Eu te amo,papai

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-O que aconteceu com ele, Dana- Falei nervosa- O que foi que aconteceu? Porque ele não acorda?

-Seu pai não está bem, coopere Kate, vou trazer notícias quando eu tiver alguma.

Eu chorava tanto que mal conseguia enxergar Dana na minha frente.. A vi pegando o celular.

-Amélia, tem como vir ao hospital rápido? Kate está chorando muito e inconsolável , talvez você consiga.

Ela ficou me olhando. Eu vi meu pai desmaiado. Liguei para a ambulância. Ele está pálido numa maca e eu não posso vê-lo. Ninguém me fala nada. Como eu poderia estar bem? Como as pessoas querem que eu simplesmente me acalme do nada?

Não demorou nem 5 minutos para Amélia chegar e ir falar com Dana.

-O que foi que aconteceu Dana?- Amélia estava ofegando. Ela veio o mais rápido possível.

-Preciso falar com você no particular.

E de novo, eu estava sozinha e chorando. Ótimo começo eu diria. Elas voltaram pelo menos 15 minutos depois, eu já não tinha mais lágrimas para chorar.

-Vem comigo meu amor- Amélia falou suavemente, com uma expressão misteriosa-Vamos para a minha casa, não precisa ir para a escola amanhã.

Não contestei,dormi em seus braços torcendo que tudo tivesse sido um pesadelo.

Quando acordei,estava em um quarto que não conhecia. Amélia entrava e trazia um consigo um termômetro e um remédio.

-Que bom que acordou Kate, já estava ficando preocupada com o seu estado.

-O que ele tem que Dana não quis me contar?

Ela se sentou ao meu lado da cama para medir a minha temperatura, Ollie entrou em seguida com um copo de água. Ele só teria 1 aula hoje.

-Senta aqui Ollie, vamos ter que contar- Amélia olhou para ele, que assentiu e os dois se voltaram para a minha frente- Quero que você me prometa uma coisa antes que a gente conte o que aconteceu.

-O que você quer que eu prometa?

-Que não vai ficar com raiva do seu pai, que não vai brigar com ele.

-Tudo bem, agora me conte.

-O seu pai- Ollie começou- As pessoas aqui na terra, Kate, desenvolvem algumas doenças. Algumas você cura com remédios, outras demandam cirurgias complexas e existe aquelas que não tem cura, quem sobrevive são aqueles que são chamados de milagres médicos depois.

-Uma dessas doenças- Amélia segurou a minha mão, e uma lágrima caiu no canto dos seus olhos- Essas que só tem tratamentos. É o câncer- Ela olha para os lados antes de colocar os olhos nos meus novamente- O seu pai está com um estado muito avançado de câncer de estômago. Não tem tratamento mais. Ele.....ele- Ela começa chorar, assim como eu.

-Ele não vai sobreviver- Ollie fala, como sussurro, tentando impedir as lágrimas- Seu pai tem no máximo uma semana de vida. Dana não sabe como ele conseguiu se manter em pé nos últimos tempos.

Comecei a chorar pior do que antes. Amélia me pega no colo e Ollie fica mexendo no meu cabelo.

-Eu sinto muito Kate- Amélia fala tentando limpar as minhas lágrimas- Sinto muito mesmo.

-Ele falou com a Dana- Ollie começou- Vinha fazendo uso constante de medicamentos tradicionais para dor. Ele não forças para começar o tratamento mais. Por ir a qualquer momento.

-Eu quero ver ele. Quero ir lá- Falo, com as palavras saindo misturadas- Quando.... finamente as coisas funcionam na minha vida...... Elas.... sempre tendem a acabar. Tudo que fica ao meu redor desaparece como vento....- Eu os empurro- Não deveriam estar perto de mim.... não quero que..... seu filho.....fique órfão.... por... minha culpa.....

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