T̸𝓾𝓭𝓸

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"Menos conversa, mais toque
Menos estresse, mais amor
Menos dor, temos muita
Menos fraqueza, somos muito jovens"

As mãos dela parecem que armazenam algum tipo de magia, cada toque que sua língua tem em contato com a minha pele, me leva ao céu e me faz voltar.

Minhas pernas estão bambas, parece que minha pele está queimando de tanta excitação, tento controlar os sons que saiem pela minha boca, mas é impossível, estou simplesmente explodindo, minha respiração está acelerada, estou completamente entregue ao seu toque, entregue a drogada que eu prometi que nunca iria tocar meu corpo, e agora que tocou, não quero que pare nunca mais.

Se isso que estou sentindo é um o meu corpo tendo um orgasmo, eu acho que nunca senti isso antes, na verdade eu não acho, eu tenho certeza.

Meu corpo está em uma espécie de céu, e eu nunca pensei em conhecer um paraíso na terra, não desse jeito, não vindo de um pecado, mas a verdade é, eu nunca fui santa, fiz sexo antes do casamento, bebi, isso já é considerado pecados, pecar com essa drogada é bem melhor doque qualquer outra coisa que posso fazer na vida.

Me agarro aos lençóis da cama e então sei a sensação de ter um orgasmo, meu corpo totalmente relaxado, minha perna bamba, minha cabeça quieta, sem falar ou pensar nada, apenas como se eu estivesse fumado uma boa maconha, Dayane é uma droga que com certeza vai me viciar.

Após ela perceber meu orgasmo, continua seus movimentos por mais um tempo, e então volta pata cima, ficando com seu corpo em cima do meu e sorri.

- Você jurou que isso nunca iria acontecer.

- curte o momento, e aproveita, que nunca mais vai rolar.

- não confio mais no seu "nunca", mas não sou besta, e vou aproveitar sim.

Ela me beija com intensidade, explorando cada milímetro da minha boca, eu correspondo e logo mudamos a posição, sem separar nossas bocas, Dayane esta sentada na cama e eu estou no colo dela, nossos corpos suados estão grudados, ela desce sua mão explorando cada milímetro da minha costa até chegar em minhas nádegas e apertar com força, um gemido baixo escapa de minha boca, jogo minha cabeça para trás e me separo do beijo, começo a rebolar lentamente em cima dela, ela abre as pernas, fazendo eu cair um pouco, sua intimidade em contato com a minha, consigo sentir o seu clitóris encostado no meu, acabo parando meus movimentos pelo susto dessa pequena deslizada

- por que parou? Continua. - ela sussura em meu ouvido

Eu volto os meus movimentos, ela dá apoio para minha coluna com suas mãos segurando minhas cinturas, meus movimentos continuam lentos e percebo que estou me causando prazer e causando nela também, com o atrito de nossos clitóris se cruzando, ela geme baixo e revira os olhos, jogando sua cabeça para trás e encostando a mesma na parede detrás da cama.

A gemidos meu e dela ecoando pelo quarto, nossos corpos parecem se encaixar perfeitamente, parecem ter sido criados sob medida, ela começa a controlar meus movimentos pela cintura, acelerando os mesmos, mais gemidos pelo quarto, mas agora esses sons são em volume maior, isso é bom para caralho, os sons misturados, minha intimidade úmida em contato com a dela, que também está humida, meu olhar sem desviar do dela por um segundo se quer, sua mão em minha cintura me fazendo acelerar com apertadas, o cheiro de sexo no quarto e dos nossos perfumes, o prazer do toque, tudo me causa mais e mais excitação, o corpo perfeito que ela tem, tudo.

Eu não sei como esperei tanto tempo, como resisti aos seus toques, como não me entreguei de primeira, como não cheguei aqui já dando para ela, me arrependo de cada minuto de enrolação que tivemos, pois poderíamos ter aproveitado de outros jeitos e agora eu sei, eu sou uma pecadora e eu gosto de mulheres, mas que se foda, eu já viveria uma inferno se continua-se me escondendo de mim mesma, oque me impede de viver um paraíso com mulheres, sendo que nem sei qual será o destino pós morte de verdade, e na verdade, minha cabeça nem está pensando nisso, apenas penso em quanto tempo fiquei sem esse sentimento, como aguentei tanto tempo sem ter um orgasmo.

Minhas mãos vão até o cabelo da mesma e puxo devagar, ela sorri, um sorriso de canto e percebo sua malícia.

- isso, patricinha. Se solta, me mostra tudo que sabe fazer.

Eu acelero meus movimentos com o quadril e começo a beijar o pescoço de Dayane, enquanto uma das minhas mãos se apoia no ombro direito de Dayane, massageio seu seio esquerdo com a outra.

Depois de algum tempo assim, chegamos em nosso orgasmo juntas, eu me jogo na cama, já cansada e ela sorri me olhando, olhando cada parte do meu corpo nu, já estou ficando envergonhada de tanto que ela o encara, até que seus olhos vão em direção aos meus, ela sorri.

- descansa por 5 minutos, eu quero mais.

- Você quer me deixar sem andar?

- Será um prazer, patricinha.

- gostou de tocar o meu corpo, não é drogada?

- para falar a verdade... eu adorei. Agora sei que você também adorou ser tocada por mim Caroline.

Eu sorrio e reviro os olhos, essa mulher mexe comigo de um jeito que ninguém já mais mecheu, e eu não posso me apaixonar, não posso me entregar a ela, pelo simples fato de que é ela.

Oque minha família vai pensar?

Minha mãe vai me matar.

Meu pai vai me deserdar.

Acho que a única que vai me apoiar é a Luna, porque ela é mente aberta, mas ela é criança, então não conta.

Eu queria ser normal, queria suprir as expectativas que as pessoas colocaram em mim.

Eu não percebo mais estou chorando, Dayane me olha e ela parece entender perfeitamente oque estou sentindo, e então ela me abraça forte, eu faço o mesmo, recebendo o carinho dela, que é muito bom, mas eu não poderia gostar, eu vim com defeitos, eu vim com problemas de fabricação.

Por que eu não posso ser normal?

Por que eu não posso seguir o caminho mais fácil.

No fundo eu sei as perguntas para essas respostas, mas não quero assumir para mim mesma que sei.

- Carol, tudo bem. para de pensar nos outros, pensa em você. Esquece tudo que aprendeu, todos os seus tabus, todas as coisas que colocaram na sua cabeça desde o dia do seu nascimento, todas as crenças tortas. Oque te faz feliz? Pensa nisso, oque vai te fazer feliz, não precisa responder em você alta, fica com essa resposta para si mesma.

O problema é que eu estou tão confusa, que parece que não sei mais oque me faz feliz.

69 - 𝓓𝓪𝔂𝓻𝓸𝓵 / 𝕮𝖆𝖗𝖆𝖞Onde histórias criam vida. Descubra agora