás das costas e a encosta no queixo de Twillight, sua boca se abre em um sorriso perturbador, maligno, de alguém que quer machucar a pessoa que está encarando, no caso e provavelmente em diversas outras situações, Twillight, ele começa a rir porém, para e faz uma expressão triste, enquanto olha pra baixo com a cabeça inclinada e de repente diz:
--- Tolo.

...

Charlotte olha para Twillight que já está flutuando novamente.
--- Twillight, não importa a quão pouco tempo você tenha vindo pra cá, você se tornou um irmão que eu nunca tive, assim como Harry e eu sinceramente tô cagando pro fato de que você tá tendo problemas, com todo respeito, mas a questão é, nós vamos lidar com isso juntos, com as crises de pesadelos, os surtos em aulas sensíveis, tudo, você é tudo Twillight, você tem sido uma experiência incrível que eu ando desejando fortemente que realmente nunca acabe, então por favor,
volta!
Harry corre com o balde de água e joga em Twillight e ele cai no chão, mas dessa vez a coisa está pior, ele não acordou.

...

--- Tolo, tolo, tolo, tolo, tolo, tolo, tolo, tolo, tolo [...].
Twillight, reúne todas as forças que ainda lhe restam e as transforma em raiva, conjurando seu cajado e colocando a parte que possui a ponta de um diamante sobre o queixo de Black, fazendo com que o mesmo se levantasse.
--- Vá - em - bora!!
Ele tira o cajado o mais rápido que pode do queixo de Black e o joga para o lado da sua mãe livre, fazendo com que ela agarrasse o cajado também para usa-lo como um taco que, em um giro acertou a maçã do rosto de Black o jogando no chão, ele se levanta no mesmo instante, com a bochecha sangrando.
Twillight não tem mais um pingo de medo, é a primeira vez que experimenta do que a sua raiva pode fazer e ele gosta, e muito.
Black corre atrás dele, invocando uma espécie de estaca fosca, aparentando ser tão perigosa quanto o próprio, Twillight põe seu cajado em sua frente e começa a gira-lo formando um escudo, a estaca entra em colisão com o escudo, ele pega tudo de mais bruto que tem em si e empurra Black, se teleportando, sem saber como fez isso, para uma posição perfeitamente conveniente para chuta-lo. Black, caído no chão, olha pra Twillight por uma última vez.
--- Você não é como aqueles heróis de coração puro não é?
--- Twillight!
Ele escuta uma voz feminina o chamando.
Quando ele olha pra trás está abrindo os olhos e Charlotte está em cima dele, lacrimejando discretamente.
--- Você tá bem!!
Ela e Harry o abraçam.
Twillight respira fundo aliviado, e percebe por una fresta aberta da janela que já está amanhecendo, ao mesmo tempo que pensa em quanto capuccino ia ter que beber ele também pensa no que o Black do seu pesadelo diz, se perguntando no que aquilo realmente estaria dizendo ao seu respeito.
--- Será que a professora McFarrow consegue uma falta desconsiderada pra nós?
Ele pergunta.
--- Mano...
Harry diz.
--- Você é o aluno preferido dela, é óbvio.
Twillight concorda mentalmente, mais aliviado, pois pelo menos assim, pode distrair seu cérebro do fato de que, em breve, vai ter que falar sobre absolutamente tudo a respeito dos seus problemas.
O dia passa tranquilo, eles fazem de tudo que Twillight gosta, no intuito de agradá-lo, mas ele não consegue parar de pensar, em como ele precisa, descarregar tudo aquilo que sente, sua saúde mental e emocional, não se encontra como deveria e ele sabe disso.
Quando anoitece, eles voltam para o chalé, Charlotte e Harry vão para seus quartos e tudo parece muito quieto e parado para ele se distrair, logo, começa a finalmente aceitar de que terá de pensar sobre o que sente, aos poucos, ele visualiza o que viu nos sonhos, na aula de defesa pessoal, no museu, e consequentemente, começa a hiperventilar e entrar em uma crise imparavel de raiva, ele invoca seu cajado, usando-o, como aprendeu no sonho, de bastão, derrubando a porta no chão.
Twillight pensa duas vezes, está chovendo, seria seu pânico e seu ódio amenizados ao realizar o escândalo que estava prestes a iniciar? Ele já não ligava mais, simplesmente montou em seu cajado e começou a sobrevoar a cidade em busca do lugar mais cheio de coisas das quais ele pudesse destruir.
Em um piscar de olhos ele se depara com uma comunidade perto do centro da cidade, não podia ser mais perfeito, todos os problemas que está causando logo já mandariam-no para algum reformatório ou instituição de recuperação, então porque não acelerar esse processo?
Pousando, ele pega seu cajado pela ponta base, pouco abaixo da pedra de ametista e com força o coloca no chão gerando, por poucos segundos, uma luminosidade extravagante em volta de Twillight.
--- Vamos lá!! Eu não tenho nada a perder mesmo, eu quero ver quem vai me parar, vão todos se EX-PLO-DIR!!
Ele grita.
Aos poucos prédios, casas e árvores foram sendo marcados pelas rajadas roxas do cajado de Twillight, seu rosto está suado, sua expressão é de completo loucura, qualquer um que dissese algo para ele naquele momento, estaria fadado a um complexo confronto.
--- Twillight, por favor, venha comigo, vamos para algum lugar em que você possa se acalmar.
Diz uma voz ainda não reconhecida por Twillight.
Ele se vira para olhar para o dono da voz e se depara, com seu professor de defesa pessoal, sua sanidade que já havia se esgotado, estava em um grau negativo.
--- Olha só quem veio! A festa já começou professor, que clinica psiquiátrica você trouxe com você?! Francamente, é muita burrice e cara de pau sua querer aparecer aqui achando que vai ajudar em alguma coisa. Bom, como eu havia dito, ninguém ia querer me parar tão fácil.
Antes de ter tempo de pensar no que estava fazendo, Twillight da um salto mirando seu cajado no professor, o mesmo reage afastando-o facilmente, Twillight não liga e parte para os raios, cada um deles suga uma pequena fração de sua energia e todos são "rebatidos" sendo jogados para longe apenas com o movimento das mãos do professor.
Twillight, agora sabe que terá de se esforçar mais, jogando uma de suas pernas pra trás ele corre gerando um impulso potente combinado de uma carga de aceleramento vindo através de suas costas, ele colide com o professor e o impacto gera uma onda de vento que se afasta de perto deles em forma circular. Faíscas se produzem.
--- Eu não queria ter que fazer isso.
O professor chuta Twillight para longe permanecendo com o cajado dele.
--- Me desculpe Twillight!
Ele pega o cajado com as duas mãos, ergue uma de suas pernas, abaixa rapidamente as mãos e parte o cajado ao meio.
O jovem entra em choque.
--- Como, você, eu, não, não pode, ele, meu...
Sua expressão muda de choque para morte.
--- Vou fazer com o seu braço o mesmo que você fez com meu cajado!!
Twillight corre até ele e pega as duas metades do cajado, elas começam a brilhar e perder forma, Twillight instintivamente as junta rapidamente, logo em seguida há uma explosão vinda do mesmo, ele separa as duas metades e delas ele percebe que não está mais lidando com pedaços de cajado, mas sim, com dois chicotes.
Os dois tem um cabo preto e couro trançado entre preto e roxo com uma pedra reluzente e maciça na ponta.
Ele lança o chicote no professor agarrando-o e girando com toda a sua força, por um segundo ele o desamarra e depois começa a acerta-lo com tudo aquilo que ainda lhe resta, até que em uma das tacadas o professor reage.
--- Sinto muito McFarrow, mas vou ter que descumprir suas ordens.
Ele agarra a ponta dos chicotes e as vira como se fossem uma corda de pular, Twillight, sem largar seus chicotes, cai duro no chão, o professor levanta-o através do chicote o puxando pra perto e invocando suas luvas de boxe, suas armas, ele fecha as mãos com Twillight entre elas. O estalo que o impacto gera é tão grande que os dois têm certeza de que a vizinhança inteira acordou.
De alguma forma Twillight consegue movimentar os braços tirando os chicotes pra fora das mãos enormes do professor e acertando-o no rosto.
--- Vai me levar até ela ou prefere acabar me matando?
O professor olha pra ele.
--- Não posso, ela mesma teria vindo te parar se não estivesse em um compromisso completamente confidencial.
--- Você é burro o bastante pra estar me contando ou ela te deu esse direto?!
--- Você é muito ágil pra sua idade, ela está no museu!
Twillight acerta os chicotes contra o chão para se colocar em cima de um prédio e correr por cima deles até o museu e quando chega lá a única coisa que pode pensar é em que desgraça está acontecendo para ver o técnico do museu entregando o colar da lua para a McFarrow.

𝙾𝚒, 𝚌𝚘𝚖𝚘 𝚟𝚘𝚌𝚎̂𝚜 𝚎𝚜𝚝𝚊̃𝚘? 𝙴𝚜𝚜𝚊 𝚎́ 𝚊 𝚙𝚛𝚒𝚖𝚎𝚒𝚛𝚊 𝚟𝚎𝚣 𝚚𝚞𝚎 𝚎𝚞 𝚏𝚊𝚕𝚘 𝚌𝚘𝚖 𝚟𝚘𝚌𝚎̂𝚜 𝚌𝚘𝚖𝚘 𝚊𝚞𝚝𝚘𝚛 𝚎 𝚊𝚌𝚑𝚘 𝚚𝚞𝚎 𝚒𝚜𝚜𝚘 𝚟𝚊𝚒 𝚏𝚒𝚌𝚊𝚛 𝚖𝚊𝚒𝚜 𝚏𝚛𝚎𝚗𝚚𝚞𝚎𝚗𝚝𝚎 𝚍𝚊𝚚𝚞𝚒 𝚙𝚛𝚊 𝚏𝚛𝚎𝚗𝚝𝚎, 𝚖𝚊𝚜 𝚘 𝚚𝚞𝚎 𝚎𝚞 𝚚𝚞𝚎𝚛𝚒𝚊 𝚍𝚒𝚣𝚎𝚛 𝚍𝚎 𝚟𝚎𝚛𝚍𝚊𝚍𝚎 𝚎́ 𝚚𝚞𝚎 𝚎𝚞 𝚜𝚒𝚗𝚝𝚘 𝚖𝚞𝚒𝚝𝚘 𝚙𝚎𝚕𝚘 𝚌𝚊𝚙𝚒𝚝𝚞𝚕𝚘 𝚐𝚛𝚊𝚗𝚍𝚎 𝚎́ 𝚜𝚘́ 𝚚𝚞𝚎 𝚊 𝚐𝚎𝚗𝚝𝚎 𝚝𝚊 𝚝𝚒𝚙𝚘 𝚎𝚖 𝚎𝚟𝚎𝚗𝚝𝚘 𝚗𝚘 𝚍𝚎𝚜𝚎𝚗𝚟𝚘𝚕𝚟𝚒𝚖𝚎𝚗𝚝𝚘 𝚍𝚊 𝚑𝚒𝚜𝚝𝚘́𝚛𝚒𝚊, 𝚎𝚗𝚝𝚊̃𝚘 𝚎𝚞 𝚚𝚞𝚎𝚛𝚒𝚊 𝚏𝚊𝚣𝚎𝚛 𝚌𝚘𝚖𝚘 𝚜𝚎 𝚏𝚘𝚜𝚜𝚎 𝚞𝚖𝚊 𝚋𝚘𝚖𝚋 𝚜𝚊𝚋𝚎𝚖?
𝙴𝚗𝚏𝚒𝚖, 𝚎́ 𝚒𝚜𝚜𝚘, 𝚋𝚢𝚎.