me deixe entrar.

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🫀

Aos treze anos, Jimin assistiu seu primeiro documentário criminalista sobre um assassino em série. Parecia apenas uma diversão que partiu de um dia monótono onde ele viu a própria mãe comendo alguns bolinhos de arroz enquanto acompanhava o caso internacional na TV. Ela parecia distraída, como se não fosse nada demais. Jimin, curioso com a falta de expressão da mãe, se sentou ao seu lado e assistiu a notícia com ela sem trocar uma palavra.

Um homem de Ohio, por volta dos trinta e dois anos, com uma esposa e dois filhos, foi acusado ferozmente de ter matado oito mulheres por longos três anos.

Poderia ter sido um caso isolado e as vítimas mantidas em segredo se não fosse pelo modus operandi do homem.

Ele largou o emprego e alugou um carro para começar a trabalhar como Uber. Sua mulher odiou a decisão, mas o homem prometeu que era necessário; que ele já havia planejado tudo, financeiramente falando. Para deixar claro, Willian sempre tratou sua família muito bem. Pai presente, marido dedico e filho bom.

Mas, claro, ele não fazia isso com suas vítimas. Sem surpresas, ele mirava em mulheres; as levava em rotas desconhecidas e as matava brutalmente perto do riacho de um rio pouco conhecido e frequentado.

Willian era um homem comum, sem muito o que oferecer visualmente e socialmente.

Então por que?

A polícia dizia que essa era sempre a pergunta crucial.

Mas não foi isso que pegou Jimin e o manteve naquele sofá.

Todas as vítimas tinham algo em comum: o cabelo.

Cabelos grandes e negros, cuidados com vaidade extravagante.

Willian cortava seus cabelos e as fazia engolir antes de matá-las. Dizia que depois ele ia para os tornozelos, fazendo cortes profundos, até as mulheres estarem totalmente marcadas com cortes horizontais que chegavam até os ossos. Ele passava água do rio pelos cortes para limpar o sangue, mas como esperado, era profundo demais para elas não sangrarem brutalmente.

Um agente do F.B.I descreveu ele como "gentil" em uma entrevista, causando uma série de revolta até que ele foi rebaixado do cargo.

Willian passava cerca de duas horas com as mulheres antes de finalmente matá-las.

Ele cometia violência sexual, mas não de forma brutal para a perícia enxergar a violação logo de cara.

Por fim, ele tirava a vida delas de um jeito estranho. A faca empunhada em sua mão, agarrava a mão da própria vítima, fazendo com que os dois degolassem ela à força. Ele era um homem de 2,02 metros, sem muitos músculos. Por um breve momento na escola, ele foi considerado um prodígio do basquete se tivesse conseguido seguir com a carreira.

Isso não aconteceu porque ele engravidou uma garota comum ainda no ensino médio e se casou com ela.

Taylor, era o seu nome.

A polícia de fato nunca pegou Willian de verdade, ele mesmo se entregou.

Na véspera de natal, ele ligou para a polícia, dizendo a localização do último corpo que havia matado.

Na ligação ele dizia:

"Esse foi brutal. Eu estava com raiva, principalmente, pelo fato dela não ter chorado ou emitido qualquer desconforto. Eu estava com raiva porque ela secou minha excitação. Eu estava com raiva porque ela não me lembrou da minha mulher como as outras faziam. Eu a desmembrei cegamente. Sua cabeça está em uma lixeira ao lado de uma lanchonete em Street Wolf. Ela sofreu, mas eu também sofri."

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