Capítulo 17

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Hyeon toma uma decisão rápida e, com uma desculpa inventada, consegue sair do porão. Respirando fundo para conter a ansiedade, ela liga para Kang, cuja voz irritadiça responde do outro lado da linha. "O que você quer? Estou ocupado!" Kang fala com raiva.

"Primo, eu sei onde está Doyun, e me desculpe..." Hyeon começa a explicar, mas Kang a interrompe nervoso: "E onde ele está?" Quando Hyeon se prepara para fornecer as coordenadas, alguém abruptamente pega seu telefone.

"Ora, ora, o que temos aqui..." A voz é de Liu Han. Ele arranca o celular da mão de Hyeon, o joga no chão e pisa impiedosamente nele. "Sua v4dia! Você pensou que iria me enganar! Eu achei que você era igual a mim! Mas é fraca é apenas uma mulher patética! Liu Han agarra Hyeon pelos cabelos, arrastando-a de volta ao porão. Seu corpo é arranhado nas costas durante o percurso, feridas que começam a sangrar.

Finalmente, Liu Han joga Hyeon de volta no porão.

Hyeon cai no chão e geme de dor, Liu Han começa a distribuir chutes e pontapés por todo corpo de Hyeon, a fazendo chorar e gritar de dor.

Doyun observa a cena horrorizado, seu pedido para Liu Han parar ecoa no porão. Por mais que Hyeon tenha participado do sequestro, Doyun sente pena dela. Era evidente que, de alguma maneira, Hyeon só buscava ser amada.

"Por favor, pare! Deixe-a é suficiente.," Doyun suplica, tentando apelar para qualquer resquício de compaixão que possa existir em Liu Han. Ele se vê dividido entre a raiva pelo papel de Hyeon no sequestro e a compaixão diante da brutalidade que testemunha.

Liu Han, depois de uma pausa, decide parar a agressão. Ele suspira e fala: "Bom, vou me aprontar. Em poucos minutos, vamos para a China. Seus alfas já devem estar atrás de você, meu querido sobrinho."

A notícia da mudança iminente para a China deixa Doyun tenso. Sua mente está em turbilhão, enfrentando a realidade de que a situação está prestes a se tornar ainda mais complicada. A incerteza do que aguarda na China e a proximidade dos alfas aumentam a pressão sobre Doyun, que se vê envolto em um cenário cada vez mais complexo e perigoso.

Enquanto isso no escritório de Kang:

No escritório de Kang, o alfa moreno, um sentimento de desespero se apodera dele ao perceber que seu omega foi sequestrado. A incerteza e a angústia tomam conta dele, incapaz de compreender quem poderia cometer tal ato. Kang, liga para Nikolai, ao ouvir que seu omega está desaparecido, Nikolai prontamente se desloca para a Coreia após a notícia do sequestro.

No escritório, a tensão é palpável enquanto Kang dá ordens aos seus soldados, mobilizando todos os recursos para encontrar seu omega desaparecido. Seu coração bate forte com a ansiedade de encontrar Doyun em segurança.

O celular de Kang toca, interrompendo momentaneamente suas instruções. Ao ver que é sua prima, ele hesita antes de atender. No entanto, movido pela esperança de obter informações sobre Doyun, ele decide atender. O que Kang não esperava era ouvir de Hyeon que ela sabe o paradeiro de seu omega.

Enquanto Kang se prepara para receber as informações vitais, uma reviravolta inesperada ocorre. A voz de Hyeon é abruptamente substituída por outra, e o telefone é desligado.

Os soldados de Kang, ágeis e preparados, já haviam deixado alguns equipamentos ligados para rastrear a localização de chamadas, antecipando a possibilidade de alguém entrar em contato. Minutos após o desligamento abrupto do telefonema com Hyeon, o monitor mostra resultados promissores.

"Localizamos a fonte da ligação, senhor!" anuncia um dos soldados no escritório de Kang.

A esperança se acende nos olhos de Kang enquanto ele aguarda ansiosamente por mais informações. A tecnologia e a eficiência de seus soldados se tornam um recurso crucial nesse momento de agonia, oferecendo a promessa de uma pista valiosa na busca desesperada por Doyun. O escritório, antes tenso, agora vibra com uma nova urgência diante da possibilidade de se aproximar do seu omega desaparecido.

...

Hyeon se encontra no chão do escuro porão, envolta em ferimentos, lágrimas misturando-se à sujeira em seu rosto. Seus olhos, antes frios e determinados, agora refletem uma profunda tristeza. Com a voz trêmula, ela se vira para Doyun, cujas mãos estão amarradas à cadeira.

"Me desculpe, Doyun. Eu... eu sinto muito." As palavras escapam entre soluços enquanto ela luta para conter a dor física e emocional. Seu olhar encontra o dele, carregado de arrependimento.

"Eu não percebi... não percebi que estava me perdendo. Fui cega pela busca dos meus objetivos, mas agora vejo claramente o que se tornou de mim." Hyeon pausa, suas mãos trêmulas tentam desajeitadamente soltar as cordas que mantêm Doyun prisioneiro.

"Você não merecia isso. Ninguém merece." A voz dela oscila, ecoando um anseio genuíno por redenção. "Eu só queria ser amada, e acabei perdendo quem eu era no processo. Me tornei alguém que nem eu reconheço mais."

Doyun, encarando Hyeon com uma mistura de emoções, sente as cordas cederem. Lentamente, ele esfrega os pulsos, libertando-se do jugo físico, enquanto a compaixão começa a se misturar à desconfiança em seus olhos.

Hyeon, agora livre, continua a se desculpar. "Eu sei que não é o suficiente, mas vou encontrar um jeito de sairmos daqui. Juntos. Eu... eu não quero mais viver assim." As palavras dela ecoam na penumbra do porão, criando um vínculo frágil entre duas almas que, de alguma forma, encontram perdão no lugar mais sombrio.

Doyun, após se libertar das cordas, aproxima-se de Hyeon e, hesitante no início, a abraça com cuidado. Ele sente a fragilidade dela sob seus braços e, mesmo que relutante, percebe a sinceridade em seu choro.

"Sinto uma mudança em você, Hyeon," diz Doyun com voz suave, enquanto segura seu rosto entre as mãos. "Pode ter sido tarde, mas vejo arrependimento em seus olhos. Eu perdoo, apesar de tudo que aconteceu."

Hyeon, surpresa pela compaixão dele, segura firme a camisa de Doyun enquanto o abraço se torna mais forte. "Eu não mereço, Doyun, mas obrigada por acreditar que posso mudar. Vou fazer o que for preciso para consertar isso."

O sorriso de Doyun desvanece, substituído por uma expressão de dor intensa. Ele tenta disfarçar, mas não pode ocultar o suor frio que se forma em sua testa. Hyeon, percebendo a mudança súbita, olha para ele com preocupação.

"Doyun, o que está acontecendo? Por que você está com essa expressão?" Hyeon indaga, sua ansiedade aumentando.

Doyun, ofegante, responde com um suspiro. "Eu acho que estou prestes a dar à luz." A revelação paira no ar, deixando Hyeon atônita por um momento. Ela tinha esquecido do estado de Doyun, perdida em sua própria redenção.

O desespero toma conta de Hyeon. "Eu... eu esqueci, Doyun. Eu não sabia que estava tão perto. O que devemos fazer?"

Doyun, apesar da dor, tenta sorrir. "Precisamos de ajuda, Hyeon. Preciso de ajuda." As palavras são pronunciadas com urgência, enquanto a realidade da situação se instala no porão sombrio, transformando o alívio momentâneo em uma nova corrida contra o tempo.

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Esse foi o capítulo de hoje!

Espero que estejam gostando!

A história está chegando ao fim, vão ser 20 capítulos no total!

Bjinhos!😘

Destinado aos AlfasOnde histórias criam vida. Descubra agora